Revista de História Regional
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<p>A Revista de História Regional define-se como espaço de divulgação de trabalhos que tenham enquadramento teórico e metodológico dentro do campo de pesquisa em História e Região. Articulada ao debate epistemológico na história e nas ciências sociais, a revista tem por objetivo discutir a historicidade das práticas sociais e culturais, das construções discursivas e da produção de sentidos que, no tempo e no espaço, resultam em distintos processos de regionalizações. Diferentemente de uma abordagem tradicional, que a caracterizava como uma porção da superfície terrestre possuidora de determinadas características homogêneas e limites geográficos e/ou políticos rígidos, a noção de “região” é, atualmente, concebida como um artefato sociocultural mutante, uma produção de diferentes grupos, classes e culturas que a constroem mediante determinadas vivências e representações. Neste sentido, uma região é tanto um espaço físico, ambiental e material quanto um espaço imaginário, simbólico e ideológico. E uma dimensão é inseparável da outra. Considerando tal multiplicidade, definir a região implica estabelecer delimitações espaço-temporais para uma pesquisa. Ao adotar uma perspectiva de escala, implícita ou explicitamente, define-se o que é significativo no fenômeno, ocultando ou dando visibilidade a determinados aspectos da realidade. No jogo de escalas de observação, mudam as variáveis de análise e a irredutível complexidade do fenômeno histórico se impõe, o que exige dos pesquisadores não apenas a formulação de novas construções teóricas, metodológicas e historiográficas como também novas sensibilidades para a compreensão daquilo que chamamos de história regional.</p> <p>A RHR foi fundada em 1996 e desde o primeiro volume tem disponibilizado gratuitamente todo o seu conteúdo pela internet. O periódico é uma publicação do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História (Mestrado em História, Cultura e Identidades) da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Possui Qualis A3 e está indexada nos seguintes serviços: Scopus, Latindex, BASE - Bielefeld Academic Search Engine, Elektronishe Zeitschriftenbibliothek, Indiana University Bibliographical Index, EVIFA – Die Virtuelle Fachbibliothek Ethnologie/Volkskunde, Sumários.org, Diadorim, Miguilim e Portal de Periódicos da CAPES.</p> <p>ISSN:1414-0055</p>pt-BR<p>Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:</p> <p>a) Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a <a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/">Creative Commons Attribution License</a> que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p>b) Os autores são autorizados a assinarem contratos adicionais, separadamente, para distribuição não exclusiva da versão publicada nesta revista (por exemplo, em repositórios institucionais ou capítulos de livros), com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista).</p> <p>c) Os autores são estimulados a publicar e distribuir a versão onlline do artigo (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal), considerando que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e as citações do artigo publicado.</p> <p>d) Esta revista proporciona acesso público a todo o seu conteúdo, uma vez que isso permite uma maior visibilidade e alcance dos artigos e resenhas publicados. Para maiores informações sobre esta abordagem, visite <a href="https://pkp.sfu.ca/"><strong>Public Knowledge Project</strong></a>, projeto que desenvolveu este sistema para melhorar a qualidade acadêmica e pública da pesquisa, distribuindo o OJS assim como outros softwares de apoio ao sistema de publicação de acesso público a fontes acadêmicas.</p> <p>e) Os nomes e endereços de e-mail neste site serão usados exclusivamente para os propósitos da revista, não estando disponíveis para outros fins.</p> <p> </p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0px;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0px;" src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licencia de Creative Commons" /></a><br />Este obra está bajo una <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.es_ES" rel="license">licencia de Creative Commons Reconocimiento 4.0 Internacional</a>.</p>alessandra@uepg.br (Alessandra Izabel de Carvalho)periodicosuepg@uepg.br (Rodrigo Pallú Martins)Thu, 13 Feb 2025 14:54:18 +0000OJS 3.3.0.10http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss60Aspectos da ontologia ribeirinha na ilha Saracá, município de Limoeiro do Ajuru (PA)
