Terr@ Plural
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<p style="text-align: justify;">A Revista Terr@ Plural visa publicar conteúdos científicos relacionados às áreas de Gestão do Território e Geografia que contribuam com o desenvolvimento do conhecimento teórico e metodológico destes campos de saber. Também pretende estimular o debate acadêmico e ampliar as relações com profissionais de todas as regiões do Brasil e do exterior.</p> <p style="text-align: justify;">A revista é uma publicação contínua online composta pelas seções de artigos, ensaios, notas científicas, entrevistas e resenhas. Permite-se o arquivamento de artigos publicados em repositórios institucionais, repositórios temáticos ou páginas web pessoais baixados do site da revista. No entanto é vedada a divulgação de pós-prints (artigos aprovados ainda não publicados) ou submissão de pré-prints que não passaram pela avaliação por pares mas já foram previamente depositados em outras plataformas antes da submissão à revista.</p> <p>Os trabalhos publicados na revista Terr@ Plural são de inteira responsabilidade dos autores, cientes de que são artigos originais, ficando implícito que o mesmo não tenha sido submetido para publicação em nenhum outro veículo de divulgação.</p> <p>Fica explícita a concordância dos autores às normas da revista, bem como, no desenvolvimento do trabalho, a observância dos aspectos éticos e o respeito à legislação vigente do <em>copyright</em>.</p>Programa de Pós-Graduação em Geografia - Universidade Estadual de Ponta Grossapt-BRTerr@ Plural1982-095X<p>Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista. Os autores autorizam a distribuição para indexadores e repositórios institucionais, com reconhecimento da sua autoria e publicação inicial nesta revista. Autores são estimulados a distribuir a versão on line do artigo (por exemplo, em repositórios institucionais ou em sua página pessoal), considerando que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e as citações do artigo publicado.</p> <p><a href="http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/" rel="license"><img src="https://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/deed.pt_BR" rel="license">Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional</a>.</p>EXP Expediente volume 16 2022
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Rosemeri Segecin Moro
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2022-12-302022-12-3016Álgebra de Mapas na Estimativa Qualitativa de Perda de Solo Anual por erosão hídrica laminar na Bacia do Rio Dourados, Brasil
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<p>Os custos para realização de medições representativas e acuradas, <em>in situ</em>, para estimativas da erosão hídrica laminar em áreas extensas são bastante onerosos. O trabalho objetivou espacializar e analisar a susceptibilidade erosiva do solo da bacia hidrográfica do Rio Dourados, de forma qualitativa, por meio da aplicação da USLE/RUSLE com auxílio de geotecnologias livres e gratuitas. Como resultado constatou-se que 46,2% da Bacia Hidrográfica do Rio Dourados apresenta baixa perda de solos com valores menores a 10 ton./ha.ano. Regiões com solo exposto, uso e ocupação do solo com predominância agrícola, juntamente com os fatores de solos com maior erodibilidade e topografia específica (declives maiores), acarretam grandes perdas anuais de solo (> 150 ton./ha.ano) em 2,4% da área da bacia.</p>Nelison Ferreira CorreaVinícius de Oliveira RibeiroLaercio Alves de Carvalho Antonio Conceição Paranhos FilhoYani Scatolin Mendes
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2022-05-162022-05-1616124A utilização do SIG Web Vicon como ferramenta de comunicação de risco e desastre
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<p>A gestão de risco e desastres envolve grande quantidade de dados que precisam ser coletados, tratados e analisados, a fim de se transformar em informação que resulte em medidas eficazes de redução de riscos e prejuízos. Assim, este estudo pretende descrever como os macroprocessos da gestão de riscos e desastres são apoiados pela utilização de Sistemas de Informação Geográfica na plataforma Web (Web Gis), com o uso do SIGweb VICON como alternativa de aprimoramento das ações de gestão de risco e de desastres, especialmente no âmbito da avaliação e comunicação de risco de desastres pelos órgãos de proteção e defesa civil no Brasil. O aporte de informações que a ferramenta fornece para a identificação, monitoramento das ameaças, ações de resposta e caracterização das populações vulneráveis, torna o VICON um instrumento com alto potencial para apoio na redução dos impactos causados pelos desastres.</p>Murilo Noli da FonsecaFabiane Aline Acordes
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2022-05-162022-05-1616113Identificação de processos erosivos com geotecnologias gratuitas
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<p>A erosão linear é um dos tipos de erosão hídrica que mais causam problemas ambientais devido à concentração de fluxos hídricos que tem grande potencial de degradação da terra. Este trabalho tem como objetivo identificar áreas de solo erodido que ocorrem na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíso utilizando geotecnologias gratuitas através da vetorização de erosões identificadas através da análise de imagens de satélite de alta resolução espacial disponíveis gratuitamente na plataforma <em>Google Earth</em>. Os resultados obtidos apontam que na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíso a maioria das erosões lineares são feições do tipo sulco, forma mais branda desse tipo de processo erosivo. Foram identificados 463 eixos de erosão, compostos por sulcos, ravinas e voçorocas. O acompanhamento temporal de imagens elucidou a origem do assoreamento identificado em trecho do Rio Paraíso próximo à rodovia MS-316. Assim, a disponibilidade de imagens de satélite de alta resolução espacial associada aos recursos disponíveis para o processamento de dados espaciais, permite analisar áreas extensas e identificar processos erosivos com maior agilidade, auxiliando na identificação das medidas a serem adotadas a fim de conter e/ou recuperar os locais atingidos por este problema ambiental.</p>Bianca Souza de OliveiraAntonio Conceição Paranhos FilhoEliane Guaraldo
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2022-09-012022-09-011611710.5212/TerraPlural.v.16.2219806.023Software para determinação de Chuvas de Projeto
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<p>Uma chuva de projeto é um evento de precipitação padrão utilizado para determinar indiretamente a vazão de projeto, um dado fundamental para o dimensionamento de estruturas hidráulicas, para drenagem urbana. Devido à dificuldade de obtenção de registros históricos de precipitação, torna-se mais prática a obtenção de chuvas de projeto baseadas em características gerais de precipitação da região circundante, expressas por meio de relações de intensidade-duração-frequência (IDF). Também se necessita definir o período de retorno, a duração e a distribuição temporal da chuva pelo Método dos Blocos Alternados. Diante do cenário de avanço e desenvolvimento de softwares na área de hidrologia e no intuito de tornar mais prática à aplicação do Método dos Blocos Alternados, este trabalho teve por objetivo<br />desenvolver o software AltBlock, capaz de automatizar os cálculos para obtenção de Chuvas de projeto. Por meio do Visual Studio .NET e linguagem de programação Visual Basic .Net, buscou-se construir uma interface gráfica de utilização simples e intuitiva. O AltBlock é um software livre, aplicável a qualquer localidade e útil como ferramenta para fins didáticos, de projetos de engenharia e estudos hidrológicos.</p>Elizandra Biá VianaTaís Arriero Shinma GalbettiMarcus Vinícius GalbettiVinícius de Oliveira RibeiroJonailce Oliveira Diodato
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2022-11-142022-11-141611210.5212/TerraPlural.v.16.2220175.036Avaliação da dinâmica de cobertura em área de cerrado stricto sensu com uso do software ImageJ®
