EFEITO DO SUBSTRATO DE TRANSIÇÃO SOBRE O REFORÇO À FLEXÃO DE VIGAS DE CONCRETO ARMADO COM CANTONEIRAS METÁLICAS

Autores

  • Henrique Cesar Campagnolo Gimenes
  • Vladimir josé ferrari

Resumo

Há diferentes técnicas disponíveis para o reforço de elementos estruturais. Entre elas, a técnica da aderência de chapas de aço apresenta a vantagem da facilidade de execução e alteração mínima na geometria do elemento estrutural. Ademais, quando se fala da aplicação do reforço com cantoneiras metálicas outras vantagens podem ser agregadas, como por exemplo em caso de remoção de pilares. Todavia, as pesquisas têm revelado que a aderência de chapas de aço à vigas de concreto armado está sujeita ao mecanismo de peeling prematuro da chapa. A impossibilidade de mobilizar toda a capacidade resistente dos elementos reforçados em virtude da presença de ruínas prematuras já está demonstrada. Nesse sentido, dando-se sequência a estudos anteriores e aplicando-se o conceito do substrato de transição, analisa-se neste trabalho o efeito da reconstituição do banzo tracionado de vigas sobre o comportamento à flexão do elemento reforçado com cantoneiras metálicas. Para tanto foram moldadas vigotas de concreto armado de seção transversal (150 x 150) mm, 750 mm de comprimento e submetidas a ensaios de flexão em quatro pontos. Em três grupos, o banzo tracionado das vigotas foi previamente removido e reconstituído por meio da aplicação de diferentes compósitos cimentícios. Modelos analíticos foram utilizados para estimar as cargas teóricas e comparar com as obtidas experimentalmente. Os resultados demonstram que ocorreu significativa melhora no desempenho das vigas reforçadas quando da reconstituição do banzo tracionado com materiais fibrosos de maior tenacidade e resistência à fissuração. O modo de ruína das vigas reconstituídas e reforçadas foi modificado quando da comparação com as vigas de concreto armado reforçadas, chegando-se a aumento de até 32% na força de peeling. O modelo teórico aqui utilizado mostrou-se satisfatório com pequena divergência (em torno de 10%) com os resultados experimentais.

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Publicado

2022-03-02

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Seção

Artigos