ENGENHARIA CLÍNICA COMO VETOR DO AVANÇO NA GESTÃO DE EQUIPAMENTOS MÉDICO-HOSPITALARES: CASO DE UM HOSPITAL REGIONAL NO DF
Resumo
A adoção de tecnologias complexas e de altos custos gera elevado número de equipamentos inutilizáveis. A falta de insumo ou peças de reposição para manutenção transforma as unidades de saúde em cemitérios de equipamentos e aparelhos. Dados da Anvisa destacam que em torno de 40% dos Equipamentos Médico-Hospitalares do setor público esteja subutilizado ou inoperante, relacionados aos problemas com manutenções ou que envolvem etapas do ciclo de vida. É neste contexto que a Engenharia Clínica (EC) mostra a sua importância como vetor, ao passo em que avança de uma área estritamente técnica de manutenção de equipamentos para um sistema de gestão de serviços que engloba a educação de equipes, gerenciamento de riscos, avaliação de novas tecnologias, desenvolvimento de equipamentos e garantia da qualidade. Foram analisados os conceitos básicos em torno da gestão de EMH; realizada a caracterização do Estabelecimento Assistencial de Saúde (EAS), no âmbito da EC; e identificaram-se processos de caracterização do ciclo de logística da gestão dos EMH. Os resultados demonstraram que a percepção da logística hospitalar mudou quando ocorreu o surgimento da EC no EAS; que o inventário de equipamentos é uma ferramenta capaz de espelhar as mudanças necessárias no ciclo de vida das tecnologias médicas e que é necessário o fortalecimento do núcleo da EC, para que seja possível manter equilibrada a boa gestão hospitalar, o gerenciamento dos EMH, do corpo clínico qualificado e da segurança do paciente, todos com sustentabilidade.Referências
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