TEL Tempo, Espaço e Linguagem https://revistas.uepg.br/index.php/tel <p><strong data-olk-copy-source="MailCompose">Tempo, Espaço e Linguagem</strong> (ISSN 2177-6644) é um periódico com publicação semestral do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná (UNICENTRO, <em>Campus</em> Irati), baseada nos princípios do livre acesso, tem como eixo central publicar Artigos, Ensaios, Resenhas, Entrevistas e Dossiês referentes ao campo da História, estando aberta também para contribuições relevantes de outras áreas das Ciências Humanas.</p> <p> </p> UNICENTRO pt-BR TEL Tempo, Espaço e Linguagem 2177-6644 <p>Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.</p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p> “Em vida, morte, te sei” https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25808 <p>Texto de Apresentaçã dos artigos que compõe o dossiê "Em vida, morte, te sei": olhares interdisciplinares sobre a finitude contemporânea (séculos XX-XXI), organizado por Maristela Carneiro (UFMT) e Frederico Tadeu Gondin (UFG). O dossiê reúne uma variedade de estudos de autoria de investigadores/as de diversas geografias, formações e idades que se debruçam acerca da ambiguidade que marca nossa relação com o fenômeno da morte. A morte se mostra mais evidente do que nunca, graças às tecnologias que agora nos conectam globalmente, em tempo real. Incompreendida, silenciada ou temida ao se tratar da experiência pessoal do instante derradeiro, para o qual não há respostas absolutas, a morte reforça laços sociais, orienta ações no presente e o olhar sobre o passado, e movimenta o imaginário quanto às possibilidades do que será (ou não) dos vivos e daqueles que “partiram”. Dissociada dessa experiência, torna-se objeto de consumo que circula quase sem filtros por canais de streaming, lojas e redes sociais na atualidade, viabilizando novas abordagens, desde as mais criativas até aquelas que parecem esvaziar a morte de sentidos. Integram ainda neste número um artigo livre e uma entrevista com Maria Elizia Borges, precursora nos estudos cemiteriais e de arte funerária. </p> Maristela Carneiro (UFMT) Frederico Tadeu Gondim (UFG) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 06 16 10.5935/2177-6644.20250023 Expediente https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25809 <p>Volume 16, Número 2, Julho-Dezembro (2025): "Em vida, morte, te sei": olhares interdisciplinares sobre a finitude contemporânea (séculos XX-XXI)</p> Carlos Eduardo França de Oliveira (UNICENTRO) Bruno Cesar Pereira (UFSCar) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 01 05 Dona Xepa (1959) https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/24956 <p><span style="font-weight: 400;">A telenovela Xepa foi um sucesso televisivo tão grande que valeu um </span><em><span style="font-weight: 400;">remake.</span></em><span style="font-weight: 400;"> Contudo, este artigo analisa como a película Dona Xepa (1959) se constituiu a partir da peça escrita por Pedro Bloch para a atriz Alda Garrido escrita em 1953, bem como a personagem que esta atriz criou para si, a da caricata, e influenciou a produção do longa-metragem. No segundo momento do artigo, a análise se detém nas representações de gênero, partindo do conteúdo da história e mostrando a circularidade das representações de gênero no período. </span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Gênero. Cinema. História das Mulheres.</span></p> Nadia Maria Guariza (UNICENTRO) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 355 376 10.5935/2177-6644.20250042 "Mortes que não importam" https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25430 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo analisa a invisibilidade seletiva da morte animal no Brasil, articulando os conceitos de biopolítica e necropolítica para entender o ativismo digital. A hipótese é que a omissão estatal e a exibição de dor nas redes sociais criam um regime que privilegia certas vidas animais em detrimento de outras, reforçando hierarquias especistas. O estudo critica o modelo de proteção animal baseado na comoção e propõe uma ética pública multiespécie que reconheça a dignidade de toda forma de vida.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Morte Animal. Necropolítica. Ativismo Digital. Políticas Públicas. Ética Multiespécie.