MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA E ESPECTROSCOPIA DE ENERGIA DISPERSIVA DE EMBALAGENS AUTOCLAVÁVEIS SUBMETIDAS A SUCESSIVOS CICLOS DE ESTERILIZAÇÃO EM ÁGUA DESTILADA OU FLUORETADA
DOI:
https://doi.org/10.5212/publicatio%20uepg.v21i2.8279Palavras-chave:
Papel grau cirúrgico, filme laminado, esterilização, autoclave a vapor saturado, embalagens autoclaváveis.Resumo
Os processos de esterilização sofrem constantes aperfeiçoamentos, a fim de oferecer materiais odonto-médico-hospitalares isentos de micro- organismos patogênicos. Este estudo teve como objetivo realizar uma avaliação sobre o efeito de ciclos sucessivos de utilização de embalagens de papel grau cirúrgico e filme laminado VedaMax® no processo de esterilização de artigos odontológicos em autoclave a vapor saturado sob pressão com água destilada ou água fluoretada. A avaliação experimental foi realizada utilizando 56 amostras (papel=28 e plástico=28); 8 não esterilizados, 16 com 1 ciclo de esterilização, 16 com 2 ciclos de esterilização e 16 com 3 ciclos de esterilização. Metade das amostras submetidas a ciclos de esterilização foi esterilizada com água destilada e a outra metade com água fluoretada de sistema de abastecimento de água. Essas amostras foram analisadas por MEV e EDS. Foi realizada a contagem de microporos e análise das larguras das fibras. Indicadores químicos e biológicos foram utilizados nos pacotes para testar a eficácia da esterilização. Houve deformação física das embalagens com diminuição do número de poros (p<0,001) e aumento na largura das fibras (p<0,05). Os testes biológicos indicaram esterilização, mas as amostras foram rejeitadas em testes ao utilizar indicador do tipo integrador químico. Houve contaminação por matéria inorgânica com uso de água fluoretada e destilada, com a reutilização das embalagens. Concluiu-se que reutilizar embalagens aumenta o risco de oxidação e degradação dos instrumentais, além de colocar em risco o processo de esterilização.
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