ASSOCIAÇÃO ENTRE PERCEPÇÃO DE SAÚDE BUCAL E INDICADORES CLÍNICOS E SUBJETIVOS: ESTUDO EM ADULTOS DE UM GRUPO DE EDUCAÇÃO CONTINUADA DA TERCEIRA IDADE.

Autores

  • Dinakel Bortoli
  • Franciele Aparecida Locatelli
  • Cristina Berger Fadel
  • Marcia Helena Baldani Universidade Estadual de Ponta Grossa - UEPG

DOI:

https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v9i3.370

Resumo

A odontologia, tradicionalmente, prioriza a utilização de recursos clínicos para diagnosticar as condições de saúde bucal. Esses, entretanto, são limitados, por não informarem o impacto que a condição bucal gera na qualidade de vida dos indivíduos. Este estudo foi realizado para avaliar a autopercepção de saúde bucal em adultos pertencentes ao Grupo de Educação Continuada para a Terceira Idade da UEPG, assim como sua relação com um indicador subjetivo de impactos das condições bucais na qualidade de vida (OHIP-14) e indicadores clínicos (CPO-D e CPI). Foram aplicados dois questinários: autopercepção de saúde bucal e Oral Health Impact Profile (OHIP-14), e os indivíduos submeteram-se a exames clínicos de acordo com a metodologia proposta pela OMS. Os resultados revelaram que 42,1% dos indivíduos consideraram sua saúde bucal “regular” e 44,7% a consideraram “boa”. Quanto à percepção de doenças bucais, 39,5% afirmaram possuir problemas com os dentes e 36,8% com as gengivas. De acordo com as respostas obtidas através da aplicação do questionário OHIP-14, 60,5% não apresentaram impacto das condições bucais em sua qualidade de vida. Através da análise de regressão linear simples observou-se uma correlação de -0,46 (p=0,004) entre o OHIP-14 e a autopercepção de saúde bucal e de -0,56 (p=0,04) entre esta e o índice CPI. Não houve correlação significativa entre o OHIP-14 e o índice CPO-D nem entre a autopercepção e esse índice. Através da análise de regressão linear múltipla, evidenciou-se que 52% da autopercepção de saúde bucal nesse grupo de indivíduos pode ser explicada pelo indicador subjetivo (OHIP-14) e o de problemas periodontais (CPI).

 

Palavras-chave: indicadores subjetivos, indicadores clínicos, terceira idade, autopercepção

DOI:10.5212/Publ.Biologicas.v.9i3.0007

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