</span></p> Danusa Balthazar de Andrade (UFMT) Maristela Carneiro (UFMT) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 17 32 10.5935/2177-6644.20250041 Levados nas redes da memória https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25484 <p><span style="font-weight: 400;">O presente trabalho objetiva compreender as narrativas sobre os cortejos fúnebres rurais, em Pinheiro-Maranhão, Brasil. Adota-se a História Oral como método, por possibilitar o contato com experiências e memórias sobre a morte (Alberti, 2004). Nesse sentido, busca-se responder ao questionamento: de que forma as narrativas sobre os cortejos fúnebres revelam experiências sobre o viver e morrer? O estudo revela a complexidade dos ritos de morte sintonizados com o cotidiano, como o uso das redes de dormir. </span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Narrativas. Memória. Cortejos fúnebres. Pinheiro-MA.</span></p> Julyana Cabral Araujo (UFMA) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 33 44 10.5935/2177-6644.20250029 Despedidas póstumas https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25421 <p><span style="font-weight: 400;">En la actualidad las maneras de despedir a un ser cercano que fallece se vieron entrecruzadas con los adelantos tecnológicos. Si bien, aún se conservan algunas prácticas rituales clásicas, se han adicionado otras como las despedidas o las remembranzas póstumas por redes sociales. En este aspecto, esta pesquisa busca reflexionar acerca de los mecanismos actuales que utilizan los grupos sociales para transitar y hacerle frente a la muerte.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palabras-clave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Muerte. Despedidas. Rituales Funerarios. Redes Sociales. </span></p> Silvia Laura Carlini Comerci (UBA/CONICET - Argentina) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 45 57 10.5935/2177-6644.20250039 Eternal Scroll e a presença do luto nas redes sociais https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25216 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo aborda o luto, onde a “imortalidade digital” </span><span style="font-weight: 400;">amplia os limites e significados da</span><span style="font-weight: 400;"> finitude, gerando sobrecarga emocional e prolongando o sofrer. A espetacularização do luto online transforma a dor em conteúdo, afetando a intimidade da perda. Discute-se o direito ao esquecimento pós-morte como questão ética, dada a lacuna em protocolos e legislação para legados digitais. Urge desenvolver políticas humanizadas que conciliem memória, privacidade e dignidade, promovendo um luto saudável no século XXI. </span></p> <p class="western" align="justify"><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Morte Digital. Luto </span><em><span style="font-weight: 400;">Online.</span></em><span style="font-weight: 400;"> Memória Virtual. Legado Digital. Presença Póstuma.</span></p> Márden Cardoso Miranda Hott (UFMG) Amanda Márcia dos Santos Reinaldo (UFMG) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 58 68 10.5935/2177-6644.20250038 Codificar a Ausência https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25391 <p><span style="font-weight: 400;">O artigo analisa a dataficação da experiência da morte do outro a partir do caso de Joshua, que utilizou IA para simular diálogos com sua noiva falecida. A pesquisa segue o instrumentalismo de John Dewey, investigando como a mediação algorítmica reorganiza a vivência da ausência. Conclui-se que a presença do morto é tecnicamente simulada, transformando a finitude em um evento operável e previsível, alterando a forma como se experiencia a morte no presente. </span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Morte. Dataficação. Experiência.</span></p> Marcelo Duarte (UFMT) Pedro Pinto de Oliveira (UFMT) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 69 82 10.5935/2177-6644.20250027 Curtindo a morte https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25441 <p><span style="font-weight: 400;">A morte, enquanto experiência universal, encontra na internet novas mediações e representações. Este artigo objetiva explorar interações de usuários em postagens que veiculam óbitos na internet através dos </span><em><span style="font-weight: 400;">emojis</span></em><span style="font-weight: 400;"> de reação do </span><em><span style="font-weight: 400;">Facebook</span></em><span style="font-weight: 400;">. Para tal, através da netnografia, foi possível mapear notícias em páginas que publicizaram óbitos de diversas estratificações sociais. Os resultados demonstram que as postagens mobilizam amplo espectro de emoções e engajamentos sobre determinadas mortes e formas de morrer. A conclusão aponta para </span><em><span style="font-weight: 400;">cibermutirões </span></em><span style="font-weight: 400;">nos anúncios fúnebres, distribuídos de maneira generalizada, mas desigual no ambiente virtual.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Morte. Mídia. Redes Sociais. Facebook. Internet.