Muitas Vozes https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes <p>A revista Muitas Vozes é uma publicação com periodicidade contínua do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, da Universidade Estadual de Ponta Grossa, que se constitui em um espaço de reflexão sobre questões de linguagem em suas múltiplas manifestações. Sua missão é divulgar resultados de pesquisas da área de Letras e Linguística, separadamente ou em interseção com áreas afins.</p> <p>E-ISSN: 2238-7196</p> pt-BR <p><strong><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</strong></p> <p><strong>Transferência de direitos autorais</strong><strong>:</strong> Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, JÁ FICA ACORDADO QUE o autor AUTORIZA a UEPG a reproduzi-lo e publicá-lo na <em>REVISTA MUITAS VOZES</em>, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. 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ESSA autorização de publicação não tem limitação de tempo, FICANDO A UEPG responsável pela manutenção da identificação DO AUTOR do ARTIGO.</p> revistamuitasvozes.ppgel@gmail.com (Revista Muitas Vozes) revistamuitasvozes.ppgel@gmail.com (Gisele Maciel) Mon, 27 Oct 2025 11:18:22 +0000 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 VOZES E RESISTÊNCIAS: DESVENDANDO IDEOLOGIAS DA LINGUAGEM E SUA ARTICULAÇÃO COM RAÇA, GÊNERO, SEXUALIDADE E CLASSE SOCIAL. https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/25733 <p>&nbsp; &nbsp; &nbsp;&nbsp;</p> Cloris Porto Torquato, Neiva Maria Jung Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/25733 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 DE HOME GIRLS A WORLD GIRLS - A CASA DENTRO DE SI https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/24703 <p>Buscar metáforas na e para a literatura produzida por mulheres tem sido uma das vertentes da crítica literária feminista que percebe a importância de vermos a produção literária de mulheres como um conjunto coerente que constrói significados sociais e culturais singulares e, desse modo, possibilita uma maior visibilidade para esta literatura, desestabilizando a comumente associação de autoria com a masculinidade. Neste artigo, a partir da metáfora home girls criada para se ler a obra de escritoras afro-americanas, propomos, dentro do campo literário da África do Sul, a metáfora world girls na tentativa de identificarmos as representações alternativas para as identidades femininas na literatura produzida por autoras negras sul-africanas emergentes no período pós-apartheid, bem como, para interpretarmos a função social de suas obras literárias.</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: crítica literária feminista; literatura de mulheres negras; África do Sul.</p> Joana D'Arc Martins Pupo Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/24703 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 DEMARCAÇÃO DE TERRA NO BRASIL: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23904 <p>O presente artigo examinou os discursos produzidos no governo de Jair Messias Bolsonaro (doravante JMB), no início de seu mandato, com foco na demarcação de terras dos povos indígenas brasileiros. O enfoque se deu em enunciados que mobilizaram ações que transferiram a responsabilidade da demarcação de terras da Funai para o Ministério da Agricultura, colocando os interesses ruralistas acima das pautas indígenas. O artigo também investigou as reações de ONGs e povos indígenas, especificamente Apuí, Guarani Mbya Carijó e Mundurucus, que se posicionaram como vozes de resistência e crítica às ações necropolíticas da esfera governamental. A análise mobilizou o conceito de necropolítica de Achille Mbembe (2018), que considera o biopoder na decisão sobre a vida e a morte, e os estudos de indexicalidade de Jan Blommaert (2010; 2014) e Michael Silverstein (2003) para explorar como os discursos de JMB refletem/refratam ideologias autoritárias (Volóchinov, 2013) e violentas. Os resultados mostram que JMB utilizou sua soberania sobre corpos desprotegidos para favorecer um grupo político específico, justificando suas ações em argumentos pautados no desenvolvimento econômico, enquanto desconsiderava os direitos e a dignidade desses povos. A linguagem foi usada para moldar a percepção pública e legitimar essas ações, favorecendo a exploração econômica sobre a preservação ambiental.</p> Nívea Rohling, Maria de Lourdes Rossi , Ketlyn Margoti Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23904 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 UMA ANÁLISE CRÍTICA DE LETRAS DE MÚSICAS FEMINISTAS https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23516 <p>Na paisagem cultural contemporânea, onde a dinâmica entre gêneros e as questões relacionadas à igualdade estão no epicentro das discussões, delineia-se um campo produtivo para a intersecção entre música e ativismo. Sob esse prisma, empreendo, neste artigo, uma análise reflexiva e circunstanciada das letras de músicas integrantes de um projeto cujo cerne é o feminismo. Busco, ao longo deste estudo, esquadrinhar não apenas a superfície textual, mas mergulhar nas profundezas da narrativa musical para compreender como essas expressões melódicas se tornam agentes de empoderamento feminino. Parto da premissa de que a música, longe de ser uma mera manifestação artística, é um espelho e, simultaneamente, um forjador ativo da cultura. Meu propósito, portanto, é desvelar as intricadas camadas de significado presentes nas composições musicais feministas, entendendo-as como narrativas potentes que ecoam as experiências, desafios e conquistas das mulheres na contemporaneidade.