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<p>Os pescadores ribeirinhos da ilha Saracá, localizada no município de Limoeiro do Ajuru, no estado do Pará, interpretam o mundo em que vivem como também coabitado por seres humanos de diferentes corporeidades. Estes seres se revelam quando querem e na forma que desejam. Neste artigo buscamos compreender as relações estabelecidas entre estes dois conjuntos de seres que habitam a mesma ilha, utilizam os mesmos rios, pisam no mesmo chão, nas mesmas folhas, enxergam as mesmas árvores e que vivem “vidas” que se entrelaçam. Nossas análises se baseiam em um vasto material de pesquisa que revela a existência desses seres. Seguindo os pressupostos metodológicos da antropologia, apoiamo-nos na autoetnografia e na etnografia. Fizemos entrevistas estruturadas, observações diretas e participantes e registros fotográficos. Os dados sugerem que a ilha Saracá é a morada das visagens, das mizuras, das aparições e de outros seres. Alguns são maus, bons, outros não se sabe ao certo qual é sua índole, pois apenas aparecem sem dizer nada e assim como aparecem, desaparecem. Estas narrativas são importantes, na medida em que agenciam a vida das pessoas, moldando suas decisões, afetando o seu cotidiano.</p> <div> <p> </p> </div>Genisson Paes Chaves, Sônia Barbosa Magalhães
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https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23987Wed, 19 Feb 2025 00:00:00 +0000A Diretoria da Agricultura e três solicitações de terras sergipanas
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<p>Buscamos analisar três requisições de compra de terras sergipanas que tramitaram pela Diretoria da Agricultura do Ministério da Agricultura, Comércio e Obras Públicas. Ao abordar o tema, pretendemos contrariar as teses do malogro da Lei de Terras de 1850, bem como outras leituras generalizantes sobre as legislações agrárias oitocentistas. O próprio fato de utilizarmos solicitações de compra de terras tem a ver com a tentativa de ir além de uma historiografia que apontou o insucesso das normas fundiárias imperiais. Eles argumentaram indicando a maior incidência de alienações de terras estatais nos Estados Unidos em comparação com o Brasil Império. Nossa pesquisa, por outro lado, analisa qualitativamente estas requisições de compra de terras. Percebemos como os agentes ministeriais contornaram proibições legais no sentido de atender aos interesses de potentados rurais. Sendo assim, contribuímos com historiadores que vêm questionando a tese segundo a qual a elite política imperial teria defendido a regularização da estrutura fundiária, porém tais transformações seriam vetadas na prática pelos senhores de terra. Ao contrário, percebemos uma relação mais complexa entre esses grupos. Concordamos com os historiadores para os quais a Lei de Terras de 1850 seria parte de um processo anterior e posterior a ela de transformação da propriedade.</p>Pedro Parga Rodrigues
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https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23748Thu, 13 Feb 2025 00:00:00 +0000Bairrismo em vertigem: verso e reverso no legislativo municipal de Varzedo (Ba) no efervescente junho de 1992
https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23332
<p>Embora a proeminência da cultura política no Brasil seja de mais holofotes para o poder executivo, o poder legislativo é um poder representativo que solicita, tanto quanto aquele, atenção da historiografia política, especialmente de fatos ocorridos em câmaras municipais. Partindo disso, a proposta deste artigo é esmerar versos e reversos papéis dos vereadores da câmara do município de Varzedo no processo de anulação da mesa diretora, após morte do prefeito e evasão do vice-prefeito.</p> <p> </p> <p> </p> <p>Palavras-chave: Política. Legislativo. Local. História.</p> <p> </p>Antonio Jorge Souza Amorim
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https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23332Wed, 19 Feb 2025 00:00:00 +0000Uma tradição indesejada: o desejo de uniformização na Grande Reforma Urbana do Rio de Janeiro (1903-1906) como condição da civilização e do progresso em terras cariocas
https://revistas.uepg.br/index.php/rhr/article/view/23212
<p>A Grande Reforma Urbana do Rio de Janeiro, levada a cabo no alvorecer do século XX, pelo prefeito Pereira Passos e o presidente Rodrigues Alves, fiou-se nas ideias iluministas de universalidade da razão e sentido da história para operarem uma ação de intervenção modernizadora do Estado no espaço urbano que afirmasse os valores europeus da civilização e do progresso em detrimento e desejo de suplantação de formas de uso da cidade sedimentadas pelos séculos que compuseram experiência histórica da relação entre os habitantes da cidade e o seu espaço urbano.</p>André Nunes Azevedo
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