Dinâmicas de classe média e rebelião social - Doi: 10.5212/Emancipacao.v.14i1.0010

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Elísio Estanque

Resumo

O presente texto surge na sequência de um conjunto de estudos que tenho vindo a desenvolver em torno da questão da “classe média” e sua possível relação com as recentes vagas de movimentos sociais e manifestações, quer na Europa do Sul quer no Brasil, em especial no ano de 2013. As demarcações sociais e de classe possuem, sem dúvida, poderosos fundamentos socioeconómicos e disso procurarei dar contaneste texto. As lógicas e divisões classistas operam em larga medida através de mecanismos de poder simbólico que incidem no sub-consciente(coletivo e individual) e talvez isso ajude a explicar por quê a “classe-para-si” é mais uma narrativa do que uma realidade substantiva. Mas para a reflexão aqui em causa interessa, antes do mais, questionarmo-nos acerca do modocomo os recursos económicos e educacionais, por exemplo, são incorporados por pessoas concretas ao longo das suas trajetórias de vidae como se estruturam diferenças, segmentações e conflitos entre conjuntos sociais aparentemente próximos no volume de “riqueza” que possuem? Qual a relação entre o enquadramento objetivo numa dada condição ou estatuto social e a sua identificação individual, corporativa, coletiva ougeracional? Que significado podemos atribuir hoje ao papel da classe média, num momento em que muitos reconhecem a sua fragilidade e declínio, como acontece nos países do sul da Europa?

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Como Citar
ESTANQUE, E. Dinâmicas de classe média e rebelião social - Doi: 10.5212/Emancipacao.v.14i1.0010. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 14, n. 1, p. 147–160, 2015. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/7511. Acesso em: 23 maio. 2025.
Seção
Artigos