LESÕES BUCAIS E CÁRIE EM CRIANÇAS PORTADORAS DO VÍRUS HIV
DOI:
https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v10i3.389Resumo
Este trabalho relata os resultados obtidos em pesquisa epidemiológica, realizada com crianças com diagnóstico definitivo de infecção pelo HIV, no período de janeiro a março de 2003. Seu objetivo foi verificar alterações bucais de tecidos moles e cárie e sua correlação com a classificação imunológica da AIDS pediátrica. As lesões encontradas foram a candidíase pseudomembranosa (20%), queilite angular (13,33%), petéquias (13,33%), aumento de glândulas parótidas (20%), ulceração aftosa recorrente (6,67%), herpes simples recorrente (6,67%) e gengivite (80%). Observou-se que 66,67% das lesões ocorreram em pacientes com alterações imunológicas graves ou moderadas. A presença de lesões de cárie foi uma constante em todos os pacientes examinados, com um valor médio do índice ceo de 8 + 5,26 e CPO-d de 0,75 + 1,39. Através do teste de Kruskal-Wallis, não se provou diferença significativa entre pacientes com graus de imunodepressão distintos quanto ao índice ceo (p>0,05). Concluiu-se que a gengivite foi a alteração de tecido mole mais comum na população estudada, independentemente da classificação imunológica do paciente; as demais lesões foram diagnosticadas apenas nos casos de alterações imunológicas moderadas e graves; os valores dos índices ceo e CPO-D não tiveram relação com a classificação imunológica; o valor médio do índice ceo mostrou-se extremamente alto, refletindo níveis elevados de experiência de cárie na dentição decídua.
Palavras-chave: crianças, lesões bucais, cáries, HIV
DOI:10.5212/Publ.Biologicas.v.10i3.0002
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