Uma resistência que brota do chão: o cotidiano de mulheres da colônia em Bujari – Acre

Autores

  • Rogério Nogueira de Mesquita Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR
  • Maria das Graças Silva Nascimento Silva Fundação Universidade Federal de Rondônia - UNIR
  • Amilton José Freire de Queiroz Universidade Federal do Acre - UFAC

DOI:

https://doi.org/10.5212//Rlagg.v.11.i2.0005

Resumo

Desdobramento de pesquisa de mestrado, o presente artigo busca aprofundar a reflexão sobre cotidiano das mulheres da colônia em Bujari, focando compreender, agora, uma resistência que brota do chão afinada com o protagonismo feminino em lutar pela permanência em suas localidades mesmo com dificuldades acessar políticas públicas específicas. No decorrer do estudo, utilizamos como categorias centrais o espaço e o lugar; adotamos como perspectiva metodológica a Fenomenologia e como técnica a História Oral. Desse modo, foi dado enfoque ao cotidiano das mulheres assentadas, com a realização de atividades de campo e execução de diversas entrevistas. Assim, foi possível identificar que as mulheres sempre estiveram presentes, trabalhando nos assentamentos rurais, desde o seu processo de abertura e que a sua relação com o espaço rural e com a terra ultrapassa qualquer lógica material, pois se encontra pautada na identidade, afetividade, pertença e apego ao lugar. No entanto, os posicionamentos femininos são sempre colocados em segundo plano pelo parceiro e o seu trabalho ainda é inserido na concepção de ajuda. Além de tudo, ainda são penalizadas com a falta de estradas, correção do solo, assistência técnica, créditos rurais que atendam às suas precisões, atendimento básico de saúde e atendimento escolar adequado à sua realidade.

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Publicado

2021-03-10

Edição

Seção

Artigos / Articles/ Artículos