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<p>O fogo das queimadas tem assumido papel central nas discussões sobre conservação de ambientes no Brasil e no mundo. Neste estudo foram investigadas a evolução temporal da cobertura do solo e o restabelecimento da vegetação de uma área queimada (AQ) e outra não queimada (ANQ) em uma área de cerrado <em>stricto sensu</em>, utilizando imagens aéreas e o <em>software</em> ImageJ®. A cobertura de solo pouco se alterou com o tempo e não foi verificada diferença entre as áreas para restabelecimento da vegetação. Por outro lado, o <em>software</em> ImageJ® mostrou-se útil nas avaliações da evolução de cobertura do solo e, por sua simplicidade e acesso livre, pode ser empregado no processamento de imagens individuais para o cálculo de área de solo exposto.</p>Julielen Zanetti BrandaniShaline Séfara Lopes FernandesThayne Danieli Schmidt ZolinNormandes Matos da SilvaEtenaldo Felipe Santiago
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2022-09-012022-09-011611610.5212/TerraPlural.v.16.2216815.024Avaliação das alterações da cobertura vegetal e sua correlação com o entorno através de geotecnologias: estudo de caso do Jardim Botânico de Brasília
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<p>Este estudo avaliou a variação da fitomassa no Jardim Botânico de Brasília (BBG) de 1984 a 2017 e a relação interativa com o entorno. A análise quantitativa da fitomassa foi realizada utilizando 35 imagens da série LandSat TM/ETM+/OLI, obtendo-se a variação dos índices de vegetação por diferença normalizada - Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI). Foi identificada a supressão da vegetação no entorno e comprovada a eficácia da preservação do BBG e da Estação Ecológica do BBG (BBGES). Também foi observada uma maior variação do NDVI do BBG próximo à borda de contato com a malha urbana, o que sugere a influência negativa do processo de urbanização e simultaneamente a importância da proximidade do BBGES para a preservação da área do BBG. Discrepâncias entre a proteção ambiental e o uso da terra apontam para a premente necessidade de criar mecanismos de diálogo entre urbanização e proteção de áreas verdes.</p>Bruno Silva FerreiraJéssica Rabito ChavesIsadora Taborda SilvaGisele Aparecida Nogueira YallouzCaroline Ayumi Kobayashi PimentaAíla Christy Matias França Dhonatan Diego PessiAntonio Conceição Paranhos FilhoEliane Guaraldo
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2022-02-162022-02-1616117Tão perto, no entanto distante:
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<p>O bioma Cerrado ocupa aproximadamente 22% do território brasileiro. O estado do Paraná possui registros desta vegetação em sete municípios entre eles Campo Mourão. Atualmente os remanescentes de Cerrado no município estão concentrados na área urbana, principalmente na Estação Ecológica do Cerrado Prof.ª Diva Aparecida Camargo - EEC (menor estação ecológica de Cerrado do Brasil, com 13.330 m2) e lote 7H (~22.000 m²). Neste trabalho foram entrevistados 25 moradores sobre sua percepção do entorno da ECC através de um mapa de representação social da Estação, tendo como núcleo central os elementos “Boa/Bom” e elementos periféricos como “importante, árvores, gosto, preservação, fresco e abandonado”. Foi observada uma avaliação predominantemente positiva dos moradores, entretanto há pouca compreensão sobre a importância do Cerrado e da EEC.</p>Mario Sergio Souza de AlencarEloisa Silva de Paula ParolinMauro ParolinRenan Valério Eduvirgem
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2022-09-012022-09-011611510.5212/TerraPlural.v.16.2219621.022A história oral e a memória na ciência geográfica:
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20698
<p>Este estudo objetiva mostrar a importância da utilização da história oral e da memória nas pesquisas geográficas. Estas metodologias oportunizam o relato das experiências vividas pelos depoentes de maneira plena. Essencialmente qualitativa, com fundamentos teóricos da Geografia Cultural, da Geografia Humana e métodos de interpretação da fenomenologia, a pesquisa pauta-se na coleta de depoimentos de imigrantes haitianos residentes em Cascavel (PR) que vieram em maior número para o Brasil após o terremoto que assolou o país em 2010. O intuito foi utilizar as vivências dessas pessoas como exemplo da atual mobilidade haitiana para o Brasil.</p>Mirtes Teresinha WerlangBruno Vinicius Noquelli LombardiTarcísio Vanderlinde
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2022-11-242022-11-241611010.5212/TerraPlural.v.16.2220698.040Multicausalidade da dengue no Litoral Norte Paulista: olhando o território e ouvindo quem nele mora
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<p>Este artigo resulta de um estudo mais amplo sobre a dengue no Litoral Norte Paulista, região cujo processo de urbanização e desigualdade no acesso à habitação e aos serviços urbanos, como o saneamento, desencadeou o surgimento e o retorno de diversas doenças. As categorias espaço geográfico e psicosfera de Milton Santos são utilizadas para contextualizar o processo saúde-doença e a forma como os indivíduos veem o cotidiano. O objetivo é explicitar a visão dos moradores do Litoral Norte Paulista, que contraíram dengue entre os anos de 2002 e 2017, sobre a doença em seus espaços de vida. Trata-se de pesquisa quanti-qualitativa amparada em dados do Ministério da Saúde, IBGE e informações obtidas em entrevistas, com aplicação do método de saturação e de análise de conteúdo. Traz como resultados a visão dos participantes sobre o processo de adoecimento e tratamento da dengue. Como conclusão destaca a importância de se olhar não somente para o estado clínico, mas para o espaço de vida, uma vez que as raízes dos principais problemas de saúde pública no Brasil são profundas e assentadas em condições de nossa formação social desigual.</p>Micael Henrique da Silva SantosCilene GomesLidiane Maria MacielViviana Mendes Lima
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2022-10-032022-10-031611510.5212/TerraPlural.v.16.2219427.034O impresso e a Inteligência Artificial
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<p>Esta análise visa a compreender como as notícias em jornais referentes ao Partido dos Trabalhadores (PT) na década de 1980 em Ponta Grossa podem ser compreendidas através da Análise do Sentimento. Neste sentido, as publicações em veículos jornalísticos de determinado recorte espacial e temporal são analisadas, com a utilização de técnicas de mineração de opinião aplicando a Inteligência Artificial para decifrar aspectos da linguagem natural. Utilizamos o pacote Syuzhet incluso no Rbase, através da interface do Rstudio, onde pudemos constatar que a maioria das emoções positivas e os sentimentos transmitidos pelas notícias publicadas na temporalidade em análise, contribuíram para a adesão eleitoral ao PT, elegendo componentes nos poderes legislativo e executivo municipal, situação que teve sua parcela de influência nas décadas posteriores em outras esferas do Estado. Neste trabalho procuramos<br />deixar claro o percurso realizado para chegarmos aos resultados, possibilitando que a<br />metodologia seja aplicada a outros periódicos impressos e a outras temáticas.</p>Ricardo Enguel GonçalvesJoão Paulo Leandro Almeida
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2022-11-242022-11-241611710.5212/TerraPlural.v.16.2220989.042Tafonomia de Invertebrados Fósseis do Devoniano no Estado do Paraná:
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<p><span style="font-weight: 400;"> Folhelhos constituem uma recente fronteira de estudos na Geologia Sedimentar, estimulada pelo novo panorama exploratório do Shale Gas, não obstante constituir-se no selante de muitos sistemas petrolíferos. Contudo, no Brasil a geração de gás natural associada a estudos de ordem paleontológica é inédita e fundamental para determinação das reais potencialidades regionais em um processo de avanço do conhecimento científico e tecnológico. Os estudos tafonômicos da macrofauna fóssil e icnológicos integram-se aos dados de sedimentologia ampliando a capacidade de interpretação paleoambiental das fácies sedimentares. Foram analisadas amostras de três afloramentos distintos na região dos Campos Gerais, no estado do Paraná e identificadas duas tafofácies e três icnofácies: Skolithos, Cruziana arquetípica e distal. As análises paleontológicas aqui propostas dão suporte às correlações bioestratigráficas, interpretações paleoambientais e paleoecológicas dos afloramentos prospectados, auxiliando na avaliação da qualidade dos folhelhos da Formação Ponta Grossa do ponto de vista da geração de hidrocarbonetos.</span></p>Gabrieli GoltzElvio Pinto BosettiLucinei José Myszynski JuniorLeonardo Borghi
