O campo e a cidade em Machado e Eça: uma leitura comparativa de A Cidade e as Serras e “A Parasita Azul”

Autores

  • Greicy Pinto Bellin

Palavras-chave:

Campo. Cidade. Modernidade. Cosmopolitismo.

Resumo

O objetivo do presente artigo é analisar as representações do campo e da cidade em A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós, publicado em 1901, e “A parasita azul”, de Machado de Assis, publicado no periódico Jornal das Famílias, em 1872. Em ambas as narrativas, observa-se que os personagens principais definem suas existências a partir de relações estabelecidas com os ambientes rural e urbano, e que tais relações terão consequências diretas em suas vidas sentimentais. Constata-se também a predominância de um fascínio em relação à vida cosmopolita, o que se justifica, nos contextos de produção das narrativas, pelo advento da modernidade, do avanço tecnológico e de novas formas de sociabilidade. A análise tenciona mostrar, a partir das considerações de autores como Antonio Candido e Pascale Casanova, que tanto Machado quanto Eça tecem, cada um à sua maneira, uma crítica ao modo de vida associado ao cosmopolitismo e à modernidade parisiense, objeto de verdadeiro encantamento por parte de intelectuais brasileiros e
de portugueses no século XIX.

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Publicado

2016-04-11

Como Citar

BELLIN, G. P. O campo e a cidade em Machado e Eça: uma leitura comparativa de A Cidade e as Serras e “A Parasita Azul”. Muitas Vozes, [S. l.], v. 4, n. 2, p. 137–153, 2016. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/8623. Acesso em: 29 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê Literatura Portuguesa: trânsito