AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO À ORGANOFOSFORADOS ENTRE PRODUTORES DE TABACO DE UMA LOCALIDADE DO MUNICÍPIO DE IRATI – PARANÁ. DOI: 10.5212/Publ.Exatas.v.17i1.0004
DOI:
https://doi.org/10.5212/publicatio.v17i1.4533Resumo
A utilização de diversos tipos de venenos, no atual modelo agrícola praticado no Brasil, coloca o país entre os quatro maiores consumidores de praguicidas em suas culturas. As consequências do uso indiscriminado de agrotóxicos no meio rural é um problema que adquire uma dimensão de forte impacto no que diz respeito à saúde dos trabalhadores expostos. O Brasil é o segundo maior produtor de fumo, e sua produção concentra-se basicamente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. O núcleo de Irati-PR destaca-se pela quantidade produzida (23% da produção do Estado). Entre os praguicidas mais empregados na fumicultura estão os organofosforados, responsáveis por 80% das internações hospitalares. Os organofosforados são altamente tóxicos e seus principais efeitos são causados por interagir com a enzima acetilcolinesterase. Esta enzima é responsável por hidrolisar a acetilcolina (Ach) liberada nas fendas sináptica do sistema nervoso autônomo e central e na junção neuromuscular. O aumento de Ach causa intoxicação que pode ser fatal. A determinação da acetilcolinesterase sanguínea atua como bioindicador de efeito da exposição a estes praguicidas. O objetivo deste trabalho foi avaliar a intoxicação por organofosforados entre fumicultores de uma comunidade agrícola de Irati – Pr. O reconhecimento do grupo de risco (amostral) foi realizado através do uso de formulário, avaliação biológica dos níveis de atividade da acetilcolinesterase no grupo e comparação com os resultados de um grupo controle. Os resultados mostraram uma inibição da atividade da acetilcolinesterase de 59,3% e 32,2%, para homens e mulheres do grupo amostral, respectivamente. O estudo serviu para avaliar esta problemática, associada à falta de conhecimento em biossegurança dos fumicultores e como ponto de partida para reflexões e pesquisas futuras.Downloads
Edição
Seção
Artigos