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2023-01-152023-01-151610.5212/TerraPlural.v.16.2221225.046Paleocomunidades e guildas
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<p>Este artigo visa fornecer um referencial teórico para os trabalhos de paleoecologia de fauna marinha bentônica para a melhor compreensão de termos em estudos recentes, ou não, do tema. Através de uma pesquisa bibliográfica elencando os trabalhos mais relevantes no tema, concluiu-se que os autores empregam os termos paleocomunidades e guildas para a classificação da fauna, mas na atualidade conceitos como grupos funcionais e nicho ecológico têm sido usados como seus sinônimos. Assim muitos trabalhos mais antigos podem enfim ser revisados de um ponto vista diverso, fornecendo um maior detalhamento e respondendo questões ainda em aberto. Além disso, foi observado que há pouca discussão a respeito do uso de conceitos da Paleoecologia para elucidar o modo de vida de assembleias fósseis, principalmente da Bacia do Paraná.</p>Iniwara Kurovski PereiraElvio BosettiGabrieli Goltz
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2022-11-242022-11-241612310.5212/TerraPlural.v.16.2221067.043A Classe Strophomenata (Brachiopoda) em depósitos devonianos do estado Paraná: um estudo de caso
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/21183
<p>Strophomenata são braquiópodes Rhynchonelliformea, extintos e presumivelmente confinados ao Paleozoico. A Classe engloba as ordens Strophomenida, Productida, Orthotetida e Billingsellida. Três das quatros ordens possuem representantes nos sedimentos paleozoicos brasileiros: Strophomenida (Superfamília Strophomenoidea), Orthotetida (Subordem Orthotetidina) e Productida (subordens Chonetidina e Productina). Sendo assim, realizou-se um levantamento bibliográfico e a análise tafonômica por meio dos modos de ocorrência da Classe nos depósitos sedimentares devonianos da Bacia do Paraná, no estado do Paraná. Desta forma, foram formalmente reconhecidos estrofomenídeos representantes das ordens Productida (Subordem Chonetidina) e Orthotetida (Subordem Orthotetidina), sendo ambos presentes nas Formações Ponta Grossa e São Domingos. Seis modos de ocorrência foram identificados, os quais sugerem que os estrofomenídeos encontrados na Formação Ponta Grossa, no estado do Paraná, são potenciais indicadores paleoambientais transitando entre o shoreface inferior e o offshore transicional.</p>Gabrieli GoltzElvio Pinto BosettiRoberto Videira-SantosIniwara Kurovski Pereira
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2023-01-152023-01-151612210.5212/TerraPlural.v.16.2221183.045Práticas domiciliares de gerenciamento de resíduos sólidos em Mossoró, Nordeste do Brasil: um estudo de caso em tempos de pandemia
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20590
<p>Este artigo investigou as práticas domiciliares desenvolvidas na destinação de resíduos na cidade de Mossoró, RN, durante o período de pandemia. Através de um formulário eletrônico com 16 perguntas abertas e fechadas, a pesquisa alcançou 71 pessoas em 21 bairros diferentes e na zona rural do município. Constatou-se que a maioria dos respondentes não conhecia o serviço de coleta seletiva nos seus bairros ou local de residência, bem como falta conhecimento sobre a separação dos resíduos. Além disso, 57% das pessoas afirmaram que houve aumento dos resíduos domiciliares durante a pandemia, sendo que 26% apontaram aumento nos resíduos orgânicos e embalagens plásticas. Fica claro, portanto, a importância da atuação da esfera estadual e municipal na gestão dos resíduos sólidos e cumprimento da Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS). Necessita-se elaborar estratégias de operacionalização das políticas socioambientais também em tempos de crise, uma vez que a coleta seletiva foi paralisada durante a pandemia da COVID-19, prejudicando as associações de catadores de recicláveis e a gestão de resíduos sólidos, uma vez esse material foi parar no aterro sanitário local.</p>Enaira Liany Bezerra dos SantosKarinny Alves da SilvaMaria Dayanne VieiraJuciane Vieira de AssisLarissa Fernandes da SilvaMaria Rosângela AraújoZildenice Matias Guedes Maia
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2022-09-012022-09-011611010.5212/TerraPlural.v.16.2220590.029A geografia do mercado de desmanches no município de Curitiba, PR
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<p>Existe relação entre localizações comerciais e crimes contra o patrimônio de alto valor, especificamente veículos? Para responder essa questão analisamos o mercado de peças e veículos usados, segmento regulamentado pela Lei Nacional dos Desmanches – Lei nº 12.977/2014, para o controle com maior rigor das atividades de desmonte, venda e revenda de peças e veículos usados. No Paraná o Decreto estadual nº 8.804/2018 exige credenciamento deste tipo de comércio, “desmanche”, junto ao DETRAN. Assim, analisamos a correlação espacial entre as ocorrências de veículos produto de crime recuperados em Curitiba e os pontos de comércio relacionados a desmanches, apontando áreas de alta casuística de ocorrência e possíveis relações com áreas de concentração de estabelecimentos automotivos de peças e veículos usados ainda não regularizados junto ao DETRAN. Foi observada nítida semelhança<br />entre algumas das variáveis distribuídas por bairro como “desmanches parcialmente legalizados” e “veículos recuperados” (r=0,365). Conclui-se que a Lei dos Desmanches trouxe contribuições evidentes para o desenvolvimento econômico e social, uma vez que contribuiu para a queda expressiva de crimes patrimoniais contra veículos em diversos estados, também no Paraná. Os resultados podem alertar o Estado para uma maior e melhor fiscalização comercial àqueles estabelecimentos em seu território.</p>Mário Henrique Anunciação LemosLuiz Alexandre Gonçalves Cunha
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2022-11-132022-11-131611310.5212/TerraPlural.v.16.2221107.037A Geografia na construção do conhecimento em Administração
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<p>Com a emergência de um mundo globalizado, no qual decisões dependem de informações das mais variadas escalas geográficas, do local ao global, é fundamental que a gestão de empresas, sejam elas públicas ou privadas, estejam pautadas numa visão de totalidade. Com base nesse pressuposto, a hipótese desse estudo foi verificar a presença da Geografia formalizada nas grades curriculares dos cursos de Administração (no ensino superior). Os procedimentos metodológicos foram pautados<br />em uma verificação documental (mediante análise de currículo dos principais cursos de Administração do país), observando-se os dados sobre a formação oficial dos gestores e de que forma estão constituídas as grades curriculares destes cursos. Foi verificada deficiência no processo formativo dos administradores, constatando-se a falta de abordagens sobre noções fundamentais da Geografia durante as etapas de ensino. Tal condição evidencia que a ciência da administração ainda não reconhece formalmente o potencial colaborativo da Geografia enquanto disciplina chave para<br />estimular o pensamento espacial dos gestores e contributiva para o entendimento integral da realidade contemporânea.</p>Adilar Antonio CigoliniAndré Scherer
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2022-10-042022-10-041611710.5212/TerraPlural.v.16.2220126.031A inserção do setor sucroenergético e seu acesso à matéria-prima na MRG de Ituiutaba, MG, Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20178
<p>Uma nova configuração do setor sucroenergético emerge no século atual, marcada por uma significativa expansão, inerente às ações do Estado. Conduzido por este processo, a Microrregião Geográfica (MRG) de Ituiutaba conhece, no período recente, uma expressiva ampliação da produção sucroenergética, afirmada pela inserção de quatro usinas processadoras (três ativas atualmente). Neste sentido, o objetivo deste trabalho é avaliar as lógicas das três usinas sucroenergéticas localizadas na MRG de Ituiutaba, apresentando seus raios de atuação para compreender os espaços acionados por cada uma das unidades no acesso à matéria-prima. Essa ampliação do cultivo de cana-de-açúcar ocorreu, sobretudo, em áreas destinadas às pastagens (tradicional para criação extensiva de gado), resultando na reconversão dessas áreas em cultivos de cana-de-açúcar no período recente. Identificou-se, na MRG de Ituiutaba, que as usinas expandem seus raios teóricos de atuação para acesso à matéria-prima, fato que ocorre pela concorrência entre as usinas sucroenergéticas e por outros agentes do agronegócio. Desta forma, as usinas sucroenergéticas acionam espaços muito distantes para suprir sua demanda de moagem, alcançando 94 km com a usina Santa Vitória e 62 km com a usina BP.</p>Matheus Eduardo Souza Teixeira