</span></p> Elisa Gonçalves Rodrigues (UFPA) João Marcelo Silva de Oliveira (UFPA) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 83 110 10.5935/2177-6644.20250028 Morte espetáculo https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25158 <p><span style="font-weight: 400;">Este ensaio analisa criticamente a transformação da morte em espetáculo no contexto da sociedade sinóptica e da cultura digital contemporânea. Aborda como a violência e o sofrimento humano são convertidos em mercadoria simbólica, amplificados pelas lógicas de engajamento algorítmico e normalizados pelo consumo constante de imagens brutais. Com base em autores como Hannah Arendt, Guy Debord, Susan Sontag e Thomas Mathiesen, discute-se o mal da inação moral, a dissolução da intimidade nas redes sociais, a banalidade da violência e o paradoxo da segurança. O texto propõe uma reflexão sobre os impactos desse fenômeno na sensibilidade coletiva, na percepção de risco e na legitimação de políticas de medo. Conclui-se pela necessidade de reabilitar a empatia, a ética do olhar e o valor simbólico da vida frente à lógica de espetáculo que domina o ambiente midiático atual.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Morte Espetáculo. Sociedade Sinóptica. Violência Midiática. Inação Moral. Medo do Crime.</span></p> Antonio Hot Pereira de Faria (UNIMONTES) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 111 130 10.5935/2177-6644.20250035 Aprendendo com os mortos https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25380 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo analisa o curso </span><em><span style="font-weight: 400;">Agatha Christie: Writing</span></em><span style="font-weight: 400;"> (BBC Maestro, 2025) como exemplo de um novo regime simbólico da morte na cultura digital. A partir da noção de simulacro em Baudrillard (1991), propõe o conceito de necrosimulacro para interpretar figuras pós-morte reprogramadas por algoritmos e herdeiros, discutindo implicações éticas, culturais e mercadológicas da mercantilização da ausência.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Necrosimulacro. Simulacro. Morte. Cultura Digital.</span></p> Jaimeson Machado Garcia (UNISC) Priscila Gonçalves Magossi (PUC-SP) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 131 143 10.5935/2177-6644.20250031 Corpos que resistem à finitude https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25109 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo analisa os desafios enfrentados por pessoas trans idosas, destacando o envelhecimento como processo de exclusão social e simbólica. A partir da análise da websérie </span><em><span style="font-weight: 400;">LGBT+60: Corpos que Resistem</span></em><span style="font-weight: 400;">, discute-se como as mídias digitais atuam como tecnologias de memória e resistência. A pesquisa adota abordagem qualitativa e netnográfica, articulando reconhecimento e justiça social.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave: </strong>E<span style="font-weight: 400;">nvelhecimento. Transexualidade. Finitude. Reconhecimento. Tecnologias da Memória.</span></p> Elis Alves dos Santos (UCAM) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 144 157 10.5935/2177-6644.20250033 Morrer aos 40, morrer ainda menina https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25487 <p><span style="font-weight: 400;">No dia 2 de abril de 1983, após um coma resultante de um choque anafilático provocado pelo anestésico utilizado durante uma cirurgia de varizes, a cantora Clara Nunes faleceu aos quarenta anos de idade. O período de 28 dias durante o qual esteve internada em um CTI foi amplamente coberto pela imprensa do período. Apesar de tratar-se de uma personalidade pública, a leitura de jornais e revistas do período colocam em evidência algumas mudanças na percepção da sociedade brasileira diante da morte. Por outro lado, milhares de brasileiros passaram a conhecer a rotina de um CTI e uma nova forma de morrer, na qual pacientes já desenganados tinham a vida sustentada artificialmente uma máquina.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> História da Morte. UTI. Intensivismo. Clara Nunes.