https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/issue/feedEmancipação2025-11-07T12:32:10+00:00Adriano da Costa Valadão / Reidy Rolim de Mouraemancipacao@uepg.brOpen Journal Systems<p>O foco principal da revista é socializar o conhecimento científico na área do Serviço Social e nas áreas afins às Ciências Sociais, que possuam diferentes enfoques voltados à discussão da cidadania, direitos e emancipação humano-social. Tal eixo editorial se justifica pelo pressuposto de que o conhecimento e o enfrentamento aos desafios sociais contemporâneos não podem ser fragmentos e nem exclusivos a uma área, mas sim pautados no diálogo entre as várias disciplinas do saber, numa perspectiva interdisciplinar. A Emancipação é publicada pela Universidade Estadual de Ponta Grossa sob a responsabilidade do Departamento de Serviço Social e Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais Aplicadas. </p> <p><strong>e-ISSN: 1982-7814 </strong> </p>https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24190Inovação na pandemia e pós-pandemia por COVID-19 nas PMEs2025-02-10T12:29:49+00:00Rita Mabel Villegasrvillegas@uarg.unpa.edu.arMauro Ziehlkemauroziehlke@gmail.comNadia Gugininadiagugini@gmail.comFernando Carbajalcontablesfercar@gmail.comDamian Marquezdamiann.marquez.18@gmail.com<p>O artigo apresenta a análise de como as pequenas e médias empresas (PMEs) de Rio Gallegos localizadas na Patagônia Austral enfrentaram a pandemia de COVID-19 entre 2020 e 2022. Num contexto de fortes medidas preventivas baseadas principalmente nas restrições à circulação de pessoas, a operação de atividades essenciais e produtivas fez com que empresas deste porte não tivessem escolha a não ser modificar suas direções. O objetivo geral foi identificar quais foram as estratégias adotadas na gestão de inovação tecnológica e criatividade. Os empresários considerados foram aqueles caracterizados na qualidade de inovadores e com grande potencial de crescimento e clara visão empresarial, bem como os de alta resiliência e prosiliência num entorno complexo desde 11 de março de 2020 quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que o coronavírus deixava de ser uma epidemia para tornar-se uma pandemia. A metodologia foi de caráter qualitativo utilizando entrevistas semiestruturadas com 26 empresários da agroindústria, industria, comércio e serviços. Os achados reconhecem as diversas inovações orientadas às tipologias de inovação empresarial. A conclusão foi que, durante e após a pandemia, os empresários de Rio Gallegos trabalharam com suficiente velocidade e flexibilidade que lhes possibilitou implementarem medidas inovadoras na produção, comercialização, logística, processos e procedimentos organizacionais que os permitiu adaptarem-se e sobreviverem num contexto de alta incerteza mundial.</p>2025-12-08T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24207A otimização do acesso à justiça no Brasil sob a perspectiva da teoria crítica dos direitos humanos de Herrera Flores2025-06-26T12:50:50+00:00Gabrielle Santangelo Leinerleiner.juridico@gmail.comMayna Marchiori de Moraes Dykstramarchiorima@hotmail.comMelina Carla de Souza Brittomelinabritto.adv@gmail.comFabrício Bittencourt da Cruzfabriciobittcruz@gmail.com<p>A concepção tradicional dos direitos humanos reflete promessas universais e abstratas, frequentemente desconectadas da realidade prática, criando um hiato entre a teoria e sua aplicação. Segundo Herrera Flores, os direitos humanos emergem como produtos culturais oriundos de processos de luta, exigindo análise contextualizada que permita sua efetiva implementação. Entre esses direitos, o acesso à justiça é o pilar fundamental para a garantia dos demais, devendo ser concebido em uma perspectiva substancial, como<br />acesso a uma ordem jurídica justa que produza resultados materialmente eficazes. Neste artigo, propõe-se a adoção de práticas tecnológicas oriundas do movimento Justiça 4.0 no Brasil como ferramentas operacionais para concretizar o direito humano ao acesso à justiça. Utiliza-se a metodologia dedutiva e a revisão bibliográfica indireta. Com o estudo, contribui-se para o debate sobre a modernização da prestação jurisdicional, promovendo a eficiência, a desburocratização e a inclusão social por meio de políticas públicas voltadas aos excluídos digitais. </p>2025-10-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24192O debate sobre políticas públicas: o nascimento do neoliberalismo em Viena e a contraproposta da Viena Vermelha2025-02-25T14:56:11+00:00Johannes Maerkjohannes.maerk@fh-campuswien.ac.at<p>Este artigo analisa a batalha de ideias entre as propostas (neo)liberais de Friedrich von Hayek e as políticas públicas concretas dos austro-marxistas em Viena. Ambas as propostas tentaram alcançar a hegemonia no nível da sociedade no estilo de Antonio Gramsci. Enquanto o neoliberalismo se comportou como um vaso comunicante com regiões fora da Europa Central (entre outras, no mundo anglo-saxão e na América Latina), a contraproposta austro-marxista se desenvolveu exclusivamente em Viena e não teve grande influência fora da Áustria. Este ensaio tenta recuperar as ideias esquecidas da "Viena vermelha".</p>2025-10-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24145Serviço Social e inovação pública: experiências no campo sociojurídico2025-03-11T19:38:55+00:00Janaine Voltotini de Oliveirajanaine.voltolini@uerr.edu.brThaiz Fonseca Barrosthaiz.barros@tjrr.jus.br<p>O presente estudo discute a atuação de assistentes sociais na política de gestão da inovação no âmbito do Poder Judiciário brasileiro a partir da experiência do Núcleo de Projetos e Inovação do Tribunal de Justiça do Estado de Roraima – NPI-TJRR. A pesquisa, de caráter qualitativo e realizada por meio de observação participante e análise documental entre os anos 2021 e 2024, explora os avanços da inovação na justiça e revela o potencial transformador da profissão, ao evidenciar a importância de integrar assistentes sociais às<br />equipes multidisciplinares que atuam na área da inovação pública, destacando sua expertise na gestão de projetos, uma competência intrínseca do Serviço Social, contribuindo ativamente para a elaboração, execução, monitoramento e avaliação de projetos que fortaleçam a cultura de inovação pública e promovam a defesa e a garantia dos direitos humanos de forma mais eficiente e eficaz.