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2022-09-012022-09-011612210.5212/TerraPlural.v.16.2220178.0251Implantação do Centro Industrial Norte (CIN) em Feira de Santana, BA: características, mudanças e interações espaciais
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17594
<p>Este artigo analisa as mudanças na atividade industrial em Feira de Santana, em especial relativas à implantação do Centro Industrial Norte (CIN), suas características e consequências socioeconômicas. O Centro Industrial Subaé (CIS), primeiro da cidade, foi instalado na década de 1970 e, no decorrer dos anos, percebem-se interesses em expandir essa dinâmica para outras áreas, como o Setor Norte, que não era objeto de intervenções, até então. A chegada das indústrias ocorreu de modo paulatino a partir de 2010 no CIN e a escolha da área se deu pela localização, incentivos e alterações na lei de uso do solo urbano. As indústrias mantêm interações espaciais com outras áreas e tal dinâmica atrai novas fábricas, isso dentro do contexto de acumulação flexível.</p>Janio SantosJaqueline Santos Bastos
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2022-02-162022-02-1616118Conhecimentos tradicionais e cuidados femininos no pós-parto: o uso de plantas medicinais por mulheres na região Centro Sul e Campos Gerais, PR, Brasil
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<p>O objetivo deste trabalho é compreender o uso e a apropriação material e simbólica de plantas medicinais por mulheres da região Centro-Sul paranaense e Campos Gerais para cuidados no período pós-parto. Para tanto, um formulário respondido por 213 parturientes que tiveram seus filhos durante os anos de 2006 a 2021 revelou que a maioria delas vivenciou cuidados específicos no pós-parto prestados por uma familiar, independente de escolaridade, correlacionados a determinadas ervas e receitas oriundas do patrimônio biocultural regional. O conhecimento sobre o cuidado pós-parto permanece ativo, territorializado na mente e no corpo como estratégia social de resistência a dominação do saber. A abordagem histórica e geográfica dessa prática cultural evidencia o fenômeno de ressignificação dos saberes tradicionais sobre os cuidados com o corpo e com a vida por mulheres da região em contextos de múltiplas modernidades.</p>Bruna dos SantosNicolas FlorianiKarina Eugenia Fioravante
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2022-09-012022-09-011611110.5212/TerraPlural.v.16.2219486.021Filtros ambientais urbanos na movimentação de aves e morcegos em uma cidade média do Sul do Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/15909
<p>A urbanização ocasiona mudanças drásticas na diversidade e distribuição de muitas espécies e no Brasil há poucos dados sobre a acessibilidade e qualidade de fragmentos florestais urbanos para a vida selvagem. Assim, estimamos a proporção de espécies de aves e morcegos barradas ao adentrar a área intraurbana de Ponta Grossa (PR) através de um estudo multiescalar de paisagem e qualidade da vegetação na área <em>core</em> e a avifauna e quiropterofauna presentes. Foram realizadas análises fitossociológicas por meio de parcelas da vegetação arbórea e arbustiva em três parques urbanos. O levantamento de aves ocorreu de forma não sistemática ao longo de 12 meses no alvorecer e entardecer, em pontos potenciais de ocorrência da avifauna na área urbana. Dados da quiopterofauna foram obtidos da literatura sobre amostragem local na área urbana. Finalmente, foram calculadas métricas de fragmentação da paisagem para avaliar a resistência das áreas urbanas ao trânsito das espécies-alvo. Foram levantados 142 táxons arbustivo-arbóreos nos fragmentos florestais dos parques, com diversidade H’ de 3,68 a 3,87, que abrigam 62 espécies de aves e 8 de morcegos, superando estimativas da literatura. Frequentam o espaço urbano 37% da avifauna e 50% da quiropterofauna regionais. Os fragmentos florestais apresentam áreas significativas com boa oferta de recursos, próximos o bastante para conectar estas populações. No entanto as espécies observadas são majoritariamente generalistas devido à pobreza dos corredores da área de transição, que a partir de áreas-fonte periurbanas selecionam fortemente as espécies adaptadas a ambientes submetidos a efeitos de borda. Uma análise integrada entre a cobertura vegetal das APPs, da arborização viária e de quintais poderia apontar os gargalos onde o planejamento urbano deveria focar para aumentar a qualidade ambiental da área urbana.</p>Rosemeri Segecin MoroEvandro Retamero RodriguesMelissa Koch Fernandes de SouzaRodrigo Fernando Moro
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2022-09-022022-09-021612310.5212/TerraPlural.v.16.2215909.027Análise fitossociológica do componente arbóreo de três sistemas agroflorestais na Mesorregião Centro Sul Paranaense
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20627
<p>Esse estudo avalia a composição florística e estrutura fitossociológica de três sistemas agroflorestais localizados nos municípios de Laranjeiras do Sul e Rio Bonito do Iguaçu, inseridos no Bioma Mata Atlântica. Foram selecionados os elementos arbóreos<br />com circunferência a altura do peito (CAP) acima de 10 cm. A análise compreende o histórico de cada área, o manejo adotado e a análise de parâmetros como densidade absoluta e relativa, dominância absoluta e relativa e índice de valor de cobertura, além<br />da avaliação do status de ameaça de cada espécie. Foram analisadas 456 árvores que integram 52 espécies, 44 gêneros e 24 famílias. Todas as agroflorestas apresentaram boa<br />representatividade em números de indivíduos e espécies, comprovando a eficiência das áreas manejadas na compatibilização entre produção de alimentos e conservação da biodiversidade nativa.</p>Anderson Gibathe
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2022-11-202022-11-201610.5212/TerraPlural.v.16.2220627.039Caracterização do uso e ocupação da terra em assentamentos rurais da região Centro-Oeste do Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19938
<p>Este trabalho tem como objetivo a caracterização do uso e ocupação da terra em assentamentos rurais da região Centro-Oeste do Brasil por meio de índices de sensoriamento remoto e o uso de ferramentas livres e gratuitas. Para estabelecer a metodologia utilizada foram selecionados 03 assentamentos, um em cada estado da região. Com o software QGIS (QGIS Development Team, 2015), utilizando imagens Landsat disponíveis para o ano de 2014 (USGS, 2015), foram aplicados os índices NDVI e NDWI. Foram definidas cinco classes de interesse: urbana, agrícola, pecuária, gramíneas e árvores e, a classe mata. Para o NDVI houve a reclassificação das classes, de acordo com os valores obtidos nas amostras de cobertura vegetal em cada área de estudo. Fáceis de uso, as ferramentas possibilitam estudos destinados para identificar e mensurar áreas de produção agropecuária, bem como para a análise ambiental. Além disso, cabe ressaltar que as tecnologias empregadas podem ser utilizadas com imagens de diferentes períodos, uma vez que os índices utilizados permitem registrar as mudanças no uso do solo e na qualidade ambiental. Assim, é possível aferir a evolução da ocupação e uso solo.</p>Alencar Garcia BacarjiOlivier François VilpouxAntonio Conceição Paranhos Filho
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2022-08-182022-08-181611310.5212/TerraPlural.v.16.2219938.026Paisagens urbanas em mutação
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/15082
<p>O texto traz a problemática da ruptura na paisagem e seus efeitos no sentimento de pertencimento dos sujeitos des-re-alocados. Trata-se de uma pesquisa qualitativa construída por meio de revisões bibliográficas e entrevistas com comerciantes da antiga Feirinha. O principal entendimento é que a paisagem da Feirinha ditava um congelamento dos primeiros anos de formação do espaço urbano de Araguaína e com o crescimento da cidade, esta paisagem não era mais aceita na área central. Com a nova Feirinha houve transformação do “lugar de subversão” pelo lugar concebido do “<em>shopping</em> popular”. As transformações na paisagem provocaram dualidade nos sentidos da paisagem para os comerciantes e para a população da cidade, de aceitação e exclusão do espaço.</p>Eliseu Pereira de BritoOsmar Oliveira de MouraLuciane Cardoso do Nascimento RodriguesPatrícia Fonseca Dias Miranda
