https://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/issue/feedUniLetras2025-05-09T22:32:09+00:00Marly Catarina Soaresuniletras@uepg.brOpen Journal Systems<p>A Revista Uniletras foi criada pelo Departamento de Letras no ano de 1979 com o objetivo de oportunizar o desenvolvimento e a ampliação da área de atuação e promover maior integração da comunidade à vida universitária.</p> <p>Durante os 40 anos de publicação ininterrupta, a Revista Uniletras avançou em direções inimagináveis tornando-se um espaço legítimo de discussão e reflexão sobre os assuntos pertinentes a área de Letras e afins. Atualmente possui um conselho editorial de diferentes instituições de ensino superior do Brasil e do exterior. Periódico referenciado pelo Projeto Qualis-Capes e indexado em Geo-Dados, em outras importantes base de dados.</p> <p>Para acompanhar a evolução tecnológica, no ano de 2007, a Revista Uniletras passou a circular também <em>online</em>, além da circulação impressa. Com essa iniciativa, ampliamos e aprimoramos os laços com a comunidade acadêmica e não acadêmica do mundo da <em>web</em>. No ano de 2008, a Uniletras passou a circular semestralmente. </p> <p> </p> <p>E-ISSN 1983-3431</p> <p> ISSN 0101-8698</p>https://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/23925A LINGUAGEM COMO DISPOSITIVO DE CONTROLE E FORÇA CENTRÍFUGA DE RESISTÊNCIA EM O CONTO DA AIA E OS TESTAMENTOS, DE MARGARET ATWOOD2025-03-24T13:31:03+00:00Yohana Gonçalves Bonfim yohanabonfimg@gmail.comEvanir Pavloskievanir.pv@gmail.com<p><em>O conto da aia</em> (1985) e <em>Os testamentos</em> (2019), de Margaret Atwood, figuram a República de Gilead, um regime que controla rigidamente a população, principalmente as mulheres. O estreitamento da linguagem, falada ou escrita, é utilizado como um dispositivo de controle. Apesar disso, as respectivas protagonistas - Offred e Tia Lydia - utilizam a linguagem como força centrífuga de resistência, pois registram relatos sobre as violências que passaram. Assim, objetivamos analisar comparativamente os relatos a fim de compreender como a linguagem é tanto um dispositivo de controle quanto força centrífuga de resistência. Refletimos também sobre os papéis sociais de Aias e Tias e a extensão e/ou falta de poder concedido a eles. O estudo é fundamentado nas considerações de Mikhail Bakhtin, como as forças centrípetas e centrífugas no discurso; e de Michel Foucault sobre o conceito de dispositivo.</p>2025-07-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24382DA LITERATURA UNIVERSAL AO CORDEL BRASILEIRO: ADAPTAÇÕES COMO TRADUÇÕES INTRASSEMIÓTICAS2025-03-09T18:56:55+00:00Claudia Regina Rodrigues Caladocaladoclaudia@hotmail.comEduardo Bezerra de Menezes Macedo e Silvaeduardomacedobms@gmail.com<p>Traduções podem ser consideradas como reescritas de textos originais, de modo que, assim sendo, podem contribuir para que autores e obras sejam difundidos e apreciados de maneira ampliada, alcançando públicos cujos originais, por razões várias, não seriam acessíveis. Nesse contexto, trazemos no estudo em questão algumas adaptações de clássicos da literatura universal para o gênero literário do cordel brasileiro. Nisto, consideramos tais adaptações como traduções intrassemióticas, uma vez que tais transmutações se dão de um meio semiótico verbal para um mesmo meio semiótico verbal, nas quais títulos clássicos se transformam em poemas narrativos escritos nas formas poéticas fixas próprias do cordel. Trouxemos múltiplos exemplos desse tipo de fazer tradutório, desde os primeiros anos da produção cordelística até os dias atuais, tradição literária que alcança mais de 120 anos.