</span></p> Maria de Fatima Rocha da Fonseca (PMRJ) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 158 174 10.5935/2177-6644.20250025 Objetos Parlantes https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25432 <p><span style="font-weight: 400;">Este artículo discute sobre la agencia de los objetos cotidianos de personas que han muerto. ¿Quiénes son ahora sus custodios? ¿Por qué es importante recordar esa memoria? Estas son algunas de las preguntas que guíen esta discusión. ¿Qué significa habitar? ¿Cómo entender el habitar desde el objeto? Son también interrogantes que hemos planteado para profundizar sobre cómo se construye la memoria familiar y colectiva. Asimismo, a partir de varias entrevistas y fotografías que se llevaron a cabo con el objetivo de entender qué conservamos de nuestros seres queridos se pudo reflexionar sobre los relatos comunes de las personas que habitan una comunidad y, sobre todo, cómo se puede entender la esfera del género y su performance em estos relatos. Habitar un espacio es dejar una huella, un rastro; los objetos de esas personas son los custodios de esas memorias. </span></p> <p><br /><strong>Palabras-clave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Muerte. Objetos. Ritual Funerário. Memoria.</span></p> Rosa Inés Padilla (USFQ - Ecuador) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 175 209 10.5935/2177-6644.20250024 Morreu de quê? https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25434 <p><span style="font-weight: 400;">A </span><em><span style="font-weight: 400;">causa mortis</span></em><span style="font-weight: 400;"> sela o fim de uma caminhada, mas também contribuiu para a (in)completude de uma partida. Para compreender uma morte, é preciso considerar suas circunstâncias, as características do vitimado e dos entes afetados. A percepção do morrer é um constructo social, a morte violenta é uma peça-chave para o entendimento humano sobre sua finitude. Este artigo tem como cerne analisar perspectivas sobre a vida e a morte, e compreender os impactos destas sobre a capacidade humana de sobreviver. </span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><span style="font-weight: 400;">Morte. Morte Violenta. Violência e Luto. Luto Familiar.</span></p> Tatiana Guimarães Sardinha Pereira (IPPES) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 210 236 10.5935/2177-6644.20250037 Do Silêncio ao Gesto https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25181 <p><span style="font-weight: 400;">Considerando o morrer e os rituais que o cercam como construções sociais, este artigo analisa formas contemporâneas de externalização do luto a partir do caso do assassinato de um jovem em Vitória (ES). Para tanto, analisa-se material de redes sociais, jornais locais e registros fotográficos. Observa-se que manifestações simbólicas públicas e corporais funcionam como formas de reivindicação e memória, apontando para transformações nos modos de viver, compartilhar e territorializar o luto.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Luto-Contemporâneo. Memória. Externalização do Luto. Corpo.</span></p> Paloma Barcelos Teixeira (UFES) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 237 258 10.5935/2177-6644.20250026 A Quadra 8A e o Lugar da Morte na Estratificação Social Contemporânea https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25366 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo investiga a gestão estatal da morte anônima em Belo Horizonte, demonstrando como a necropolítica opera, por meio da burocracia, na seleção do que a memória deve ou não preservar. A metodologia associa a desconstrução de documentos oficiais à análise material e simbólica do espaço cemiterial. Concluímos que a (des)organização estatal das informações constitui mecanismo ativo de invisibilização. O artigo destina-se a pesquisadores dos seguintes temas: estudos cemiteriais, necropolítica e correlatos.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Necropolítica. Burocracia. Necrogovernamentalidade</span></p> Daniela Veloso de Abreu e Matos (PUC Minas) Wellington Teodoro da Silva (PUC Minas) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 259 274 10.5935/2177-6644.20250036 "A gente combinamos de não morrer" https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25439 <p><span style="font-weight: 400;">A morte, em sua ambiguidade, encontra na museologia um campo de tensões entre silêncio e exposição. No âmbito da anatomia, o corpo é muitas vezes reduzido a objeto, sem reflexão sobre seus sentidos culturais. Em um cenário de ampla circulação e comunicação digital das ciências médicas, propõe-se que esses espaços se tornem arenas críticas, integrando ciência, ética e história para repensar suas representações.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Museu. Corpo. Morte</span></p> Ellen Nicolau (UNIFESP) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 275 295 10.5935/2177-6644.20250040 A arte de contar histórias sobre vida e morte na mediação com pessoas idosas https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25223 <p><span style="font-weight: 400;">Sendo a morte um</span> <span style="font-weight: 400;">tema tabu nas sociedades ocidentais, foi realizada uma pesquisa com grupos focais, fundamentada na Psicologia histórico-cultural, com objetivo de compreender o papel da contação de histórias sobre vida e morte na mediação com pessoas idosas. Como resultado, tem-se que a contação da história literária </span><em><span style="font-weight: 400;">O Pato, a Morte e a Tulipa</span></em><span style="font-weight: 400;"> (Erlbruch, 2008) ampliou os sentidos sobre os temas, incluindo a perspectiva de morte em vida.