FILOSOFIA IRADA: ENSAIO COM A RAIVA DE CLARICE LISPECTOR
Resumo
O presente ensaio ocupa-se em pensar filosoficamente a raiva com Clarice Lispector. Para tanto, considero aspectos mais diversos da obra clariciana que são afetados pela raiva e, em seguida, me detenho especificamente nos textos “Fartura e carência” e “Dies irae” para compreender essa maneira irada de pensar e sentir a vida. Uma breve história conceitual da ira é apresentada a partir dos textos filosóficos de Sêneca, Vilém Flusser e Peter Sloterdijk para situar melhor a questão e também mostrar que Lispector pensa a ira de maneira igualmente consistente, complexa e colérica. Lispector elabora uma relação ficcional com raiva, inventa e reinventa maneiras de sentir a raiva longe da moralidade e do pecado, mas próxima da indignação e da contestação. Não há qualquer intuito de investigar um conceito, tema ou questão exaustivamente a ponto de esgotá-los. A proposta é simplesmente filosofar com a raiva de Lispector e pensar as questões da ira na forma desimpedida do ensaio filosófico.
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