</p>2025-07-25T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/23860DESAFIOS E PROTAGONISMO: A REPRESENTATIVIDADE DAS MULHERES NEGRAS NAS ARTES SEGUNDO SILVANA MENDES E CRISTIANE SOBRAL2025-02-03T19:20:46+00:00Nincia Cecilia Ribas Borges Teixeiranincia@unicentro.br<p>A pesquisa tece reflexões sobre o papel das mulheres negras como agentes de representatividade nas artes e destaca os desafios para alcançar o protagonismo como artistas. O referencial teórico se ampara nos Estudos Culturais e discute os desafios e impactos da representatividade feminina na arte, especialmente de mulheres negras. Os procedimentos metodológicos adotados envolvem levantamento bibliográfico. O estudo promove uma abordagem analítica sobre a colagem de Silvana Mendes e a poesia de Cristiane Sobral.</p>2025-07-21T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24131CONTO DE MAEVE BRENNAN COMO PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA INGLESA NO ENSINO FUNDAMENTAL2024-11-27T07:14:47+00:00Sabrina Siqueirasabrinasiqueir@yahoo.com.br<p>Este artigo apresenta possíveis práticas didáticas de ensino e revisão de tópicos de Língua Inglesa para anos finais do Ensino Fundamental a partir da utilização do conto “A Daydream”, da autora irlandesa Maeve Brennan. A proposta parte do pressuposto da importância da utilização de literatura em aula, não apenas na disciplina Português, mas também no Inglês, quando possibilita dinâmica interdisciplinar e pode tornar o aprendizado mais prático, ao passo em que os estudantes conseguem apreender significado de um texto literário redigido originalmente em Inglês. O artigo propõe ainda a reflexão sobre ações de formação do leitor literário em um contexto em que a literatura ocupa espaço menor no escopo das disciplinas, que é o Ensino Fundamental.</p>2025-08-15T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24570A PALAVRA QUE FALA DE SI: VERDADE DO SUJEITO E DA POESIA2025-03-21T20:20:03+00:00Carla Alexandra Ezarquicarla.ezarqui@hotmail.com<p>A experiência analítica é uma experiência da palavra, embora a linguagem não expresse suficientemente tudo o que envolve a constituição psicológica de cada ser. A poesia, por sua vez, apresenta-se como uma via de acesso à verdade do sujeito, compreendida como a totalidade, na qual ele se constitui enquanto eu lírico. A revelação da verdade é o princípio que amalgama a poesia à ciência da psicanálise: trata-se da revelação da palavra pela palavra. Partindo das noções lacanianas de real, imaginário e simbólico e de sua assertiva de que o inconsciente é estruturado como uma linguagem, bem como das premissas de que a poesia é um acesso ao sentido e, como metalinguística, permite ascender a uma experimentação dos próprios limites, objetiva-se analisar em que medida a metalinguagem desvela a verdade do ser poético, estendida à do sujeito, considerando o conflito da sua subjetividade frente ao que ele apresenta de mais inacessível.</p>2025-08-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24047CARTOGRAFIA DE PESQUISAS - DISSERTAÇÕES E TESES - SOBRE A PRÁTICA DE ANÁLISE LINGUÍSTICA NO BRASIL2024-11-21T15:38:39+00:00Eliane Santos Rauppelianeraupp@uepg.brRodrigo Acosta Pereiradrigo_acosta@yahoo.com.br<p>Este artigo visa apresentar parte dos resultados de uma pesquisa de doutorado realizada no campo da Linguística Aplicada (LA), cujos fundamentos teóricos alicerçam-se nos Estudos Dialógicos da Linguagem (Bakhtin/Volochínov, 2014 [1929]; Bakhtin, 2011[1979]; Medviédev, 2012[1928]; Volochínov, 2013[1930], 2017[1929]). Tendo em vista as reverberações acerca da prática de análise linguística, desde a sua inserção na esfera educacional (Geraldi, 1984, 1991) à inclusão como prática de ensino na esfera da educação básica (Brasil, 1998, 2018), buscamos identificar e quantificar a produção científica sobre Prática de Análise Linguística (AL, PAL, PAL/S) desenvolvida no Brasil no período de 1998 a 2021, de modo a constituir um cenário quantitativo de dissertações e teses produzidas nos programas de pós- graduação brasileiros. Metodologicamente, a pesquisa revestiu-se dos pressupostos teóricos da Análise Bibliométrica (Alvarado, 2007, 1984; Araújo, 2006; Hayashi, 2012; Quevedo-Silva et al., 2016), tornando visível o cenário cartográfico da produção científica sobre AL, PAL, PAL/S no Brasil.