As heranças da modernidade e a hipersexuaiização do homem negro: o esvaziamento de si e o corpo como um espaço.
DOI:
https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.16.i1.0009Resumen
A modernidade estabeleceu a cor da pele como fronteira entre sujeitos considerados civilizados e os "Outros", classificados como primitivos. Ao esvaziar o corpo negro de si, o pensamento hegemônico impõe ao corpo masculino negro uma perspectiva animalizada,
reelaborandoo a partir de um vazio existencial. Ao ter o corpo representado a partir da brutalidade e da violência, aquele mesmo que é rejeitado em diversas espacialidades, será responsável por alimentar desejos e fetiches atravessados pelo imaginário de virilidade. Dessa
forma, o presente artigo busca compreender o corpo do homem negro como um espaço e de que modo este é mercantilizado através de uma plataforma virtual pornográfica, a Xvideos.com, plataforma muito acessada durante a pandemia, de modo a atender aos desejos e fetiches presentes no imaginário social. Para compreendermos a hipersexualização do corpo negro no ciberespaço, a metodologia de análise do conteúdo será aplicada buscando sistematizar informações sobre os títulos dos vídeos que abordam a masculinidade negra associada à virilidade, força, potência e violência. Como resultado, observamos que o número de acessos à referida plataforma, na casa dos milhões de visualizações, bem como as referências depreciativas nos vídeos pornográficos, confirma um imaginário hipersexualizado e desumanizado para com os corpos negros.
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