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2022-09-132022-09-131611410.5212/TerraPlural.v.16.2215082.032A construção da ideia de paisagem na e da imagem
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20893
<p>Investigar o conceito de paisagem através de sua representação é um tema multidisciplinar que pode desvendar muito da trajetória humana e de como ela se relaciona, percebe e interfere em seu entorno. A investigação aqui proposta visa<br />apontar possibilidades de análises a partir da seleção de algumas obras de arte, especificamente pinturas, nas quais a paisagem aparece representada, seja como pano de fundo, seja como temática principal ou em diálogo com os demais elementos. O modo como ela aparece destacada, suas cores, relações compositivas e com demais elementos são fundamentais para compreender como a categoria da paisagem foi percebida, entendida e representada. Ao final é possível compreendê-la como parte de um texto não apenas no que se vê, mas além dele. Para isto foram analisadas as imagens<br />a partir da Iconografia e Iconologia de Panosfsky, extrapolando a leitura também à luz de Cassirer, com respaldo nas reflexões geográficas de Cosgrove, especialmente em<br />seu livro Palladian Landscape.</p>Caroline Ganzert Afonso
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2022-10-042022-10-041612610.5212/TerraPlural.v.16.2220893.033O turismo de adultos idosos, pós-globalização e transição: México e o mundo, 2020-2050
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17513
<p>O objetivo deste trabalho é identificar as novas tendências da atividade turística para as próximas três décadas a partir das mudanças demográficas que a sociedade mexicana e outras sociedades passarão nesse período. A pesquisa qualitativa realizou uma análise comparativa da informação documental acadêmica e periódica complementada com entrevistas com tomadores de decisão na área de turismo do México e Estados Unidos. O trabalho identificou que os principais fatores que sem dúvida influenciarão a transformação do turismo serão, além das mudanças demográficas, as condições de desigualdade geradas pelo modelo de globalização e os efeitos da pandemia COVID-19. Os resultados sugerem que a atividade turística terá o desafio de se reinventar, voltando-se para o que é considerado local-regional e para um segmento mais exigente como o da Terceira Idade, para deixar para trás os ingredientes massivos que o turismo priorizou.</p>Francisco LLERAAngeles López-NórezAurora Irma Máynez Guaderrama
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2022-02-162022-02-1616112Análise de mapas turísticos do Município de Ponta Grossa, PR, elaborados entre 2001 e 2020
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20891
<p>Apresentamos um estudo de caso da Cartografia Temática e Imagem da Cidade de Ponta Grossa, em que mapas foram analisados enquanto mapas turísticos. Buscamos realizar uma análise qualitativa da eficiência comunicacional de sete mapas selecionados do acervo da Secretaria Municipal de Turismo, criados e publicitados pela municipalidade e parceiros em projetos turísticos específicos. Empregamos a metodologia proposta por Fiori (2007) e outros autores, que buscam compreender as relações entre a Cartografia, o Turismo e a temática da Imagem das Cidades. Os mapas analisados revelaram diferentes perspectivas de imagem da cidade, com diversas limitações visuais e possíveis equívocos no que se refere à elaboração de um mapa turístico atrativo e eficiente. A ausência de uma temática principal de representação<br />está evidenciada pela descontinuidade, divergências e controvérsias entre os mapas estudados. A representação dos atrativos e infraestrutura urbana (hotéis, patrimônio cultural urbano, rede de transporte) se contrapõe aos atrativos naturais localizados na zona rural, omitindo detalhes de importância para o turista. Também se percebe a insuficiência de mapas voltados a diferentes públicos, como estrangeiros e pessoas com deficiência. No conjunto da produção não se estabelece um discurso imagético coeso que aponte uma direção de experiência turística a ser consolidada. Percebeu-se que as diferentes gestões públicas apresentaram diversidade de projetos espaciais para o turismo local, fato que se expressou na diversificação temática e na configuração visual dos mapas estudados.</p>Brendo Francis CarvalhoAna Cristina Costa SiqueiraBruna Iara Lorian ChagasAlmir Nabozny
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2022-11-142022-11-141612210.5212/TerraPlural.v.16.2220891.038Entre Parques e Reservas: o processo de criação e a participação na gestão em Unidades de Conservação estaduais do Amazonas
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<p>Este estudo analisa questões relacionadas à criação e ao processo de participação da população local na gestão de três Unidades de Conservação (UCs) estaduais do Amazonas. Os dados foram levantados em duas Unidades de Uso Sustentável, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Uatumã e Juma, e o Parque Estadual (PAREST) do Rio Negro Setor Norte, nos anos de 2011 e 2012. Foram realizados levantamentos de campo, apoiados em entrevistas abertas e semiestruturadas, observação direta e participante sobre o processo de criação das Unidades e a participação das populações locais na gestão das UCs. Nossos dados apontam que, em alguns casos, os sujeitos atuam na gestão por meio de uma “gestão participativa”, mas não participante, como por exemplo na construção dos planos de gestão, em que as populações locais são envolvidas, por meio de “participação passiva”, como fonte de informação ou mesmo para aprovação das propostas, porém sem a participação ativa no processo de criação e gestão da Unidade.</p>Adnilson de Almeida SilvaAlex Almeida Coelho
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2022-02-162022-02-1616120Relações entre a comunidade faxinalense de Taboãozinho em Prudentópolis (PR) e o geossítio Pinheiro de Pedra – apropriação e geoconservação
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/21044
<p>Neste artigo discute-se como a comunidade faxinalense de Taboãozinho promoveu a valorização, divulgação e a conservação do patrimônio paleontológico em seu território através do geossítio Pinheiro de Pedra. As características socioespaciais da comunidade faxinalense em sinergia com o geopatrimônio e a geoconservação dão a tônica da singularidade da paisagem natural e do seu território. Através de levantamentos bibliográficos e documentais, diagnóstico participativo e entrevistas com os sujeitos locais, identificamos fatores que apontam o processo de apropriação cultural do geossítio pela comunidade. Detectamos que os cuidados com os troncos fósseis e a manutenção do acervo de lendas, histórias e manifestações culturais sobre<br />os “pinheiros de pedra” são ações que culminam com a proteção do patrimônio e sua divulgação. A partir deste estudo foram fomentadas ações de educação e valorização cultural realizadas em parceria com outras organizações, possibilitando avanços ao desenvolvimento do geoturismo e valorização do patrimônio cultural da região. O histórico de conhecimento da presença de troncos fósseis, associado a lendas, histórias e manifestações culturais sobre os “pinheiros de pedra”, além de ações de cuidado e conservação do patrimônio são fatores que apontam para um processo de apropriação cultural por parte da comunidade com o geossítio.</p>Carlos Alexandre RogoskiTiago BarbosaAntonio Liccardo
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2022-11-242022-11-241611510.5212/TerraPlural.v.16.2221044.044Problemas na determinação da relevância de cavidades naturais subterrâneas desenvolvidas em diferentes litotipos a partir das feições geológicas: inconsistências na legislação
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17978
