De escrava à empregada doméstica: o fenômeno da (in)visibilidade das mulheres negras. Doi: 10.5212/Rlagg.v.3.i2.155164
Palavras-chave:
Mulheres Negras, (In) visibilidade e Espaço.Resumo
O presente artigo é parte das reflexões que compõe minha pesquisa de doutorado, intitulada: Sob o Manto Azul de Nossa Senhora do Rosário: mulheres e identidade de gênero na congada de Catalão/GO. Para realização da mesma, foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de campo, com aplicação de entrevistas e questionários, apoiados nos pressupostos da história oral, além de registros fotográficos. O método de pesquisa se apoia na fenomenologia. A discussão sobre a (in) visibilidade da mulher negra foi construída nesta pesquisa, pelo fato de que a congada é uma manifestação cultural de origem étnica negra. O estudo do escravismo no Brasil busca uma abordagem que proponha uma reflexão sobre as atrocidades do cativeiro, o problema da diáspora, a importância do povo negro para economia e cultura no Brasil. Mas, em se tratando da situação específica da mulher negra na história do cativeiro, pouco tem se formulado e, quando se fala, a apelação é para a imagem erotizada da africana. Ainda nos dias atuais, as mulheres negras lutam para libertar-se do cativeiro secular, pois, sofrem com o preconceito devido ao seu sexo e sua etnia. Estão entre as piores taxas de remuneração no mercado de trabalho, povoam as listas do desemprego e do subemprego no Brasil e frequentemente são vítimas de violência física e psicológica. Assim sendo, é possível afirmar que o fenômeno da (in) visibilidade da mulher, além de social e intelectual, também é espacial e étnico, visto que a mulher negra e pobre torna-se ainda mais (in) visível à história e à sociedade que a branca.
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