</p>2025-08-18T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24465UMA CARTOMANTE GUIADA: O PAPEL DO NARRADOR NO CONTO DE MACHADO DE ASSIS (2002)2025-03-19T19:51:29+00:00Antonio Ismael Lopes de Sousaantonio.sousa@ufnt.edu.brAna Cristina Teixeira de Brito Carvalhoana.carvalho@uemasul.edu.brGeane Martins Mendesgeane.mendes@professor.to.gov.br<p>Em <em>A cartomante</em> (2002), Machado de Assis apresenta um caso de adultério envolvendo dois amigos, Camilo e Vilela, e a esposa deste último. Nesse contexto, o presente ensaio objetiva destacar, a partir dos pressupostos metodológicos da narratologia, o caminho pelo qual o narrador de <em>A cartomante</em> introduz e conduz o narratário ao conhecimento da trama. Para tanto, buscamos identificar e analisar os recursos constitutivos da narrativa, partindo-se do pressuposto de que a condução da narração do conto em análise apresenta particularidades formais que objetivam induzir o narratário a um posicionamento regido pelo conjunto de valores morais e ideológicos próprios do narrador. Acreditamos que esse posicionamento do narrador obedece a uma estratégia narrativa proposta por Machado de Assis, que se realiza de modo semelhante à ideia da diegese, isto é, a problematização da capacidade de persuasão que rege as relações humanas.</p>2025-06-29T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/23913O FUNCIONAMENTO SEMÂNTICO-ENUNCIATIVO DA METONÍMIA, NO DISCURSO GRAMATICAL, DE ANDRÉS BELLO2025-03-31T18:34:46+00:00Kelly Cristini Granzotto Wernerkcgbr@yahoo.com.br<p>Este artigo resulta do trabalho doutoral (Werner, 2022). Fiz um recorte buscando dedicar-me ao estudo do funcionamento enunciativo da metonímia, no interior da teoria da Semântica do Acontecimento (Guimarães, 2002, 2018), como mais uma forma de reescrituração dos sentidos, constituídos no momento do dizer. Para fazer esse estudo, considero um dos funcionamentos básicos da enunciação, propostos nesse marco teórico, a reescrituração. Servem de material de análise fragmentos do discurso da <em>Gramática de la lengua castellana, destinada al uso de los americanos</em> (1847), do venezuelano Andrés Bello. Os resultados mostram que a metonímia se apresenta como mais um modo de reescrituração enunciativa por substituição entre os já apresentados na teoria, operando no discurso metalinguístico e instaurando possibilidades de sentidos que se constituem a partir de seu funcionamento. Além disso, a língua designada metonimicamente nesse instrumento linguístico revela sua heterogeneidade constitutiva.</p>2025-08-16T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24321ENSINO FUNCIONAL DE GRAMÁTICA: CONECTIVOS CAUSAIS EM FOCO2025-02-03T19:22:57+00:00Fabrício da Silva Amorimfabricioamorim@ifba.edu.br<p>Este artigo defende uma perspectiva funcional para o ensino de gramática (Amorim, 2020), ancorando-se em pressupostos basilares da Sociolinguística Educacional (Bortoni-Ricardo, 2005; Bagno, 2007) e do Funcionalismo (Bybee, 2010), além de dialogar com diretrizes dos PCN e da BNCC. Para tanto, descreve uma proposta didática que, ao centrar-se no uso dos conectivos causais, em gêneros textuais da modalidade falada e escrita, busca afastar-se de uma abordagem puramente classificatória e aproximar-se de um modelo de ensino focado em operações (meta) linguísticas da produção textual. Evitando a prática tradicional de classificar conjunções e orações, este trabalho contribui para legitimar alternativas didáticas que, baseadas na análise de aspectos semântico discursivos e variacionistas, exploram os elementos gramaticais como instrumentos a serviço da construção do texto (Antunes, 2003; 2005; Avelar, 2017). Dessa forma, esboça-se uma proposta funcional, produtiva e científica para o trabalho com a gramática em sala de aula.