Espaços, paços, templos e mosteiros: a ambientação em Alexandre Herculano

Autores

  • Eduardo Soczek Mendes Universidade Federal do Paraná

Resumo

As pormenorizações de ambientes ou descrições de patrimônios histórico-arquitetônicos são recorrentes na produção narrativa de Alexandre Herculano (1810-1877). Quando não pela voz narrativa, o próprio autor, em textos paraliterários – prefácios e notas –, discorre acerca de mosteiros, templos, paços e outros ambientes muito significativos para o território, a História e a cultura de Portugal. O presente trabalho averigua como são realizadas as ambientações nos romances históricos O Bobo (1128), Eurico, o presbítero e O Monge de Cistér ou a época de D. João I, além de também analisar, sob a mesma proposta, alguns textos literários coligidos em Lendas e Narrativas. Embasados nas propostas de Eduardo Lourenço (1992), György Lukács (2011), Maria de Fátima Marinho (1999) e Mikhail Bakhtin (1997), constatamos que as exaustivas pormenorizações de ambientes, em Herculano, além de compor harmonicamente a economia das narrativas, dialogam, em suas particularidades, com o contexto de publicação das obras no Portugal oitocentista. 

Biografia do Autor

Eduardo Soczek Mendes, Universidade Federal do Paraná

Professor colaborador de Literatura Portuguesa filiado ao Departamento de Letras da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Santa Cruz, Guarapuava). Mestre em Letras (Estudos Literários) pela Universidade Federal do Paraná (2017) e doutorando em Letras pela mesma instituição federal de ensino superior.

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Publicado

2019-12-19

Como Citar

MENDES, E. S. Espaços, paços, templos e mosteiros: a ambientação em Alexandre Herculano. Muitas Vozes, [S. l.], v. 8, n. 1, p. 68–86, 2019. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/14285. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Existir, Resistir: Rexistir - VI Colóquio do Centro de Estudos Portugueses da UFPR