<p>Este artigo estima a relevância de cavidades naturais subterrâneas desenvolvidas em contextos litológicos distintos (carbonático, siliciclástico, ferrífero e granítico) a partir do Decreto 6.640/2008 e Instrução Normativa do Ministério do Meio Ambiente nº2/2017, considerando apenas suas feições geológicas. O método foi aplicado em oito cavernas, duas para cada litotipo. Foi analisado se os critérios adotados para a avaliação do grau de relevância são eficientes quando apenas as feições geológicas são consideradas. Analisando apenas as geoformas, as oito cavidades estudadas foram classificadas como de baixa relevância, pois nenhuma atingiu o resultado minimamente significativo. No entanto, a partir de um inventário da geodiversidade foi possível averiguar que estas cavernas apresentam importantes elementos geológicos e não poderiam ser classificadas como de baixa relevância, quando da análise destes atributos isoladamente. Assim, há inconsistências na IN MMA nº2/2017 na avaliação dos aspectos da geodiversidade de cavernas, havendo necessidade de rever os grupos de atributos e parâmetros avaliativos na normativa, objetivando métodos mais precisos, sobretudo os relacionados aos aspectos da geodiversidade subterrânea.</p>Laís Luana MassuquetoHenrique Simão Pontes
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2022-02-172022-02-1716121Avaliação em escala regional da geodiversidade da Aglomeração Urbana do Sul e seus municípios, litoral do Rio Grande do Sul, Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/18130
<p>O objetivo deste estudo foi a realização de uma avaliação em escala regional da geodiversidade da Aglomeração Urbana do Sul (AUSul), litoral do Rio Grande do Sul, e de seus municípios constituintes, através de um índice de geodiversidade e da ocorrência e distribuição de seus elementos na região. Tem-se mostrado importante a compreensão das relações entre componentes abióticos e destes com o sistema natural, principalmente em zonas costeiras e áreas densamente ocupadas, como aglomerações urbanas, podendo subsidiar políticas de conservação, preservação e desenvolvimento regional sustentável. Para construção do índice, foram definidos qualitativamente os elementos abióticos considerados mais relevantes para as características da região e a disponibilidade de dados compatíveis com a escala 1:250.000. Posteriormente, os mesmos foram tratados com métodos de álgebra de mapas, resultando nos mapas dos subíndices relativos à geologia, topografia e geomorfologia, hidrografia e solos por município, e o índice de geodiversidade de cada município e da região. Os resultados indicam os municípios situados no Planalto Sul-Rio-Grandense e na interface com a Planície Costeira com os maiores índices, sendo influenciados pela maior diversidade de unidades geológicas, tipos de relevo, variações altimétricas e de feições hidrográficas. Apesar da significativa ocorrência de grandes áreas úmidas nos municípios da Planície Costeira, seus índices foram os mais baixos. O estudo mostrou-se útil para o entendimento da geodiversidade da AUSul, apontando áreas para estudos em escalas maiores e macrozoneamentos, além da necessidade de complementação com métodos que incorporem características subjetivas da geodiversidade.</p>Daniel Trespach Porto
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2022-02-172022-02-1716118Abrigo da Metamorfose: impressionantes registros de pinturas rupestres nos Campos Gerais do Paraná, Sul do Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/21492
<p>Este artigo caracteriza e detalha o Abrigo da Metamorfose, um registro inédito da riqueza<br />arqueológica paranaense. Situado no município de Piraí do Sul, região dos Campos Gerais do<br />Paraná, este sítio arqueológico surpreende não apenas pela quantidade de painéis e pinturas, mas também pelo bom estado de conservação de alguns conjuntos e pela diversidade de representações e estilísticas utilizadas. Todos os painéis com pinturas rupestres foram registrados fotograficamente e produzidos decalques digitais a partir do tratamento das imagens filtradas no programa DStretch com o uso da técnica de matriz de correlação em programa de edição de imagens em três fases - automática, semiautomática e manual. Os painéis rupestres foram mapeados e geoespacializados por topografia espeleológica com base no método de graduação e convenções espeleométricas da Union Internationale de Spéléologie (UIS). Foram documentados 32 painéis, que somam 887 representações zoomórficas, antropomórficas, geométricas, estruturas construídas, formas enigmáticas e vestígios. Apesar de o local estar razoavelmente conservado, são necessárias ações urgentes para a efetiva proteção deste sítio e evitar a degradação do conteúdo arqueológico por queimadas, circulação livre do gado, recobrimento de vegetação e visitação descontrolada.</p>Henrique Simão PontesLaís Luana MassuquetoAlessandro Giulliano Chagas SilvaKarla Eduarda de Oliveira
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2023-01-252023-01-251612610.5212/TerraPlural.v.16.2221492.047Clima e COVID 19: as relações entre a temperatura do ar, radiação solar e os novos casos diários em Ponta Grossa, PR.
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17446
<p>O mundo vive um momento de apreensão, que teve início no final de 2019<br>e que se estendeu por todo os anos de 2020/21, o qual corresponde ao período da<br>pandemia da Covid 19. A doença chegou ao Brasil no final de fevereiro e se espalhou<br>por todo o país. Em Ponta Grossa, o primeiro caso de transmissão comunitária<br>ocorreu em 26/05/2020. A partir desta data foi possível estabelecer correlações<br>entre o Clima e a Covid 19, considerando as variáveis: temperatura do ar (máxima,<br>média e mínima) e radiação solar, objetivo geral deste trabalho. Com a elaboração<br>de gráficos e tratamento estatístico dos dados, foi possível determinar a correlação<br>entre as variáveis climáticas e os novos casos diários da Covid 19. Ressalta-se que é<br>necessário dar continuidade à pesquisa para compreender melhor o momento que<br>estamos vivendo e as relações supracitadas.</p>Gilson Campos Ferreira da Cruz
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2022-02-172022-02-1716115Regionalismo e Integração Regional na América do Sul: uma discussão sobre as dificuldades e divergências ideológicas (2000-2016)
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19652
<p>Este artigo analisa a integração regional na América do Sul e discute as principais dificuldades e obstáculos até 2016. No decorrer dos anos 2000, com a chamada Onda Rosa, ocorreu a ascensão de diversos governos de esquerda e centro-esquerda na região, os quais se dedicaram a formalização de iniciativas de integração regional para projetar a América do Sul como um polo de poder no cenário internacional. Contudo, essas iniciativas não eram homogêneas no tocante aos seus aspectos ideológicos, gerando certos contrastes entre as mesmas. Ainda com o declínio dos governos de esquerda e centro-esquerda na região, no período entre 2011 e 2016, as iniciativas se enfraquecerem gradativamente, ocorrendo um revés na integração regional no subcontinente.</p>Higor Ferreira Brigola
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2022-03-292022-03-2916117Da erva-mate aos ervateiros: uma análise de sua dinâmica territorial no município de São Mateus do Sul, PR
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17564
<p>A exploração da erva-mate ultrapassa as questões econômicas, devido a sua inserção num contexto dinâmico territorial multidimensional. Portanto, a análise inicial da sua construção ocorre a partir das relações do objeto/sujeito de estudo no território. O enredo inerente ao território é marcado pela diversidade de sujeitos, elementos e dinâmicas que compõem as territorialidades, resultando numa complexidade específica de cada recorte territorial. Este texto busca compreender as dinâmicas territoriais da exploração da erva-mate a partir do município de São Mateus do Sul, um recorte territorial localizado no Sudeste paranaense, que juntamente com<br>mais cinco municípios detém o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) da erva-mate. Os dados e informações analisados apontam para contradições entre área plantada e colhida e relações assimétricas entre os grupos envolvidos no processo, numa rede complexa e dinâmica.</p>Wagner da SilvaCelbo Antonio da Fonseca Rosas
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2022-05-162022-05-1616116Circuitos espaciais de produção da tilapicultura nos contextos regionais norte e oeste do Paraná
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17547
