COMERCIALIZAÇÃO DE PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS (PANC) EM FEIRAS: REFLEXÕES SOBRE A AGRICULTURA FAMILIAR
DOI:
https://doi.org/10.5212/Rev.Conexao.v.20.23442.011Resumo
O presente estudo tem como objetivo verificar o saber, os limites e as potencialidades de comercialização das PANC por parte dos agricultores familiares em feiras livres do Oeste Catarinense. O trabalho lançou mão de estudo de caso, com entrevista semiestruturada, em cinco feiras livres, distribuídas nos municípios de Chapecó, Seara e Paial, na Região Oeste de Santa Catarina. A amostra foi constituída por 20 agricultores familiares que desempenham a função de feirantes nesses locais. Diante disso, o estudo propõe descrever a realidade social dos agricultores familiares feirantes, bem como procura esclarecer quais fatores contribuem e/ou limitam o uso e a comercialização das PANC por esses sujeitos. Os principais resultados demonstraram que os saberes expressos através do uso e consumo de PANC encontram-se fragilizados pelos agricultores, pois eles consumiram apenas 34 variedades de PANC ao longo de sua vida, uma vez que apenas 38,2% das espécies consumidas foram comercializadas. A pesquisa conclui pela necessidade de oferecer atividades como cursos, palestras, oficinas, de modo a sensibilizar os participantes sobre o cultivo e comercialização de PANC, bem como uma alternativa de fonte de renda e segurança alimentar.
Palavras-chave: agricultura camponesa; desenvolvimento sustentável; segurança alimentar; consumidor; hábitos alimentares.
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