</p>2025-08-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24134Inteligência Artificial e Direitos Fundamentais no Brasil: Uma Análise sobre Vieses Algorítmicos, Transparência Decisória e o Projeto de Lei 2338/2023: Inteligência Artificial e Direitos Fundamentais no Brasil2025-02-10T12:23:43+00:00Barbara Guasquebarbaraguasque@hotmail.com<p class="TESE" style="line-height: normal;">O presente artigo tem por objetivo geral analisar criticamente os impactos da implementação de sistemas de inteligência artificial na esfera dos direitos fundamentais no Brasil, com foco nos vieses algorítmicos, na transparência dos processos decisórios e na adequação do Projeto de Lei brasileiro nº 2338/2023. Foram elencados como objetivos específicos os seguintes: a)mapear alguns modelos de IA utilizados no Brasil e no mundo, e que têm potencial de interferir em direitos fundamentais, como a privacidade, igualdade, e o devido processo legal; b) examinar os casos de vieses algorítmicos identificados em sistemas de IA, ilustrando suas consequências sobre grupos vulneráveis; c) avaliar o projeto de regulamentação brasileiro – o Projeto de Lei 2338/2023, e sua possibilidade de garantir um ambiente seguro e ético para o uso dessas tecnologias no Brasil. O presente estudo se justifica diante do crescimento acelerado do uso de IA em diversas esferas da vida social, econômica e jurídica no Brasil. A ausência de regulamentação robusta e o risco de perpetuação de discriminações, através de sistemas algorítmicos, demandam uma análise aprofundada e crítica para garantir que os direitos fundamentais sejam protegidos. A metodologia utilizada tem natureza exploratória e descritiva, abordando casos práticos e, também, como procedimento técnico, utilizou-se de pesquisa bibliográfica. </p>2025-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23961Inclusão digital na agricultura familiar: políticas públicas e justiça social2025-02-10T12:21:45+00:00Emili Everz Golombiéskiemilieverz043@gmail.comMaria Salete Marcon Gomes Vazsalete@uepg.br<p>Este artigo apresenta uma pesquisa da problemática de inclusão digital na agricultura familiar, destacando os desafios enfrentados por pequenos agricultores na adoção de tecnologias digitais. Apesar do potencial das inovações tecnológicas para melhorar a produtividade e a equidade,<br />a falta de infraestrutura, altos custos e resistência à udança limitam sua implementação. A metodologia adotada combina revisão de literatura e análise de estudos de caso, permitindo a compreensão das práticas e políticas necessárias. Os resultados indicam que a colaboração entre governo, instituições de pesquisa e organizações de agricultores permite superar barreiras e promover a inclusão. Conclui-se que políticas públicas adaptativas, integrando suporte técnico e capacitação, garantem benefícios das tecnologias digitais, contribuindo para o desenvolvimento agrícola justo e sustentável. </p>2025-07-03T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23884Associações de Pacientes de Cannabis no Brasil: mapeamento e contribuição democrática2025-02-10T12:20:59+00:00Paulo José dos Reis Pereirapjrpereira@pucsp.br<p>O artigo investiga as Associações de Pacientes de Cannabis (APCs) no Brasil, focando em seu papel na democratização do acesso à saúde e na luta por direitos. O objetivo é mapear a presença, características e funcionamento dessas associações. A pesquisa utiliza uma metodologia mista, com coleta de dados quantitativos e qualitativos por meio de um survey online respondido por 61 APCs. A análise é baseada no referencial teórico sobre associativismo democrático e regulação da cannabis. Os resultados mostram uma diversidade de práticas, desafios legais, estruturais e de estigmatização enfrentados pelas APCs. Além de fornecer produtos medicinais, essas associações promovem educação, apoio jurídico e advocacy para a regulamentação da cannabis com fins terapêuticos. O artigo conclui que as APCs desempenham um papel crucial na inclusão social e na transformação das políticas públicas de saúde, apesar das desigualdades regionais e do ambiente jurídico restritivo.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24164Educação ambiental e Agroecologia: a construção coletiva do Grupo Econorte (RS)2025-03-14T12:33:34+00:00Elisângela Lazzarielisangelalazzari94@gmail.comSérgio Botton Barcellossergiobbarcellos.ufpb@gmail.com<p>Nesta pesquisa, o objetivo é compreender como ocorrem as ações de educação ambiental entre os participantes do grupo de agroecologia Econorte, no município de São José do Norte – RS. Utilizou-se uma abordagem metodológica qualitativa, com a utilização de dados primários e secundários. A partir da investigação, observou-se que o grupo de agroecologia Econorte desenvolve ações de educação ambiental baseadas em uma concepção de ambiente e de vida considerada saudável, expressa nas experiências de produção, organização e comercialização realizadas pelo grupo, bem como nas trocas entre produtores e fregueses. Foi possível perceber mudanças de compreensão e de práticas, como: o consumo agroecológico nos núcleos familiares; a superação da visão de que a produção agroecológica é uma atividade exclusivamente feminina; a ampliação da participação política no município; e o engajamento na construção de movimentos com pautas ambientais, como no caso da luta contra a presença de grandes empreendimentos de mineração no território. </p>2025-06-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24202Ideologia e impacto social nos usos da palavra inovação2025-02-10T12:31:08+00:00Jorge Kulemeyerjorgeak@gmail.com<p>Este texto faz referência crítica ao uso generalizado a que, nos tempos atuais e recentes, está associado o conceito de inovação, que não contempla a diversidade de situações e consequências inerentes ao uso não direcionado<br />da palavra. No seu conjunto, inovações de todos os tipos, as suas utilizações e aplicações eficazes ou possíveis, tiveram e continuam a ter um impacto decisivo no comportamento social. Este artigo tem como objetivo avaliar criticamente aspectos que levam ao surgimento da concepção de inovação tecnológica, impulsionada por empresas privadas cujos líderes são rotulados como “empreendedores”, como principal motor do desenvolvimento econômico da sociedade como vetor de rentabilidade comercial. A generalização desta concepção traduz-se, na prática, num dos principais pilares de uma sociedade individualista em que o impulso para o bem comum perde consideração e incentivo.