<p>A concentração espacial das atividades produtivas e a consequente formação de regiões caracterizadas por uma dada especialização produtiva são temas de permanente interesse para a geografia econômica. O atual período histórico, marcado pela globalização, os processos de concentração e especialização produtiva, é caracterizado por relações entre condições locais e regionais e a dinâmica global. Considerando a relevância da participação do Brasil na produção global de tilápias (<em>Oreochromis niloticus</em>) e, no contexto brasileiro, a importância dessa atividade no estado do Paraná, este artigo analisa as particularidades dos circuitos espaciais de produção e círculos de cooperação que definem dois contextos regionais no território paranaense, nos quais ocorre a concentração dessa atividade produtiva. Os resultados demonstram que as condicionantes espaciais possibilitam diferentes manifestações da tilapicultura nos contextos regionais analisados, resultando em distintas modalidades técnicas, e diferentes fluxos de ordem material e imaterial, mesmo que ambos produzam a mesma mercadoria, a tilápia.</p>Maico Eduardo Dias DiasEdilson Luis de Oliveira
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2022-05-162022-05-1616119Impactos da UHE de Belo Monte sobre os pescadores artesanais da Colônia Z-57, em Altamira, PA, Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19495
<p>A experiência traumática que resultou da construção de grandes hidrelétricas na Amazônia é marcada por reestruturações, espoliações e impactos, sociais e ambientais, de grandes proporções, sobre Terras Indígenas, Unidades de Conservação, moradores das periferias das cidades ou pelos ramais campo adentro. No geral, ganham destaque e relevância os efeitos causados pela UHE de Belo Monte, em que um deles compõe o objetivo desse artigo: analisar os impactos no território da pesca. Tendo como percurso metodológico a revisão bibliográfica, trabalhos de campo e entrevistas com os pescadores da Colônia de Pesca Z-57. Depreendendo-se que a instalação da usina acabou por alterar deleteriamente as relações sistêmicas e culturais, sob as quais se expressa o território da pesca. Comprometendo-o, traduzindo-se em: baixa dos estoques pesqueiro das comunidades; diminuição em até 70% da produção das pescarias e, consequentemente, a elevação da penosidade e dos custos econômicos para execução da sua atividade. Ficou evidente que os marcos legais e os instrumentos de licenciamento, toda a judicialização decorrentes destes projetos de infraestrutura e a luta imposta à sua instalação, não deram conta de salvaguardar o interesse da sociedade – pescadores, de forma específica – frente ao sentido espoliador da construção de referida hidrelétrica, para o território da pesca.</p>Marcos Mascarenhas Barbosa RodriguesMaria Madalena de Aguiar Cavalcante
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2022-05-162022-05-1616120Territorialidades simbólicas em um terreiro de candomblé: a morfologia de um espaço sagrado
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<p>Este trabalho evidencia territorialidades simbólicas de um terreiro de candomblé com dimensões espaciais fluídas, situado na cidade de Cajazeiras, Paraíba. As vivências partem da pesquisa de campo de cunho etnográfico realizada entre janeiro e abril de 2020. Delineamos a morfologia do espaço sagrado representado por geossímbolos e seus significados, que remetem à mitologia dos <em>òrìṣà</em> africanos, resgatados no terreiro. Descrevemos ainda, na perspectiva da microterritorialidade de Costa (2017), geossímbolos fora do terreiro, acessados eventualmente por ocasião ritual, revelando uma extensão simbólica do território que transgride determinações previamente construídas e constrói novos espaços identitários.</p>Maglandyo da Silva SantosOtávio José Lemos Costa
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2022-02-162022-02-1616120Saída de campo virtual como recurso na educação ambiental no período de pandemia – tradução para o espaço real
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<p>A pandemia e o consequente isolamento social alteraram a percepção de espaço e a relação entre o real e o virtual. Neste trabalho analisa-se uma experiência de ensino remoto realizada no período de pandemia de COVID-19, no sentido de refletir sobre como se deu a apropriação, tradução e ressignificação do espaço virtual para o real, ou seja, qual a construção feita pelos estudantes quanto ao entendimento dos conteúdos e locais explorados virtualmente. Os resultados obtidos permitem inferir sobre o papel agregador de espaços não formais de ensino e a importância do uso de diferentes ferramentas didáticas na busca de superar as mais variadas limitações, inclusive em momentos de isolamento social.</p>Adriane Dall'Acqua de OliveiraAriadne Dall'Acqua AyresFernanda da Rocha Brando FernandezLia Maris Orth Ritter AntiqueiraLuiz Alberto Pilatti
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2022-10-102022-10-10161910.5212/TerraPlural.v.16.2221014.035Estudo de caso sobre estratégias de ação do PIBID no ensino de Geografia a partir da percepção de alunos
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<p>Neste artigo analisa-se a experiência ocorrida no PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) entre os anos de 2018 até janeiro de 2020 na EE Francisco Bernardino, em Juiz de Fora (MG). Buscou-se apreender a percepção de estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental e 1º ano do Ensino Médio e apontar alternativas para a promoção de aulas mais atrativas e próximas de seu cotidiano. Posteriormente identificou alternativas de natureza teórica e prática para a elaboração de materiais e métodos didáticos que proporcionassem dinamicidade aos conteúdos abordados nas turmas do 6º ano. Os principais indicadores de maior atratividade foram: temáticas mais próximas do cotidiano dos estudantes; maior exposição de fenômenos naturais e sociais do espaço vivido; mais atividades extramuros. Ao longo de 2019 foram realizadas oficinas de música e poesia e o “globo em suas mãos”, o Jogo Geográfico da Paisagem, elaboração do Atlas Escolar Francisco Bernardino; trabalhos de campo como visita à Estação Climatológica da UFJF e estudo do relevo e sua interação com o Espaço Urbano de Juiz de Fora, empregando maquetes e mapas. Concluiu-se que a elaboração de um repertório de atividades didáticas para o ensino de Geografia tendo como referência o interesse dos estudantes da escola integrados aos saberes de formação acadêmicos dos pibidianos contribuiu de maneira significativa para que o processo de ensino-aprendizagem ocorresse de maneira mais fluida.</p>Jodainy Gregorio FerreiraRosana das Graças de SouzaGisele Barbosa Santos
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2022-02-172022-02-1716122O Espaço Híbrido em Santa Maria (RS): experienciando a cidade como jogador de Pokémon Go
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<p>Estudamos o jogo para <em>smartphones</em> <em>Pokémon Go</em> pelo viés da fenomenologia e da experiência do jogador. A experiência constitui e é constituída pelo conceito de espaço híbrido, dado pela presença e pelo movimento do jogador nos espaços ‘real’ e ‘virtual’. Operacionalizamos a pesquisa por <em>auto-narrativas</em> produzidas pelo autor principal do artigo em suas ações como jogador no espaço urbano de Santa Maria (RS). Verificamos que existe uma importância crucial do corpo e do movimento para a produção da experiência e que o espaço híbrido, conformado na prática de jogar, amplia a rede de significados do espaço urbano. Ademais, notamos uma relação entre a prática de <em>Pokémon Go</em> e o conceito de geograficidade, que denominamos de ‘geograficidade híbrida’.</p>Leonardo Berté NunesBenhur Pinós da Costa
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2022-03-292022-03-2916120Análise bibliométrica da produção acadêmica sobre Geodiversidade e temas afins nas Universidades Federais do Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19829
