Outros futuros: nossas negras geografias no fazer científico

Autores

  • Fernanda de Faria Viana Nogueira Universidade Estadual de Campinas
  • Tais Alves Teixeira Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) https://orcid.org/0000-0002-7851-9991

DOI:

https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.16.i1.0006

Resumo

Na constituição de uma ciência que se funda com e no processo de colonialidade, vemos a busca pela objetividade que se manifesta na ausência do corpo na produção científica. Neste ensaio acadêmico, destacamos que essa prática paira também desde a gênese da Geografia, atestando o controle e a violência dos corpos que não estão dentro da norma patriarcal e branca. Escondidos sob a justificativa de que só a objetividade é capaz de produzir conhecimento, os homens separam corpo e mente, excluindo da produção e do fazer científico mulheres como nós. Em diálogo com mulheres que tensionam o pensamento para a produção de uma outra ciência, e, por isso, também um outro futuro para além dela, debruçamo­-nos sobre um fazer fenomenológico enquanto metodologia, isto é, caminho para a construção de uma Geografia que abarca e se faz por nossas negras geograficidades. Portanto, partimos da proposta metodológica de revisão bibliográfica, que visa problematizar as ausências das perspectivas negras na Geografia, e chegamos em nossas geografias, que, a partir de nossa corporeidade, abrem caminhos para outros futuros com passos que vêm de antes e de longe.

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Publicado

2025-08-01

Edição

Seção

Geografias Feministas Negras