</p>2025-06-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24205Emergências e inovação no Sistema Único de Assistência Social2025-02-10T12:32:40+00:00Jucimeri Isolda Silveirajucimeri.silveira@pucpr.brFernanda Frensch Bayernandafbayer@gmail.com<p>Este artigo analisa o contexto de emergências e os desafios na retomada das bases estruturantes do Sistema Único de Assistência Social, compreendidas como inovações institucionais. O estudo desenvolvido utilizase de pesquisa exploratória para identificar a utilização de estratégias de resistência ao desmonte da proteção social, ao mesmo tempo em que são apresentados desafios institucionais engendrados em processos participativos que potencializam uma política social decolonial e, portanto, inovadora, diante do desafio de superação de concepções higienistas, conservadoras e ultraneoliberais. Conclui-se pela necessidade de um enfoque decolonial, com potencialização de processos participativos e de maior impacto na direção emancipatória. </p>2025-06-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23846Energia solar para comunidades rurais da Amazônia amapaense: premissas e narrativas2025-02-10T12:18:58+00:00Martinho Felizardo Guimarães de Oliveiramunifapap20@yahoo.com.brRoni Mayer Lombaronimayer@hotmail.com<p>Este trabalho propõe mostrar a importância da inclusão energética como indutora do desenvolvimento em pequenas comunidades rurais no Amapá, partindo da experiência de uma política pública do governo estadual que disponibilizou recursos para aquisição de sistemas fotovoltaicos a entidades representativas dessas comunidades em 2022. Metodologicamente, caracteriza-se como um trabalho de revisão bibliográfica e de caráter descritivo, explicativo, com abordagem qualitativa de análise de relatórios técnicos, <br />trazendo também dados quantitativos sobre o volume de financiamentos e respectivos desdobramentos do programa. Entre os resultados preliminares, destaca-se que os investimentos em kits fotovoltaicos para essas entidades representativas totalizaram o valor de R$ 8.641.650,00, distribuídos em 19 associações, atendendo a 432 famílias, sendo esse valor associado a um arranjo<br />produtivo (recria de camarão em cativeiro). Esses dados iniciais evidenciam uma perspectiva de desenvolvimento para esses territórios rurais, ficando a premissa de uma política que possibilite inclusão e autonomia produtiva, e não uma dependência programada.</p>2025-05-26T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24150As tecnologias sociais forjadas na academia como ferramentas de desenvolvimento social: uma análise sob a perspectiva emancipatória2025-02-10T12:25:06+00:00Jairo de Carvalho Guimarãesjairoguimaraes@ufpi.edu.br<p>O objetivo deste estudo é estabelecer conexões diretas entre a Questão Social, representada por meio de inúmeros exemplos de desigualdade social; a academia, lócus privilegiado para a produção de conhecimento que vise à mitigação dessas desigualdades; as Tecnologias Sociais, entendidas como ferramentas de viabilização das soluções pensadas e estruturadas na academia; o Estado, caracterizado pela gestão pública, enquanto poder de acolhimento das soluções possíveis para o enfrentamento da Questão Social,<br />e a emancipação do sujeito social, elemento-chave na recepção de políticas públicas que promovam, com efetividade, a redução das assimetrias sociais, tão evidenciadas no Brasil. Como método, o estudo se apoia em bibliografia que envolve os elementos balizadores da estrutura conceitual da pesquisa e em documentos que constituem um escopo teórico capaz de dar conta do objetivo. Possui abordagem qualitativa, de natureza descritivo-exploratória. Conclui-se que a academia tem um papel social relevante na produção<br />de tecnologias sociais, ao sugerir políticas públicas capazes de refrear as desigualdades sociais, ativar soluções inovadoras e garantir a emancipação do indivíduo, fortalecendo, assim, a cidadania. </p>2025-05-26T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24186As contribuições do serviço social para a gestão dos recursos hídricos2024-12-11T12:29:30+00:00Guilherme Siqueirasiqueira.ssocial@gmail.comDuarcides Ferreira Mariosaduarcides@gmail.comCarla Silvacarla_servicosocial@yahoo.com.brOrandi Mina Falsarellaorandi@puc-casmpinas.edu.br<p>A sustentabilidade é um campo profissional relevante, mas ainda pouco explorado pelos assistentes sociais no Brasil. A participação desses profissionais em questões ambientais está crescendo, especialmente com a abordagem multidimensional da sustentabilidade, que integra aspectos éticos, sociais e políticos. Este estudo foca nos desafios relacionados aos recursos hídricos, destacando a água como um recurso ameaçado por atividades humanas. O objetivo é analisar como os assistentes sociais podem contribuir para as políticas públicas e sociais sobre a questão hídrica, considerando a legislação nas Bacias Hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. A pesquisa utiliza uma abordagem qualitativa, por meio de análise documental e bibliográfica, e se fundamenta nas competências teórico-metodológicas da profissão. Os resultados indicam que o Serviço Social pode oferecer respostas ao agravamento das questões socioambientais, mas resta a dúvida se a categoria está disposta a aprofundar sua atuação nesse campo. </p>2025-05-26T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24203As relações de poder nos discursos do saber: a popularização científica como dispositivo2025-02-10T12:32:09+00:00Phillipp Dias Grippphidgripp@hotmail.comCarlise Porto Schneider Rudnickicarlise.rudnicki@ufsm.br<p>O artigo discute o sistema de divulgação do conhecimento científicoacadêmico por meio de um panorama dialógico e emancipatório, debatendo fragilidades teóricas, como o enraizamento de pesquisas ao paradigma informacional e a designação de sujeitos não-especialistas como analfabetos científicos. Busca-se esse dialogismo ao revisar e embasar as vertentes conceituais de comunicação científica, divulgação científica e jornalismo científico como formações discursivas. Entende-se que elas são condicionadas à formação ideológica de vontade de saber, a qual é evidenciada através da percepção de que a ciência exerce um estado de dominação sobre o<br />senso comum na esfera dos saberes. Com isso, problematiza-se a noção de popularização científica, tomando-a como um dispositivo estratégico que auxilia o exercício das relações de poder no âmbito do saber científico por sujeitos não-especialistas. Sob a perspectiva dos desafios da materialidade das ações voltadas à popularização da ciência e tecnologia, apresenta-se as ações de inovação social do projeto de pesquisa de pós-doutorado desenvolvido pelos autores, que busca promover políticas públicas em popularização científica<br />com vistas a emancipar os atores sociais envolvidos. </p>2025-05-26T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23680Pessoas com deficiência e o Benefício de Prestação Continuada: um estudo sobre a acessibilidade à saúde dos cidadãos contemplados2025-11-07T12:32:10+00:00Luiz Rodolfo Schmidt Penteadoluizrpenteado@gmail.comCarlos Eduardo Coradassicoradassi@gmail.comSandra Maria Scheffersmscheffer@uepg.br<p>As diferenças sociais resultam na dificuldade de acessibilidade aos serviços de saúde, principalmente de grupos que vivem em situação de vulnerabilidade social. As Pessoas com Deficiência contempladas pelo Benefício de Prestação Continuada vivem nessa situação. O objetivo da pesquisa foi analisar como ocorre a acessibilidade à saúde por estes sujeitos, avaliando se há atendimento integral no SUS, suas condições sociais e o comprometimento de renda aos gastos com saúde. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas realizadas no município de Ponta Grossa – Paraná. Os resultados foram apresentados em tabelas e gráficos. A discussão foi realizada com base na literatura e nas legislações brasileiras aplicáveis ao tema. Observou-se que, por mais que sejam identificados avanços nas questões de acessibilidade à saúde, esse grupo ainda arca com o ônus da ineficiência do Estado, que vão <br />desde serviços burocráticos até fornecimento de medicação e transporte.</p>2025-12-09T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23087Movimento Sanitário Ampliado: Pluralidade de Atores e Construção da Reforma da Saúde no Brasil (1970-1980)2025-04-29T20:25:28+00:00Tiago Siqueira Reissiqueira.treis@gmail.com<p> O presente estudo propõe-se a examinar a construção do movimento sanitário no contexto da reforma sanitária brasileira nas décadas de 1970 e 1980, questionando a centralidade atribuída às entidades Cebes e Abrasco como protagonistas exclusivas desse processo. A investigação baseou-se na revisão da literatura especializada e na análise de documentos institucionais e históricos,<br />incluindo publicações acadêmicas, relatórios oficiais, anais de conferências e registros de movimentos sociais. O estudo parte da hipótese de que o movimento sanitário se constituiu como um fenômeno plural e heterogêneo, formado por diversos atores sociais e por diferentes formas de organização, ultrapassando a narrativa dominante centrada na institucionalização. Os resultados indicam<br />que, além do papel relevante desempenhado por Cebes e Abrasco, outros sujeitos — como movimentos populares, entidades comunitárias, setores sindicais e religiosos — atuaram ativamente na formulação de propostas e na mobilização em favor de um sistema público de saúde. Conclui-se que é necessária a ampliação do conceito de movimento sanitário, incorporando múltiplas vozes e experiências históricas que contribuíram para a constituição do Sistema Único de Saúde (SUS). </p>2025-12-05T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23239Prestação de Trabalho a Favor da Comunidade: perceções institucionais e desafios na sua aplicação prática2025-07-02T17:20:34+00:00Lara Relvaa22005102@mso365.ulp.ptEva Chaveseva.chaves@ulusofona.ptMónica Teixeiramonica.teixeira@ulusofona.ptCristiana Almeidacristiana.almeida@ulusofona.pt<p>O presente artigo analisa as perceções de profissionais de reinserção social e das entidades recetoras sobre a medida de prestação de trabalho a favor da comunidade, enquanto pena alternativa à prisão. Trata-se de uma sanção prevista na legislação portuguesa, aplicada a crimes de menor gravidade. Com base nesse enquadramento, o estudo tem como objetivo geral analisar as perceções dos Técnicos Superiores de Reinserção Social (TSRS) e das entidades recetoras quanto à medida de prestação de trabalho a favor da comunidade, explorando as vantagens, limitações e desafios na sua implementação prática, e refletindo sobre o seu potencial enquanto instrumento de reintegração social. O estudo utilizou uma abordagem metodológica mista, com 49 inquéritos por questionário a entidades beneficiárias e 5 entrevistas a técnicos superiores de reinserção social de uma equipa da Delegação Regional do Centro. Os resultados revelam que, apesar do reconhecimento generalizado da utilidade da medida, existem limitações apontadas ao seu funcionamento, nomeadamente a falta de fiscalização, o incumprimento por parte dos beneficiários e o desgaste para as entidades recetoras. Conclui-se que a pena pode ser eficaz em contextos específicos, mas exige melhorias na sua aplicação e acompanhamento. </p>2025-11-17T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22531Mulheres, trabalho invisível e cidadania: um estudo a partir da teoria da reprodução social2025-06-05T12:02:21+00:00Camila Sopkocamila.sopko@gmail.comReidy Rolim de Mourareidymoura@gmail.com<p>O presente artigo tem como objetivo analisar a relação de cidadania e trabalho doméstico a partir da teoria da reprodução social. Para elaboração deste artigo foi realizada uma pesquisa bibliográfica e documental com dados secundários. Para tanto foram analisados os dados do trabalho doméstico e de cuidado no cenário brasileiro, e como a teoria da reprodução social traz fundamentos no que se refere a cidadania. Desta forma, pode se compreender como os trabalhos invisíveis trazem uma sobrecarga as mulheres e como isso pode influenciar diretamente a efetivação de uma plena cidadania para elas.<br />Ademais entende-se como a teoria da reprodução social pode ser um elemento teórico para compreensão e transformação da realidade social. </p>2025-10-27T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23521Produção científica sobre gestão da diversidade e inclusão: um mapeamento das pesquisas sobre a comunidade LGBTQIAPN+ no campo dos negócios2025-06-09T12:32:43+00:00Maria Gabriela da Costa Tenóriogabrielacostatenorio@gmail.comGabriel Lima da Silvaprofissionalglima@gmail.comJohnny Hideki Hayashijohnnyhhayashi@gmail.comGustavo Yuho Endogustavo_endo@yahoo.com.brLechan Colares-Santoslechan.santos@ifpr.edu.br<p>A presente pesquisa teve como objetivo realizar uma revisão sistemática e integrativa sobre a produção científica brasileira acerca da comunidade LGBTQIAPN+ na base de dados da SPELL. Foram identificados 24 artigos que tratam da temática, os quais foram organizados em eixos temáticos como turismo, marketing, administração pública, administração organizacional, recursos humanos e cultura. Observou-se a predominância de estudos teóricos e qualitativos, com concentração de autores e instituições localizados nas regiões Sul e Centro-Oeste do país. Também se constatou que as pesquisas abordam com maior frequência as categorias Lésbicas, Gays, Bissexuais e Trans/Travestis, havendo lacunas significativas quanto aos demais grupos representados na sigla LGBTQIAPN+. A partir da análise, foi possível identificar tendências, lacunas e direcionamentos relevantes para futuras investigações no campo da gestão da diversidade. </p>2025-10-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23618Possibilidades