</p> Fernando Luís de Morais Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23516 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 “EU SOU A PROVA VIVA DE QUE DEU CERTO”: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/25667 <p>Este artigo analisa um excerto do discurso de Jair Bolsonaro em uma coletiva de imprensa durante a pandemia de COVID-19, mobilizando, para tanto, o conceito de signo ideológico proposto pelo Círculo de Bakhtin. Com base na teoria dialógica de Bakhtin e Volóchinov, o estudo busca demonstrar como a linguagem reflete e refrata a realidade, influenciando a consciência social e servindo a interesses ideológicos. A análise sugere que os discursos nas coletivas de imprensa operam como arenas de luta de classes, nas quais a plurivalência dos signos é utilizada para construir narrativas que favorecem o governo, influenciam a opinião pública e legitimam decisões controversas. Conclui-se que a linguagem nas coletivas de imprensa é um campo de batalha ideológico, essencial para compreender o poder discursivo na política contemporânea.<br>Palavras-chaves: Signo Ideológico. Refração. Discurso Político. Coletiva de Imprensa.</p> Eleticia Elza Carneiro Podolak Strukoski , Cristiane Malinoski Pianaro Angelo Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/25667 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 APLICATIVOS DE APRENDIZAGEM DE L2 E A ECONOMIA DAS LÍNGUAS: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23905 <p>&nbsp;</p> <p>Os sistemas de poder dominantes originados no colonialismo e perpetuados pela globalização se refletem no ensino de línguas em aplicativos de aprendizagem de L2. As ideologias linguísticas moldam a valorização das línguas, transformando-as em produtos comerciais. Isso impacta a diversidade linguística e cultural, promovendo a desigualdade social ao favorecer línguas majoritárias e marginalizar as menos faladas. Este artigo sobre aplicativos de aprendizagem de L2 e a economia das línguas tem como objetivo analisar o Duolingo. &nbsp;Investigamos a influência das estruturas de poder, das ideologias linguísticas e da mercantilização da língua na aprendizagem de línguas por meio do aplicativo. Examinou-se a seleção de línguas e o modelo de negócios, avaliando se a plataforma promove a diversidade e a inclusão linguística e social em seus métodos de ensino. Constatou-se que, embora o Duolingo faça esforços para promover uma inclusão raciolinguística, seu modelo de negócios contribui para a desigualdade de oportunidades na aprendizagem. Além disso, a escolha e a prevalência de línguas majoritárias reforçam a valorização dessas línguas e seus falantes, intensificando a mercantilização da língua.</p> Nívea Rohling, Laura Catalina Peña Ramirez Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23905 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000 MASCULINIDADES NEGRAS HOMOSSEXUAIS EM NARRATIVAS AUTOBIOGRÁFICAS INTERSECCIONAIS https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23897 <p>Este artigo busca desvelar sentidos e implicações, sejam subjetivos ou sociais, da constituição de masculinidades negras homossexuais que emergem de narrativas autobiográficas pertencentes a três participantes da pesquisa de mestrado de Autor 1 (2020), membros do Coletivo Afrobixas, em Brasília/DF, que foi publicada no livro <em>Título</em>. Abordagens fenomenológicas (MOREIRA, 2004; RIBEIRO JÚNIOR, 2003) e princípios teórico-metodológicos sobre histórias de vida e narrativas (auto)biográficas (JOSSO, 2004; CHIZZOTTI, 2011) conduzem o estudo e a interpretação possibilitados pelo <em>corpus</em>. O aporte teórico utilizado trata das discussões em torno das representações de masculinidades advindas da construção interseccional (CRENSHAW, 1989) entre as categorias identitárias negritude (MUNANGA, 2009) e homossexualidade (LINS; MACHADO; ESCOURA, 2016). Nesse esteio, lançamos novos olhares interpretativos sobre o tema, de modo a perceber a (res)significação que os narradores participantes imprimem sobre suas vivências, especialmente quando se referem à pertença ao Coletivo Afrobixas e à reflexão crítica sobre modelos e valores socialmente hegemônicos que foram estabelecendo nesse grupo. As narrativas autobiográficas selecionadas parecem ampliar o entendimento fenomenológico sobre a dimensão em que negros homossexuais constroem suas masculinidades vinculadas a questões raciais, de classe e de orientação sexual, evidenciando sua racialidade de maneira mais contundente ante outros aspectos emergentes em suas histórias de vida.</p> <p>&nbsp;</p> <p>&nbsp;</p> <p>PALAVRAS-CHAVE: Negritude. Homossexualidade. Interseccionalidade. Masculinidade(s) negra(s). Narrativas autobiográficas.</p> Pedro Ivo Silva, Tatiana Nascimento Copyright (c) 2025 Muitas Vozes https://creativecommons.org/licenses/by/4.0 https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/23897 Mon, 27 Oct 2025 00:00:00 +0000