PATOGÊNESE DA MIONECROSE EM PREPARAÇÕES DE DIAFRAGMA DE CAMUNDONGO INDUZIDA PELO VENENO BRUTO DA VESPA SOCIAL POLYBIA PAULISTA
DOI:
https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v11i1.409Resumo
Estudo sobre a patogênese da mionecrose induzida pelo veneno bruto da vespa social Polybia paulista foi realizado utilizando-se a microscopia de luz. Concentrações padronizadas do veneno bruto (20 mg/g de camundongo) foram injetadas intraperitonealmente em camundongos e após intervalos de tempo pré-determinado, estes foram sacrificados para a retirada do diafragma. A análise histopatológica evidenciou a presença de mionecrose do tipo miolítica, característica de venenos que possuem atividade fosfolipásica, sendo esta dividida em três estágios (inicial, intermediário e final) segundo as alterações morfológicas observadas. O estágio inicial (1 a 3 horas) caracterizou-se pela presença de lesões delta, miofibrilas densamente agrupadas e pequenos vacúolos. O estágio intermediário (6 a 24 horas) apresentou aumento no número de vacúolos que progrediram para áreas destituídas de organelas e aparência amorfa hialina, além de edema. O estágio final (48 a 72 horas) exibiu grande quantidade de células fagocíticas no local da lesão e algumas células contendo grânulos de heparina e histamina, que quando liberados induzem a alergia. O padrão das alterações morfológicas observadas nas fibras musculares durante o processo mionecrótico sugere que o efeito miotóxico é devido à atividade da fosfolipase, uma das principais enzimas presentes no veneno bruto da vespa em estudo (Paes-Oliveira, 2000).
Palavras-chave: veneno de vespa, mionecrose, fosfolipase A2, músculo estriado
DOI:10.5212/Publ.Biologicas.v.11i1.0005
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