e desafios da participação social na Saúde Mental2025-02-18T17:45:01+00:00Fernanda Scalzavarafernanda.scalzavara@gmail.comAndréia de Oliveiraandreiaoliveirasus@gmail.comMaria da Glória Limalimamgbs@gmail.com<p>O estudo apresenta reflexões sobre desafios e possibilidades da participação social em saúde mental a partir de pesquisa de abordagem qualitativa, que utilizou a história oral para explorar trajetórias de vida de doze pessoas usuárias e profissionais atuantes na luta antimanicomial. Os resultados apontam para a importância da formação e capacitação permanente de profissionais na direção de uma atuação mais comprometida com valores de cidadania e direitos humanos. Indicam que os avanços obtidos na política de saúde mental brasileira que culminaram em marcos legais e que visam estruturar uma política baseada no cuidado em liberdade e nas práticas de atenção psicossocial estão intimamente ligados aos processos formais e informais de participação. A pesquisa aponta que a participação em saúde mental demanda uma abordagem distinta, crítica e sensível, capaz de reconhecer e potencializar estratégias que promovam a autonomia e o<br />protagonismo das pessoas usuárias. </p>2025-10-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23849Poder pastoral, discurso e subjetivação: Reflexões acerca da intolerância sobre LGBTs no Brasil2024-11-29T18:33:19+00:00Heriton Vinícios Serrão Silvaheritonvinicios@live.comAdriana Pierre Cocapierrecoca@gmail.com<p align="justify">O artigo utiliza as perspectivas foucaultianas de poder pastoral, subjetivação, discurso e sexualidade para analisar a produção de intolerância contra a comunidade LGBTQIAPN+ no Brasil contemporâneo. O estudo enfatiza o papel do cristianismo e do discurso bíblico conservador, contrastando essas visões com interpretações alternativas que desafiam leituras tradicionais. A pesquisa conclui que o neopentecostalismo, ao se apropriar de narrativas tradicionais sobre gênero e sexualidade, reforça a marginalização de minorias sexuais, perpetuando práticas discriminatórias e de exclusão social. No entanto, esses fenômenos são compreendidos como parte de um plano de fundo mais amplo, relacionado a uma governamentalidade que regula corpos, comportamentos e identidades, consolidando estruturas de poder e controle na sociedade. </p>2025-09-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/24739O propósito sociopolítico das organizações sindicais2025-03-26T19:01:39+00:00Carlos Enrique Ruiz Ferreiracruiz@alumni.usp.brRafael Freire Netorafael.freire@csa-csi.org<p>Este artigo tem como objetivo discutir a finalidade, ou as finalidades, das organizações sindicais e, em particular, o caráter sociopolítico que emergiu no sindicalismo da América Latina. Partindo de uma perspectiva da ciência política, interessa-nos compreender a categoria “sociopolítico”, frequentemente presente nos principais documentos do movimento sindical nas Américas, tendo como referência o clássico debate sobre as origens e o papel das organizações sindicais.</p>2025-09-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23778Caminhos na formação continuada de professores/as do campo: ações do Programa Formacampo na Bahia2025-04-02T15:19:35+00:00Valéria Souza Lima Britovaleriaslima@hotmail.comArlete Ramos dos Santosarlerp@hotmail.com<p>Este estudo apresenta o recorte de uma pesquisa que busca analisar as ações do Programa Formacampo na formação continuada de professores/as que atuam em escolas do campo nos Territórios de Identidade da. O Formacampo tem sua gênese a partir de uma necessidade – problema social num movimento que ocorrem a criticidade, o diálogo e a coletividade e, ancorado nas epistemologias críticas fomenta uma práxis emancipatória, que aproxima os educadores/as em suas experiências e impulsiona a refletir sobre suas práticas pedagógicas nas escolas do campo. Quanto a metodologia da pesquisa, esta tem caráter quali-quantitativo, respaldada no Materialismo Histórico Dialético. A pesquisa demonstrou que a materialização das ações do programa Formacampo acontece pela luta de muitas pessoas que de maneira coletiva fazem enfrentamentos para que aconteça a expansão e democratização do acesso e permanência de uma educação planejada com a população camponesa.</p>2025-08-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23308A ditadura da magreza em grupo pró-transtorno alimentar no Whatsapp2025-03-11T12:44:39+00:00Carlos Renan Samuel Sanchotenecarlos_sanchotene@yahoo.com.brAna Luísa Gontijo Nogueiraanalulugontijo@gmail.com<p>Este trabalho busca estudar as interações do grupo Borboletana no WhatsApp entre jovens que sofrem transtornos alimentares. A pesquisa busca verificar como acontece a construção do corpo ideal, identificar e descrever as tematizações discutidas e compreender suas submissões aos sacrifícios de uma alimentação conturbada para alcançarem o ideal do corpo perfeito. A metodologia compreende um estudo a partir da netnografia (Kozinets, 2014). Para tanto, foram coletadas as mensagens compartilhadas pelas <br />39 participantes, do dia 6 de maio ao dia 21 de maio de 2023. A análise foi dividida em três categorias: a sociabilidade no grupo, o ninho de borboletas e a demonização da gordura. Entre os resultados conclui-se que a comunidade é constituída a partir do senso de pertencimento, dos laços sociais e dos interesses compartilhados. E, ainda, tanto as interações quanto os aspectos midiáticos contribuem para o agravamento dos transtornos alimentares.</p>2025-08-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23684O que o perfil racializado da população carcerária no Brasil tem a nos dizer? Uma análise sobre o encarceramento em massa e o racismo estrutural na periferia do capitalismo do século XXI2024-11-08T14:28:20+00:00Mirele Hashimoto Siqueiramirelehashimoto@hotmail.comAna Paula Fernandes Raymundoanapaulafernandes95@hotmail.com<p>O presente artigo objetiva problematizar a relação entre o encarceramento em massa e o racismo estrutural, buscando fundamentar o<br />debate a partir da caracterização do perfil da população carcerária no Brasil entre os anos de 2018-2021. Trata-se de uma reflexão teórica elaborada a partir de um levantamento documental nos dados estatísticos presentes nos relatórios do Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (INFOPEN). Nesta direção, foi possível verificar que o sistema prisional brasileiro tem sido extremamente seletivo: uma população específica é frequentemente alvo das práticas de controle social do Estado – a população preta, parda, pobre e periférica. Sobre ela, o Estado desempenha um papel substantivamente penal, de maneira a reforçar sua criminalização e associação a uma população “delinquente” e “perigosa”. Mas, ocorre que, na periferia do capitalismo, a marginalização desta população não é recente, tampouco novidade: estabelece relação com o racismo estrutural que permeia nossas relações sociais, reiterando-se no marco do século XXI.