Nas trilhas da conservação: a criação do Parque Estadual Serra do Conduru, Bahia, de 1993 a 2006
DOI:
https://doi.org/10.5212/Rev.Hist.Reg.v.30.24392Palavras-chave:
parques, conservação, agências animais, conflitos socioambientaisResumo
O estudo de caso aqui apresentado aborda a criação do Parque Estadual Serra do Conduru (PESC), através da perspectiva da História Ambiental, a fim de compreender os modos como diversos atores buscaram superar os conflitos, contradições e controvérsias que atravessaram o Parque, desde o seu decreto até a implementação. Também buscamos compreender as mudanças e permanências provocadas por essa unidade de conservação no território entre os anos de 1993 a 2006. O parque estava inserido num contexto mais amplo de projetos de gestão territorial na região sul da Bahia, baseados em noções de desenvolvimento sustentável e fomento ao turismo através da criação de Áreas de Proteção Ambiental (APAs). Sendo projetos correlatos, o Parque e a APA Costa de Itacaré - Serra Grande provocaram interações entre humanos e não humanos, modificando as dinâmicas da conservação e vidas associadas. Para este estudo, utilizamos como fontes os Jornais da APA publicados entre 1999 e 2004, Atas de reuniões dos Conselhos Gestores da APA e do PESC entre 1999 e 2006, Projeto de Criação do PESC e Implementação da APA, entrevistas com moradores, ambientalistas e gestores das duas UCs. Entre conflitos, negociações e alianças, o Parque provocou a reorganização de comunidades humanas no território e suas relações com outras formas de vida, promoveu a manutenção e regeneração de importantes remanescentes florestais e contribuiu para a conservação da biodiversidade na Mata Atlântica. Este artigo é fruto de pesquisa realizada com financiamento da CAPES.
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