As Abordagens temáticas e conceituais sobre mulheres negras na produção de artigos na Geografia brasileira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5212/Rlagg.v.16.i1.0008

Resumo

Este trabalho tem como objetivo compreender as abordagens temáticas e conceituais sobre mulheres negras na produção de artigos científicos nos periódicos da geografia brasileira. Entendemos que o fazer científico geográfico é transpassado por geometrias de saber e poder que invisibilizam vivências e discursos e que abafam e afastam produções científicas que exploram temas marginais, o que tem sido cada vez mais criticado e denunciado a partir de produções geográficas feministas, decoloniais e subversivas, que têm colocado em evidência indivíduos e grupos não hegemônicos. Desta forma, realizamos um levantamento de dados sobre as produções científicas geográficas brasileiras sobre mulheres negras utilizando o Observatório da Geografia Brasileira, pesquisando as palavras­chave “mulheres negras”, “geografias negras” e “feminismo negro”. Entre as informações encontradas, a geografia brasileira produziu 23 artigos sobre essa temática, tendo como marco inicial o ano de 2008. Temos como destaque temático a discussão em torno das questões raciais e de gênero, evidenciando principalmente as relações de poder de uma forma interseccional. Consideramos que o debate sobre as mulheres negras tem sido crescente nos últimos anos, mas ainda carece de discussões, relacionado ao silenciamento do debate na geografia brasileira. Todavia, as denúncias das relações de poder de gênero e raça, que ganham destaque nessas produções, demonstram o viés comprometido com uma nova ciência geográfica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Adir Fellipe Silva Santos, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutorando de Geografia, no Programa de Pós-graduação em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, Paraná. Possui Mestrado em Gestão do Território pela mesma instituição e licenciatura em Geografia, também pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Membro do Grupo de Estudos Territoriais (GETE/UEPG) e do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Geografia Regional da África e da Diáspora (NEGRA/UERJ). Com produção sobre os temas: Epistemologia da Geografia, Geografia das Racialidades, Comunidades Quilombolas e educação étnico-racial.

Amanda Ribeiro Bezerra, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutoranda em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Mestre em Geografia - Espacialização da Violência contra a Mulher em São Luís - pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Graduada em Licenciatura - Geografia pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com ênfase na apreensão da violência de gênero nos espaços da casa, da rua e do trabalho. Faz parte do Grupo de Estudos Territoriais (GETE-UEPG) e do Grupo de Estudos e Pesquisas em Território e Trabalho (GETTRAB-UFMA). Atualmente desenvolve pesquisas sobre trabalhadoras domésticas, trabalho escravo doméstico, violência de gênero, colonialidade/decolonialidade e os conceitos de espaço geográfico, lugar e cotidiano.

Felipe Eduardo Melo dos Santos, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Mestrando no Mestrado em Gestão do Território, da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Integrante do Grupo de Estudos Territoriais (GETE). Tem interesse em: Epistemologia da Geografia, Epistemologia da Ciência, Geografia das Juventudes e Geografia das Sexualidades.

Downloads

Publicado

2025-08-01

Edição

Seção

Geografias Feministas Negras