</p>2025-06-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23698Atlântico negro: movimentos descolonizatórios de resistência e luta por direitos2024-11-29T18:06:00+00:00Anna Paula Bagetti Zeifertanna.paula@unijui.edu.brRômulo José Barboza dos Santosromullobarboza@hotmail.com<p>Este artigo investiga a relevância da expressão Atlântico Negro enquanto narrativa analítica e não apenas geográfica e cultural. Demonstra a importância da diáspora africana nos processos colonizatórios como elemento constitutivo da própria modernidade. Evidencia a tentativa de apagamento e silenciamento das lutas negras quando do processo de escravização e tráfico pelo Atlântico Negro, representando formas de apropriação da história contada e teorizada sempre na perspectiva do europeu colonizador. A partir dos elementos apresentados, faz uma abordagem acerca do movimento descolonizatório representado pela Revolução Haitiana e as lutas quilombolas no Brasil. Desenvolvido com base em uma pesquisa qualitativa, concentra sua compreensão e interpretação no estudo dos fenômenos de resistência, contextos sociais e culturais. A título de conclusão, evidencia que os Movimentos Negros de resistência do Haiti e do Brasil representaram/representam importantes mecanismos de busca por liberdade das populações negras e de luta por justiça social e efetividade dos direitos humanos. </p>2025-06-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23616Quais significados revestem as etimologias que caracterizam à população em situação de rua na produção científica brasileira recente (2013-2023)?2024-09-25T12:46:47+00:00Pollyanna de Souza Carvalhopollyannacecf@gmail.comJoseane de Souzajoseanedesouza.souza@gmail.com<p>Este estudo, baseado na revisão sistemática, tendo como pano de fundo a Política Nacional da População em Situação de Rua (PNPSR), tem por<br />objetivo fomentar reflexões sobre as terminologias associadas à População em Situação de Rua (PSR) na produção científica brasileira recente (2013-2023). Realizamos uma busca no Catálogo de Teses e Dissertações (CTD) da<br />Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), nos anos de 2013 a 2023, para entender a visão dos pesquisadores sobre<br />essa questão, analisando os significados por eles atribuídos à situação de rua. Conseguimos identificar mais de 20 terminologias utilizadas sobre esse público, como: morador e população de rua, sujeitos, mulheres e usuários em situação de rua, miseráveis, invisíveis, errantes urbanos, entre outros. Não existe na literatura um consenso sobre o uso dessas terminologias no período investigado. Cada pesquisador atribui um sentido, ora considerando a legislação, ora considerando as teorias a respeito desse público. </p>2025-06-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22194A terceirização do cuidado: o serviço família acolhedora em face do desmonte das políticas sociais2024-12-17T18:46:42+00:00Uélma Nascimentouelminha@yahoo.com.brTerçália Suassuna Vaz Liratercalialira@servidor.uepb.edu.br<p>O presente artigo é resultado de uma pesquisa de natureza bibliográfica e documental que teve como objeto de investigação o Serviço em Família Acolhedora (SFA), para tanto, buscamos o referencial teórico necessário, bem como dados apresentados por órgãos oficiais e legislações pertinentes ao tema. O estudo apontou o atual cenário de crise e de desmonte do Estado brasileiro em face do neoliberalismo que, em sua atual fase, o ultraneoliberalismo, com suas propostas de contrarreformas, reduz os investimentos nas políticas públicas, resultando na desproteção social das famílias, favorecendo diversas formas de violência contra o público infantojuvenil, acarretando o acolhimento institucional ou familiar de crianças e adolescentes. Neste cenário, o Estado tem recrudescido práticas outrora utilizadas, a exemplo do trabalho voluntário, ofertado pelo SFA. Conclui-se, com o estudo, que a desoneração do Estado exigida pelas políticas neoliberais e sua terceirização do cuidado com a infância pela sociedade civil por meio do voluntariado comprometerá a continuidade, a médio ou longo prazo, do SFA. </p>2025-06-02T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23558A escuta não-revitimizante de meninas vítimas de violência sexual: uma questão política de acesso à justiça2025-02-10T15:02:41+00:00Vanessa Nascimento Viananascimentovianavanessa@gmail.com<p>O texto analisa o impacto da Lei argentina nº 25.852, de 2003, artigo 250 bis e ter do Código Nacional de Processo Penal, primeira normativa na América do Sul sobre escuta especializada de meninas, meninos e adolescentes vítimas de violências sexuais, crescentes em escala mundial. Na análise de 27 sentenças sobre crimes sexuais, majoritariamente contra meninas, observou-se uma mudança na cultura institucional dos tribunais. No viés sociopolítico do acesso à justiça, constataram-se problemas na incorporação da norma,<br />como a apropriação diferenciada pelos juízes e as assimetrias enraizadas em desigualdades históricas entre homens e mulheres. Vislumbrou-se uma transição do formato jurídico tradicional ancorado no juiz, que inquere e julga para outro, de uma escuta respeitosa, não sem controvérsias, a cargo de profissionais especializados. Considerou-se que a normativa instaura um<br />novo paradigma de acesso à justiça para crianças e adolescentes vítimas de violência sexual, gatilho para consolidar nova jurisprudência sobre crimes sexuais contra meninas e mulheres. </p>2025-05-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23343O impacto da diversidade cultural na agenda política educacional brasileira: uma avaliação das demandas sociais2025-02-14T13:41:39+00:00Thiago Felipe Sebbenpodemanda84@hotmail.comGonçalo Cassins Moreira do Carmogoncalocassins@gmail.comBruno Pedrosoprof.brunopedroso@gmail.comAndré Mendes Capraroandrecapraro@gmail.com<p>O debate em prol do reconhecimento da diversidade cultural brasileira vem se intensificando ao longo das últimas décadas, mediante sucessivas lutas de movimentos sociais identitários. Dados apresentados pelo IBGE em 2022 evidenciam que as políticas públicas para reconhecimento da diversidade cultural ainda não são suficientes. O objetivo deste artigo é avaliar o impacto desse discurso na agenda das políticas educacionais brasileiras. O procedimento adotado foi a pesquisa bibliográfica organizada em três etapas. As lutas dos movimentos sociais identitários influenciadas pelos teóricos do Multiculturalismo, dos Estudos Culturais e dos Black Studies contribuíram para a centralidade do tema da diversidade cultural na agenda internacional, impactando posteriormente a agenda política educativa nacional através de um processo não linear de avanços e retrocessos. Conclui-se que as políticas para a diversidade cultural precisam ser potencializadas, com a participação de grupos sociais historicamente marginalizados nas instâncias deliberativas e de gestão de políticas públicas.