</p>2025-07-23T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/23857O CONCEITO DA IMAGEM NA POESIA DO SÉCULO XVIII ENTRE BRASIL E ESPANHA: MARÍLIA DE DIRCEU DE TOMÁS ANTÔNIO DE GONZAGA E LA POÉTICA O REGLAS DE POESÍA EN GENERAL Y DE SUS PRINCIPALES ESPECIES DE IGNACIO DE LUZÁN2024-11-04T16:01:43+00:00Francisco Lima Bacaflimaba@gmail.com<p>A relação entre as ideias expressas na narrativa e a poesia no século XVIII, estabelece um vínculo entre Tomás Antônio Gonzaga, autor da obra <em>Marília de Dirceu</em>, e Ignacio de Luzán, autor de <em>La poética</em>. Gonzaga explora a imagem poética, que dialoga com as concepções Luzán, que vê a poesia do século XVIII como imitação precisa da realidade. Especificamente, a complexidade do desenvolvimento estético da poesia brasileira do século XVIII na obra de Gonzaga define a identidade literária de uma sociedade no processo de formação e desenvolvimento. Nesse contexto, a pertinência de estabelecer o que Gadamer define como “diálogo e poesia” nas expressões teóricas e artísticas da poesia do século XVIII no Brasil e na Espanha institui um diálogo no processo de criação e desenvolvimento de uma poesia de caráter nacional.</p>2025-05-10T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24123LINGUÍSTICA LAVANDA E NEOLOGIA SEMÂNTICA NA GÍRIA LGBTQIAPN+2024-12-18T13:15:19+00:00Vivian Orsivivian.orsi@unesp.br<p>Os neologismos são unidades lexicais novas que passam a ser adotadas em uma língua. Este trabalho escolhe como objeto de estudo as criações neológicas das gírias referentes à comunidade LGBTQIAPN+, também chamada de lavanda, gay ou <em>queer</em>. Dessa forma, com ênfase nos neologismos e na Linguística Lavanda, é proposto aqui um exame de alguns de seus itens léxicos gírios formados a partir da neologia. O recurso a gírias se firma com o propósito de coesão e, ao mesmo tempo, segregação de um grupo usuário, pois estabelece um elo entre seus falantes, afastando aqueles que não a compreendem e não a utilizam. O objetivo principal deste trabalho é refletir e analisar aspectos léxico-semânticos da gíria LGBTQIAPN+.</p>2025-06-30T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetrashttps://revistas.uepg.br/index.php/uniletras/article/view/24476A EMOÇÃO DA INDIGNAÇÃO COMO INSTRUMENTO POLÍTICO NOS DISCURSOS DE LULA2025-04-17T13:23:12+00:00Mariana Manzano Lopesma_malopes@yahoo.com.brGiulle do Nascimento e Silvagiulle2@gmail.comOriana de Nadai Fulanetiod.fulaneti@uol.com.br<p>Este artigo tem por objetivo analisar a função da indignação como estratégia enunciativa no contexto político brasileiro, tomando como <em>corpus</em> de análise quatro pronunciamentos de Luiz Inácio Lula da Silva em outubro de 2022 e janeiro de 2023, quando se deram, respectivamente: a vitória eleitoral na disputa presidencial e a posse como presidente eleito. O aporte teórico metodológico se dá nos Estudos Discursivos Foucaultianos, em especial, nos estudos das emoções propostos por Corbin, Courtine, Vigarello e colaboradores (2020a, 2020b, 2020c). As análises revelaram que a indignação se apresenta nos discursos de Lula por meio de três formas predominantes: como estratégia de mobilização política; como estratégia de polarização política e como denúncia à situação política e à injustiça social.</p>2025-07-28T00:00:00+00:00Copyright (c) 2025 UniLetras