Galectina-3 regula a diferenciação dos linfócitos B nos tecidos linfoides primários, secundários e celomáticos. DOI: 10.5212/Publ.Biologicas.v.15i2.007014

Autores

  • Felipe Leite de Oliveira UFRJ
  • Márcia Cury El-Cheikh UFRJ

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v15i2.1865

Resumo

Galectina-3 é uma proteína potencialmente capaz de reconhecer grupos β-galactosídeos presentes na maioria das células e tecidos. No meio extracelular, galectina-3 regula interações célula-célula e célula-matriz extracelular. Sua localização intracelular está relacionada a controle da expressão gênica, apoptose, proliferação e diferenciação celular em processos fisiológicos, imunológicos e tumorais. Dentre inúmeras células, os linfócitos B convencionais (B2) e peritoneais (B1) expressam galectina-3 na superfície celular. Animais deficientes para galectina-3 (Gal-3-/-) têm sido utilizados satisfatoriamente como ferramentas biológicas para se avaliar o envolvimento dessa lectina na homeostase sistêmica e nas respostas inflamatórias. Neles, foi observado uma plasmacitogênese sistêmica intensa, amplificada quando esses animais foram desafiados pelo parasita Schistosoma mansoni. A falta de galectina-3 favoreceu algumas mudanças no perfil de expressão de B220, CD43, CD138 e Blimp-1, que são moléculas envolvidas diretamente com a ativação, adesão, diferenciação e funções efetoras dos linfócitos B/plasmócitos, respectivamente. Uma vez que galectina-3 atua como um fator modulador da diferenciação dos linfócitos B em plasmócitos, sugerimos que essa proteína seja um potencial alvo terapêutico para algumas patologias relacionadas à linfoproliferação e/ou diferenciação, como linfomas, mielomas e doenças autoimunes.

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Publicado

2011-02-02