</p>2025-05-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22519A Universidade aprendeu a contar: os saberes da experiência com o Censo da População em Situação de Rua da cidade do Recife2025-02-24T11:42:04+00:00Otávio Augusto Alves dos Santosotavio.augusto@ufrpe.brRaquel de Aragão Uchôa Fernandesraquel.fernandes@ufrpe.brJuliana Alves de Andradejuliana.alvesandrade@ufrpe.brHumberto da Silva Mirandahumberto.miranda@ufrpe.br<p>O objetivo deste artigo é apresentar o desenho metodológico desenvolvido por um grupo de pesquisadores(as) da Universidade Federal<br />Rural de Pernambuco e os primeiros achados da investigação censitária da população em situação de rua da cidade do Recife, sobretudo, por ser uma pesquisa que se diferencia da maioria das investigações sobre população em situação de rua, ao ser planejada e executada no diálogo entre universidade, lideranças do movimento nacional da população de rua e instituições que atuam<br />com essa público. Para tal, iremos colocar em tela o percurso da investigação, propõe-se fazer uma breve descrição da metodologia e dos instrumentos utilizados para coleta de dados, bem como os protocolos empregados na etapa da pesquisa censitária, cuja finalidade foi compreender as dinâmicas dos diferentes territórios. Além disso, observa-se os desdobramentos dos dados censitários na formulação de políticas de acesso a renda, a moradia, a<br />alimentação, a saúde, a educação e cultura. Nesse sentido, as reflexões sobre a pesquisa, permite que se reconheça o exercício científico e pedagógico realizado pela universidade para desenvolver estratégias e instrumentos de contagem de pessoas que vivem invisibilizas e no limiar da dignidade humana. </p>2025-05-06T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23613Ocupações como novos atores coletivos: ressignificações e disputas pelo cotidiano urbano2024-10-23T13:59:13+00:00Luiz Felipe Velloso Lealbiraleal39@gmail.comMateus Máximo Rodrigues Moreiramateusmaximofjp@gmail.comFlávia de Paula Duque Brasilflavia.brasil@fjp.mg.gov.brRicardo Carneiroricardo.carneiro@fjp.mg.gov.br<p>O artigo interroga o que há de novo nas Ocupações Urbanas que se constituíram nas duas últimas décadas em Belo Horizonte e eventualmente na região metropolitana (RMBH). Argumenta-se que as Ocupações Urbanas configuram novos atores coletivos cujo mote mais amplo de luta por moradia é pelo controle sobre melhores condições para o exercício da vida cotidiana. A partir da inter-relação com estratégias e atores precedentes é possível identificar as Ocupações Urbanas como novos atores coletivos porque operam<br />uma radicalização do próprio cotidiano urbano da coletividade, destacando sua relação com outros atores sociais, apoiadores ou rivais do passado ou do presente. O trabalho ancora-se em contribuições na vertente dos novos movimentos sociais, fundamentalmente em Alberto Melucci (1980; 1989; 1996; 2003) para apreender os processos de constituição de atores coletivos contemporâneos, de suas identidades e formas de ação. A metodologia apoia-se fundamentalmente em revisão bibliográfica por conveniência e levantamentos documentais. </p>2025-04-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23821Nova roupagem e velhas agruras no uso das tecnologias de informação e comunicação na extensão rural contemporânea2024-11-11T18:00:20+00:00Laila Mayara Drebesdrebeslm@gmail.comDaiane Loreto de Vargasloretodevargas@gmail.com<p>O estudo objetiva analisar as potencialidades e as fragilidades da aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) pelo serviço público de extensão rural no Brasil, refletindo sobre as recentes propostas de ATER digital. É um estudo qualitativo realizado a partir de pesquisa bibliográfica e documental. Os resultados deste exercício intelectual possibilitaram ponderar não apenas sobre os pontos fortes, mas, também e principalmente, sobre os pontos fracos do processo de digitalização do serviço de extensão rural, o que é especialmente relevante no momento contemporâneo, em que são constituídas coalizões nos campos acadêmico e político em prol da construção de uma narrativa totalizante, e por isso falaciosa, de que a ATER digital seria a melhor alternativa para fomentar o atendimento dos agricultores familiares<br />pelo serviço público de extensão rural, em termos de qualidade e quantidade. </p>2025-04-22T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23316A Lei da Violência Institucional e o efeito simbólico do direito penal2024-09-25T12:37:01+00:00Bruna Balsanobalsanobruna@gmail.comMaria Cristina Rauch Baranoskimcrbaranoski@uepg.br<p>O presente artigo tem por objetivo refletir sobre o efeito simbólico da Lei 14.321/2022 – Lei da Violência Institucional e demonstrar as falhas em sua aplicação simbólica para compreender os reflexos das normas penais simbólicas no que diz respeito à violência institucional, estudando a trajetória do sistema penal em defesa ao direito da mulher, em especial a violência de gênero. A abordagem utilizada na pesquisa tem como suporte ao método dedutivo, utilizando-se de metodologias de pesquisa bibliográfica, documental e análise de estudos anteriores realizados pela Autora. Os resultados indicam que a violência institucional contra as mulheres é uma realidade presente tanto no cotidiano social quanto nas organizações, incluindo aquelas que têm a obrigação de proteger os direitos humanos, como o Poder Judiciário. No entanto, essa violência permanece muitas vezes invisível, aparecendo nas notícias apenas esporadicamente como eventos extraordinários. Isso evidencia a necessidade urgente de promover discussões efetivas, reflexões e a exigência de ações concretas por parte das organizações. Além disso, é<br />crucial fomentar debates acadêmicos, sociais e institucionais voltados para a mudança de comportamentos enraizados em uma sociedade patriarcal, em vez de criar legislações simbólicas que, devido à sua aplicação ineficaz, geram insegurança na sociedade e não reduzem a criminalidade e a violência de gênero. </p>2025-04-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23503Agricultoras familiares