Trajetórias Espaciais de Jovens do Sexo Masculino e os Agenciamentos da Morte na Cidade de Ponta Grossa - Pr. DOI: 10.5212/Rlagg.v.5.i2.0010
Parole chiave:
Espacialidade, Masculinidade, Morte, Juventude, HomicídioAbstract
Spatial Trajectories of Young Men and Assemblages of Death in City of Ponta Grossa – PR
O artigo tem como objetivo compreender a relação entre as trajetórias espaciais de jovens do sexo masculino e a morte por homicídio na cidade de Ponta Grossa, Paraná. O perfil mais vitimado por homicídio na cidade são pessoas do sexo masculino com idade entre 15 e 25 anos, moradores de áreas periféricas pobres do espaço urbano, com baixa escolaridade e envolvidos com drogas. Tomado esse perfil, o referencial empírico da investigação foi estabelecido através de jovens em tratamento das drogas na Comunidade Terapêutica Marcos Fernandes Pinheiro. Foram realizadas 6 entrevistas semi-estruturadas, através das quais foi possível categorizar as trajetórias espaciais em que a violência e a morte estão presentes como um elemento inter-relacional. Espacialidades como a rua, a vila e o tráfico de drogas foram estabelecidas como resultado de múltiplas inter-relações efetivadas pelas trajetórias espaciais performadas por formas de subjetividade violentas. A morte violenta apresenta uma polivocalidade mediante a rede de amizades da vila, as performances de masculinidade violenta e os dispositivos econômicos informais da territorialidade do tráfico de drogas. Também foram organizadas quatro faces da morte no cotidiano dos sujeitos investigados: a morte como uma experiência limite, como risco constante, a morte do outro e por fim as autorias de assassinatos.
Palavra-Chave: Espacialidade; Masculinidade; Morte; Juventude; Homicídio.
Abastract
This article aims understanding the relation between spatial trajectories of young men and death byhomicide in city of Ponta Grossa, Paraná. The most victimized people are men in age of 15 and 25 years old, living in poor peripheral areas of urban space, with low schooling and involved with drugs. Taking this profile, the empiric referential of investigation was established through young in drug treatment in Therapeutic Community Marcos Fernandes Pinheiro. Six semi-structured interviews were done and spatial trajectories that death and violence are presents as an inter-relational element were categorized by the interviews. Spatialities as street, village and drug traffic were established as a result of multiple inter- relations made by spatial trajectories performed by forms of violent subjectivities. Violent death shows a polyvocality in front of friendship network of village, the violent masculinity performances and the informal economic devices of territoriality of drug traffic. Also, four faces of death were organized in the daily of investigated individuals: death as a limit experience, death as a constant risk, death of the other and finally the authors of murder.
Keywords: Spatiality; Masculinity; Death; Youth; Homicide.
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