ANÁLISE NUMÉRICA DA RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO CONSIDERANDO A SUBSTITUIÇÃO DOS ESTRIBOS DE AÇO POR BARRAS DE GFRP

Autores

  • Maurício Ilan Lima de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
  • João Vitor Freitas Zardinello UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR
  • Pedro Ignácio Lima Gadêlha Jardim UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR https://orcid.org/0000-0002-4448-6554
  • Diego Henrique de Almeida UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA - UNIR

Resumo

O uso de barras de GFRP em vigas de concreto tem sido amplamente estudado como substituto das armaduras longitudinais, devido à sua alta resistência à tração e à imunidade à corrosão. No entanto, a aplicação dessas barras em estribos (armaduras transversais) também tem ganhado atenção, pois a corrosão afeta significativamente essas armaduras, que estão mais expostas a agentes agressivos ambientais. Apesar das vantagens, o GFRP apresenta comportamento frágil e baixa ductilidade, o que contrasta com o aço, que possui maior módulo de elasticidade e ductilidade. Além disso, a baixa ductilidade do GFRP limita sua aplicação, apesar de sua elevada resistência à tração. Entretanto, há uma lacuna de estudos nacionais sobre o uso de GFRP como estribos em vigas de concreto, sendo encontrados poucos trabalhos em português sobre o tema. Neste contexto, o estudo realiza uma análise paramétrica utilizando o método dos elementos finitos, focando na resistência ao cisalhamento de vigas de concreto armado reforçadas com estribos de GFRP, usando o software Abaqus/CAE. A análise é baseada em simulações numéricas validadas, comparando vigas com estribos de aço e GFRP. Considerando o ELS de aceitabilidade sensorial, com o deslocamento-limite definido como ℓ/250 para garantir conforto visual, as vigas em que os estribos de aço foram substituídos por estribos de GFRP apresentaram, em média, uma redução de 77,74% na capacidade de carga.

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Publicado

2024-10-11