ARTEFATOS DE ÉPOCA E O NOVO ROMANCE HISTÓRICO BRASILEIRO – UMA POSSÍVEL MUDANÇA CULTURAL DO PÚBLICO LEITOR

Resumo

Nas duas primeiras décadas do século XXI, tem-se notado um gosto comum entre os diversos tipos de leitores: a busca por compreender a História do Brasil através de romances históricos e livros de divulgadores de fatos recentes ou não. Esta predileção de leitura por meio deste subgênero literário também se relaciona com a compra e a aquisição de artefatos produzidos pela chamada Indústria Cultural que denomino de moda nostálgica. Calculo que a preferência não é fortuita, pois muitos leitores no Brasil encontram nesse estilo literário uma forma de fugir dos problemas cotidianos, conforme aponta a crítica. O presente artigo averigua em que medida a aquisição de alguns artefatos de época se relaciona com a leitura de romances históricos. Como balizamento teórico, cada qual ao seu modo, utilizarei os autores: HUYSSEN (2000), SARLO (2010), BURKE (1994), FLECK (2017), OLIVEIRA (2016), dentre outros. Objetivo deixar como contributo algumas considerações a respeito deste novo modelo de consumo de conhecimento do passado, identificando algumas possíveis razões de motivação dos leitores.