As heranças da modernidade e a hipersexuaiização do homem negro: o esvaziamento de si e o corpo como um espaço.

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.16.i1.0009

Resumen

A modernidade estabeleceu a cor da pele como fronteira entre sujeitos considerados civilizados e os "Outros", classificados como primitivos. Ao esvaziar o corpo negro de si, o pensamento hegemônico impõe ao corpo masculino negro uma perspectiva animalizada,
reelaborando­o a partir de um vazio existencial. Ao ter o corpo representado a partir da brutalidade e da violência, aquele mesmo que é rejeitado em diversas espacialidades, será responsável por alimentar desejos e fetiches atravessados pelo imaginário de virilidade. Dessa
forma, o presente artigo busca compreender o corpo do homem negro como um espaço e de que modo este é mercantilizado através de uma plataforma virtual pornográfica, a Xvideos.com, plataforma muito acessada durante a pandemia, de modo a atender aos desejos e fetiches presentes no imaginário social. Para compreendermos a hipersexualização do corpo negro no ciberespaço, a metodologia de análise do conteúdo será aplicada buscando sistematizar informações sobre os títulos dos vídeos que abordam a masculinidade negra associada à virilidade, força, potência e violência. Como resultado, observamos que o número de acessos à referida plataforma, na casa dos milhões de visualizações, bem como as referências depreciativas nos vídeos pornográficos, confirma um imaginário hipersexualizado  e desumanizado para com os corpos negros.

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Biografía del autor/a

Ivan Ignácio Pimentel, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Doutor em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Professor Adjunto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Vice-coordenador  do Grupo de Pesquisa Geocorpo e Professor Colaborador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO-UERJ)

Jeziel Silveira Silva, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei, Mestre em Geografia pela Universidade Federal de São João del-Rei e doutorando em Geografia pela Universidade Federal de Goiás.

Ulisses da Silva Fernandes, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, no Departamento de Geografia Humana (DGH) do Instituto de Geografia (IGEOG). membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGEO-UERJ).

Publicado

2025-08-01

Número

Sección

Geografias Feministas Negras