<p>As pesquisas sobre geodiversidade vêm ampliando nos últimos anos, tanto a nível internacional quanto no Brasil. Tal temática refere-se aos elementos abióticos do planeta e é objeto de estudos desde a década de 1990, tendo se desenvolvido nacionalmente a partir no início dos anos 2000. Este trabalho analisou as pesquisas acadêmicas sobre geodiversidade e temas correlatos realizadas no Brasil de 2000 a 2021, por meio de busca sistematizada e pesquisa bibliométrica em bibliotecas, repositórios institucionais e acervos digitais das 69 Universidades Federais brasileiras e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD). Empregou-se os termos ‘geodiversidade’, ‘geoconservação’, ‘geoconservacionista/s’, ‘geoturística/o/s’, ‘geoturismo’, ‘geoparque/s’, ‘geopatrimônio’, ‘geossítio/s’ e ‘patrimônio geológico’. Foram localizados 209 trabalhos em 36 universidades distribuídas em todas as regiões do país, com destaque para a região Nordeste, com 73 pesquisas em 9 instituições, seguida das regiões Sudeste (65 trabalhos em 12 IES), Sul (51 trabalhos em 6 IES), Centro-Oeste (13 pesquisas em 6 IES) e Norte (7 publicações em 4 IES). Em relação a quantidade de trabalhos destacam-se as Universidades Federais de Minas Gerais (com 25), de Pernambuco (20), do Ceará (18) e do Rio Grande do Sul (16), sendo predominantes as Dissertações (106), seguidas das Teses (57) e Trabalhos de Conclusão de Curso (46). Escritos desde 2003, houve aumento significativo a partir de 2012, destacando-se o ano de 2016, e diminuição em 2020. Em relação a frequência do uso das palavras-chaves selecionadas nas pesquisas, prevaleceram ‘geodiversidade’<br>e ‘geoconservação’. Destacam-se os cursos de mestrado e doutorado em Geografia, e graduação em Geologia.</p>José Francisco de Araújo SilvaMarcos Antônio Leite do NascimentoEduardo Adriani Rapanos
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2022-05-162022-05-1616117Mapeando as pesquisas no domínio teórico da Arquitetura da Paisagem entre 1965 e 2018
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/17336
<p>Pretendeu-se analisar como a Arquitetura da Paisagem, enquanto campo da ciência, reúne produções e perspectivas inovadoras ao pensamento e prática do tratamento da paisagem. Empregada inicialmente para diagnosticar e descrever a estrutura da paisagem, atualmente, tornou-se um campo de pesquisa integrado na abordagem das diversas questões ambientais e de sociodiversidade. Para representar a estrutura de conhecimento e a evolução da Arquitetura da Paisagem foram utilizados os softwares de análise CiteSpace e VOSviewer, que apontaram a insurgência de questões relativas a Serviços Ecossistêmicos, o que desencadeia novos debates sobre o planejamento e gerenciamento da paisagem.</p>Ariel PintoEliane Guaraldo
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2022-02-162022-02-1616124Análise da evolução temporal de óbitos por Covid-19 em Chapecó, SC, Brasil
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19727
<p>Neste artigo apresenta-se uma análise da evolução de óbitos causados pela pandemia de COVID-19 no município de Chapecó, em Santa Catarina, relacionando-os aos principais perfis epidemiológicos. Trata-se de um estudo ecológico, realizado por meio de análises temporais sob dados secundários, que considerou os números de óbitos e os recursos de saúde do município, no primeiro semestre de 2021. Foram registrados 562 óbitos de pessoas com confirmação do diagnóstico para COVID-19, sendo que 469 deles ocorreram entre os meses de fevereiro e abril. Os perfis de tais óbitos foram identificados por sexo e faixa etária de cada caso. Identificou-se uma superlotação de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), tanto no Sistema Único de Saúde (SUS), como nos da rede de atendimento privado, especialmente nos meses de março, abril e maio. Destaca-se, por fim, a importância da vacinação para a redução da mortalidade pela doença no município.</p>Jiennifer Souza de OliveiraEderson Nascimento
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2022-05-162022-05-1616113Resenha: Mineração, genealogia do desastre. O extrativismo na América como origem da Modernidade.
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19430
<p>Em um contexto civilizatório em que se multiplicam os crimes ambientais como os de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, especialmente na periferia do capitalismo, Horacio Machado Aráoz apresenta seu livro <em>Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade</em>, detalhando o desenvolvimento histórico de uma série de violações e depredações ambientais que ocorreram no continente americano desde a colonização.</p>Guilherme Pereira Cocato
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2022-02-162022-02-161615Desenvolvimento sustentável e agenda 2030: reflexões sobre a relação sociedade e natureza
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/19973
<p>Nosso objetivo é entender a relação sociedade e natureza e o conceito de desenvolvimento sustentável, presentes no documento da Agenda 2030 (ONU, 2015), a partir de um diálogo entre as perspectivas crítica e decolonial. Para tanto, dividimos essa discussão em três momentos: primeiro aborda-se a relação sociedade e natureza, depois, analisa-se o conceito de desenvolvimento sustentável, realizando um diálogo com a perspectiva decolonial e a problemática territorial latino-americana, e no terceiro momento tecemos nossas considerações sobre o tema, tendo em vista os desafios a serem enfrentados, para que de fato possamos construir um desenvolvimento sustentável no âmbito da América Latina, com possibilidade de produzir conhecimentos de baixo para cima, com e a partir das pessoas e dos lugares, reconhecendo a pluriversidade e a multidimensionalidade das relações sociedade-trabalho- natureza-humanidade, pensando em diversas formas e possibilidades de desenvolvimento sustentável. </p>Pamela CichoskiHieda Maria Pagliosa CoronaNilvania Aparecida de Mello
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2022-09-012022-09-011612310.5212/TerraPlural.v.16.2219973.028O alimento como produto de diferentes relações e suas conexões
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/21064
<p>As relações dos alimentos com seu ambiente têm sido pouco exploradas nas discussões teóricas. Nesse ensaio o objetivo foi buscar quais informações os ambientes inserem nos alimentos, por meio de uma abordagem integrada, análise documental e pesquisa bibliográfica. As nossas experiências com os alimentos nem sempre trazem a possibilidade de compreensão das relações com o ambiente e os processos dinâmicos a ele associados. Desde o meio físico, insumos instrumentais e tecnológicos e culturas sociais, em mecanismos de significativa complexidade, o alimento recebe interferências em sua integridade. A abstração do conceito como fonte de informação oculta dos processos entende-se como algo ainda pouco discutido. Considerou-se aspectos relacionados aos processos nos solos, aos riscos e às práticas emergentes. Sugere-se o esforço em reconhecer o suporte ambiental, e humano, introduzido no alimento, no sentido da melhor assimilação das relações existentes e condutas de base sustentável.</p>Ana Christina Wigneron GimenesPaulo Cesar ScarimAntonio Celso de Oliveira GoulartPablo Azevedo RochaBeatriz de Assis Junqueira
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2022-11-242022-11-241611410.5212/TerraPlural.v.16.2221064.041Geoecologia de Paisagens e Educação Ambiental Aplicada
https://revistas.uepg.br/index.php/tp/article/view/20512
<p>Percebe-se, na contemporaneidade, a imposição do paradigma econômico sobre as práticas ambientais adotas pelos modelos de desenvolvimento empreendidos. Por conseguinte, têm-se como resultados impactos ambientais e sociais que descaracterizam a paisagem, desequilibram os sistemas e serviços ecogeográficos e prejudicam a qualidade do ambiente e de vida das populações. Assim, trabalhos de planejamento e gestão ambiental consubstanciados por práticas de Educação Ambiental são fundamentais para a conservação e preservação do meio natural, bem como para construção e consolidação de uma nova consciência geoecológica. Este estudo discute as bases epistemológicas e o arcabouço metodológico da Geoecologia de Paisagens e da Educação Ambiental Aplicada visando o planejamento e gestão territorial com vistas ao ordenamento territorial equitativo. Tem-se o desenvolvimento sustentável como um horizonte e a Educação Ambiental Aplicada como estratégia, tanto para fins de planejamento e gestão ambiental quanto para construção, consolidação e implementação da consciência geoecológica para mudança de percepção, valores e posturas ambientais.</p>Fábio Soares GuerraEdson Vicente da Silva
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2022-09-012022-09-011612410.5212/TerraPlural.v.16.2220512.030