e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE): participação associativa e autonomia econômica2024-09-13T14:45:49+00:00Fabiane Oliveira dos Santosfabiane-nutricao@hotmail.comEliene Gomes dos Anjoselieneanjos@ufrb.edu.br<p>Este artigo objetiva evidenciar a trajetória das agricultoras familiares associadas inseridas no Programa Nacional de Alimentação Escolar - PNAE e verificar o papel desempenhado pelo programa nas condições socioeconômicas e de autonomia dessas mulheres. Trata-se de um estudo de caso realizado em uma associação comunitária num município do Recôncavo da Bahia. Foram entrevistadas dez agricultoras familiares organizadas em uma experiência destacada pelos resultados alcançados pelo coletivo. A pesquisa revelou que a situação de vulnerabilidade social ainda persiste, a divisão do trabalho no ambiente doméstico não é equitativa e o PNAE é a principal ferramenta de escoamento da produção. Ademais, constatamos que a participação associativa se constituiu em espaço formativo para desvendar as desigualdades vividas e, em alguma medida, instrumento para a autonomia econômica.</p>2025-04-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/21823Do “apagar de incêndio” ao planejamento: a intersetorialidade no cuidado à saúde mental das infâncias e juventudes2024-06-17T19:46:20+00:00Sayonara Genilda Sousa Limasayogenilda@hotmail.comSofia Laurentino Barbosa Pereirasofialaurentino@ufpi.edu.br<p>Este artigo objetiva identificar os desafios e as potencialidades encontrados na gestão, no planejamento e na execução do trabalho<br />intersetorial voltado para o cuidado à saúde mental das infâncias e juventudes. O estudo empírico tratou da realidade de Teresina, capital do Piauí, onde a intersetorialidade foi investigada a partir das políticas públicas de saúde mental, saúde, assistência social, educação e sociojurídico. Para a investigação, feita a nível de mestrado, realizou-se uma pesquisa bibliográfica, documental e<br />de campo, com coleta de dados a partir de entrevista semiestruturada e grupo focal, com abordagem qualitativa. Os resultados apontam para uma dinâmica de trabalho permeada por ações pontuais e pelo personalismo, o que evidencia a importância do planejamento e da institucionalização da intersetorialidade. Portanto, conclui-se que são diversos os desafios e as potencialidades que<br />perpassam a concretização da intersetorialidade, porém, é necessário investir nessa estratégia de cuidado para as infâncias e juventudes. </p>2025-04-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22703Serviço Social, Educação Popular e Curricularização da Extensão Universitária2024-06-13T19:53:57+00:00Angela Maria Moura Costa pratesammc@gmail.comAnderson Roikroik@unicentro.br<p>A universidade pública e a formação profissional em Serviço Social estão enfrentando um desafio recente e significativo: a curricularização da extensão universitária. Ela é uma ferramenta essencial para a formação acadêmica, pois visa a estabelecer uma interação dialogal entre a universidade e a sociedade. Diante disso, o objetivo deste artigo é defender a importância da extensão universitária em uma perspectiva dialógica e emancipante para o processo de formação profissional em Serviço Social, e problematizar os desafios antigos e novos que surgem com a curricularização. Para isso, resgatamos a conexão entre Serviço Social e Paulo Freire e Educação Popular; questionamos a quem serve a universidade pública; e problematizamos a extensão universitária, a curricularização e os desafios para a formação em Serviço Social. Assim, constatamos que a universidade precisa se transformar e incluir a extensão como parte essencial da formação profissional. A extensão universitária dialógica e emancipante promove interação entre a universidade e a sociedade, buscando a transformação social e a formação de profissionais conscientes e comprometidos com a justiça social.</p>2025-05-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/22190Determinantes sociais da mercantilização de órgãos humanos2024-11-05T19:48:43+00:00Vinícius Araújo Pereirav.adm1997@hotmail.comLuzia Cristina de Almeida Serranocristinna.serrano@gmail.comAdilia Maria Pires Sciarraadilia@famerp.brRenato Ferreira da Silvarenato.silva@edu.famerp.br<p>A escassez global de doações de órgãos, somada às desigualdades socioeconômicas, impulsiona o tráfico de órgãos, um fenômeno transnacional que explora vulnerabilidades físicas, psicológicas, sociais e econômicas.<br />Com base em levantamento bibliográfico e na revisão de literatura nacional e internacional, este estudo objetivou analisar, com uma abordagem crítica fundamentada no materialismo histórico-dialético, o processo pelo qual<br />órgãos humanos são transformados em mercadorias no contexto do modo de produção capitalista. Foram delineadas as dinâmicas das redes criminosas, suas<br />estruturas, agentes e as particularidades das vítimas envolvidas. Além disso, analisou-se a influência do capitalismo global e das relações de imperialismo<br />e dependência na mercantilização de órgãos. A partir da compreensão dos determinantes operacionais, econômico-políticos e estruturais que engendram o objeto desta análise, foi possível aprofundar o grau de abstração<br />e demonstrar teoricamente como se dá, efetivamente, a transformação de órgãos humanos em mercadorias.</p>2025-04-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipaçãohttps://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/23283Características das políticas socioassistenciais destinadas à população em situação de rua em países latino-americanos 2024-10-23T17:22:54+00:00Verônica Martins Tiengoveronica.tiengo@outlook.com<p>Objetiva-se apresentar um estudo sobre as características de políticas socioassistenciais voltadas para a população em situação de rua em países latino-americanos. Pauta-se pelo referencial crítico-dialético no campo do Serviço Social e da Política Social. Como resultado, identifica-se que na América Latina o acesso às Políticas Sociais é reduzido, e sua configuração segue a matriz residual, que prevê focalização e seletividade com o intuito de obter uma maior eficácia, porém atendem de maneira reduzida a um dos grupos que, segundo o princípio da seletividade, deveria ser selecionado: a população em situação de rua. Trata-se de uma pesquisa documental e de campo, cuja definição dos países teve como critério contar com pesquisa, censo sobre pessoas em situação de rua e legislação que regulamente seus direitos. Foi elaborado um roteiro para a pesquisa de campo e para a pesquisa documental. As entrevistas foram semiestruturadas. </p>2025-04-01T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 Emancipação