O FOLCLORE MÁGICO EUROPEU E A IGREJA

Autores

  • Betania Maciel

Resumo

A perseguição organizada para extinção das bruxas não é um fenômeno do período do começo da Idade Média, mas sim da era medieval desde a época da Reforma. Para explicar esse fato, primeiramente devemos ter bem claro a relação entre as crenças populares e as práticas mágicas que existiam na realidade da vida cotidiana nas aldeias e a superestrutura teórica que a igreja criou e que interpretava e sistematizava essas crenças sob a forma de um “culto satânico”. Os estudiosos que examinaram cuidadosamente os relatos sobre os juízos contra as bruxas encontraram pouca evidência da existência de assembléia de bruxas ou de que estas funcionavam na realidade em grupos organizados. As idéias que as bruxas constituíam uma associação diabólica organizada que possuía líderes e organização (assembléia), que realizavam cultos noturnos (Sabbat) e que possuíam rituais(Osculum Profanum do diabo: que significava o repúdio do cristianismo e a eleição de uma crença demoníaca, alimentos, profanos e orgias) são idéias que estavam na imaginação dos inquisitores. Baseado nesse pressuposto, desenvolvemos um estudo que se refere ao fenômeno da bruxaria, tanto porque se conhece popularmente muita coisa sobre esse tema e também por sua importância histórica e os reflexos que a igreja e o folclore europeu foi responsável por tantas crendices. Essa pesquisa também trata de desenvolver um estudo midiático sobre os fenômenos de crença nas bruxas, sua transformação em um culto satânico e trataremos também de algumas razões relacionadas às mulheres e suas práticas médicas que, muitas vezes, são tratadas como vilãs estereotipadas.

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Publicado

2008-12-02

Como Citar

MACIEL, B. O FOLCLORE MÁGICO EUROPEU E A IGREJA. Revista Internacional de Folkcomunicação, [S. l.], v. 2, n. 4, 2008. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/folkcom/article/view/18627. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

ARTIGOS E ENSAIOS