INVESTIGAÇÃO E AÇÕES DE CONTENÇÃO DE SURTO DE COVID-19 EM ALA LIMPA DE UM HOSPITAL NOS CAMPOS GERAIS, PARANÁ

Autores

  • Dagmar Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais
  • Cristina Berger Fadel
  • Camila Marinelli Martins
  • Ricardo Zanetti Gomes
  • Eveline Wille Bayer
  • Melanie Janine Kok Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais
  • Bruna Pereira Madruga
  • Cezar Duran Iaroz Demétrio
  • Amanda Bahls
  • Sinvaldo Baglie

DOI:

https://doi.org/10.5212/Publ.Biologicas.v.28.i2.0003

Resumo

Em decorrência da pandemia de COVID-19, diversos hospitais no mundo relataram a transmissão da doença em unidades de internamento não direcionada ao atendimento de pacientes acometidos pela doença. Objetivou-se relatar a investigação epidemiológica de dois surtos de COVID-19 em ala limpa de um hospital universitário nos campos gerais. Ocorreu entre julho e outubro/2021, os dados foram analisados com o modelo SIR (suscetível-infectado-recuperado) para obtenção da taxa de transmissão (R). No primeiro surto (julho-agosto), 49 pessoas foram investigadas, 25/49 (51,0%) casos, 10/25 (40,0%) equipe, 15/25 (60,0%) pacientes, 8/25 (33,3%) clínica médica, 16/25 (66,7%) clínica cirúrgica e 21/25 (84,0%) sintomáticos. Entre os casos em pacientes, 11/15 (73,3%) teve início de sintomas pós 7 dias de internação. Usou-se a matriz 5W2H como plano de ação. Após a execução das ações, houve casos ativos por 7-10 dias. A duração foi 35 dias, o momento mais crítico ocorreu após 17 dias do primeiro paciente apresentar sintoma, houve 15 pacientes ativos ao mesmo tempo e o R foi de 2,92. No segundo surto (setembro-outubro), foram investigadas 127 pessoas e houve 6/127, destes 2/6 (33,3%) equipe, 4/6 (66,6%) pacientes, 4/6 (66,6%) clínica médica, 2/6 (33,3%) clínica cirúrgica, 4/6 (66,6%) sintomáticos. Após a execução das ações, houve casos ativos por 7-10 dias e não houve casos novos. A duração foi de 18 dias, o momento mais crítico ocorreu após 7 dias do primeiro paciente apresentar sintoma, houve 6 pessoas ativas ao mesmo tempo e o R foi de 1,35. A primeira experiência foi efetiva, entretanto tardia no controle dos casos. A segunda experiência, utilizando os dados da primeira, foi oportuna, a investigação foi mais robusta e conteve o surto de forma rápida e
eficiente.

Palavras-chave: SARS-C oV-2, surto, investigação epidemiológica, hospital.

Biografia do Autor

Dagmar, Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal do Piauí (1995), mestrado em Educação pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2006) e doutorado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2020). Atualmente é diretora acadêmica do Núcleo de Epidemiologia e Controle de Infecção do Hospital Universitário Geral dos Campos Gerais (NUCIH/HURCG) e Gestão do Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar (NUVEH) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná/MS. Professor titular da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Tem experiência na gestão de Prevenção e Controle de Infecção relacionada à saúde, ensino de graduação em Enfermagem e Medicina, ensino na pós graduação (residências multiprofissional e uniprofissional).

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Publicado

2023-03-17