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Pessoa idosa. Vida. Morte. Arte. Narrativa.</span></p> Pedro Lucas Oliveira da Silva (ABC do Glória) Denise Stefanoni Combinato (UFU) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 296 323 10.5935/2177-6644.20250034 Retratos de violência extrema https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25169 <p><span style="font-weight: 400;">As menções a tudo o que diz respeito ao universo literário – obras, autores etc. – são frequentes no interior da obra do Roberto Bolaño. No entanto, uma observação mais atenta também é capaz de identificar diversas representações e menções a outros produtos de manifestações artísticas, do cinema às artes plásticas. Na obra do mesmo autor, também são frequentes as figurações da violência. A relação entre esses dois últimos elementos é o tema deste trabalho. Propõe-se, portanto, a observação de representações oriundas do cinema, da fotografia e das artes visuais que aparecem no interior da prosa de Bolaño e que se destacam por conterem expressões daquilo que é violento em sua versão mais extrema. Como ponto de partida, estão os filmes </span><em><span style="font-weight: 400;">gore </span></em><span style="font-weight: 400;">e os vídeos </span><em><span style="font-weight: 400;">snuff, </span></em><span style="font-weight: 400;">gêneros pertencentes ao meio audiovisual, mas que podem ser alargados para incluir também obras fotográficas e das artes plásticas.</span></p> <p><br /><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Roberto Bolaño. Violência. Cinema </span><em><span style="font-weight: 400;">Gore</span></em><span style="font-weight: 400;">. Vídeos </span><em><span style="font-weight: 400;">Snuff</span></em><span style="font-weight: 400;">.</span></p> Talita Jordina Rodrigues (UFSC) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 324 340 10.5935/2177-6644.20250030 Tunga e a poética da (in)finitude https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25440 <p><span style="font-weight: 400;">Este artigo busca refletir sobre a questão da finitude a partir do campo de pesquisa das artes visuais. Será realizada uma reflexão sobre as especificidades e desafios do estudo acadêmico do tema da morte mediante a poética do artista plástico brasileiro Tunga. A obra </span><em><span style="font-weight: 400;">Semeando Sereias</span></em><span style="font-weight: 400;"> (1987) de Tunga será investigada à luz de abordagens interdisciplinares, enquanto “jogo poético” e enquanto “linguagem fotográfica”, em diálogo com as contingências inerentes ao estudo de objetos artísticos.</span></p> <p> </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong><span style="font-weight: 400;"> Arte Contemporânea. Morte. Linguagem Fotográfica. Teoria da Arte.</span></p> Vanessa Seves Deister de Sousa (UEM) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 341 354 10.5935/2177-6644.20250032 Uma precursora nos estudos da arte funerária no Brasil https://revistas.uepg.br/index.php/tel/article/view/25668 <p>Entrevista concedida aos organizadores do Dossiê&nbsp;"Em vida, morte, te sei": olhares interdisciplinares sobre a finitude contemporânea (séculos XX-XXI)." A ambiguidade que marca nossa relação com o fenômeno da morte se mostra mais evidente do que nunca, graças às tecnologias que agora nos conectam globalmente, em tempo real. Incompreendida, silenciada ou temida ao se tratar da experiência pessoal do instante derradeiro, para o qual não há respostas absolutas, a morte reforça laços sociais, orienta ações no presente e o olhar sobre o passado, e movimenta o imaginário quanto às possibilidades do que será (ou não) dos vivos e daqueles que “partiram”. Dissociada dessa experiência, torna-se objeto de consumo que circula quase sem filtros por canais de streaming, lojas e redes sociais na atualidade, viabilizando novas abordagens, desde as mais criativas até aquelas que parecem esvaziar a morte de sentidos. Maria Elizia Borges é uma precursora nos estudos cemiteriais e de arte funerária, motivo pelo qual a convidamos para a entrevista.</p> Frederico Tadeu Gondim (UFG) Maristela Carneiro (UFMT) Copyright (c) 2025 TEL Tempo, Espaço e Linguagem http://creativecommons.org/licenses/by/4.0 2025-11-17 2025-11-17 16 2 377 386 10.5935/2177-6644.20250043