Juventude, Mundo do Trabalho e Vulnerabilidade Social: O desemprego juvenil no Brasil como uma expressão da condição de subalternidade da classe trabalhadora

Conteúdo do artigo principal

Silmara Carneiro e Silva
Pedro Henrique Galeto
Rafaela Karoline Batista

Resumo

 Este trabalho tem como objeto de estudo o desemprego juvenil no Brasil enquanto uma expressão da condição de subalternidade dos grupos vulneráveis socialmente no âmbito da sociedade de classes. A partir desta compreensão, o presente trabalho visa analisar o desemprego juvenil na atualidade brasileira. Trata-se de uma pesquisa de natureza bibliográfica e documental, partindo de referencial gramsciano e de autores que discutem sobre juventude e o mundo do trabalho. Aborda, inicialmente, os conceitos de juventude, subalternidade e vulnerabilidade social buscando compreender as suas intersecções do mundo do trabalho, considerando a atualidade do capitalismo. Na sequência realiza uma análise sobre o desemprego como uma
das expressões da condição histórica de subalternidade da classe trabalhadora na ordem do capital e como esta condição se expressa particularmente na vida de jovens vulneráveis socialmente no Brasil atual. Apresenta ainda neste item uma análise de dados quantitativos referente ao tema, a partir de fontes oficiais à luz dos conceitos trabalhados anteriormente. Compreende-se que o desemprego juvenil, enquanto uma expressão da situação de vulnerabilidade social da juventude brasileira no contexto atual do mundo do trabalho revela, particularmente, uma expressão da condição estrutural de subalternidade da classe trabalhadora no capitalismo contemporâneo.

Métricas

Carregando Métricas ...

Detalhes do artigo

Como Citar
SILVA, S. C. e; HENRIQUE GALETO, P. .; KAROLINE BATISTA, R. Juventude, Mundo do Trabalho e Vulnerabilidade Social: O desemprego juvenil no Brasil como uma expressão da condição de subalternidade da classe trabalhadora. Emancipação, Ponta Grossa - PR, Brasil., v. 20, n. especial, p. 1–11, 2020. DOI: 10.5212/Emancipacao.v.20.2014836.002. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/14836. Acesso em: 27 abr. 2024.
Seção
Artigos
Biografia do Autor

Silmara Carneiro e Silva, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Doutora em Serviço Social e Política Social pela Universidade Estadual de Londrina – UEL. Mestre em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG.Graduada em Serviço Social pela UEPG. Professora do Departamento de Serviço Social e do Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais Aplicadas da UEPG. E-mail: scsilva@uepg.br.

Pedro Henrique Galeto, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Mestrando em Ciências Sociais Aplicadas pela Universidade Estadual de Ponta Grossa – UEPG. Graduado em Psicologia pela Faculdade Sant’Anna. E-mail: pedrogaleto@gmail.com

Rafaela Karoline Batista, Universidade Estadual de Ponta Grossa

Graduada em Filosofia pela Faculdade Sant’Anna. Graduanda em Serviço Social pela Universidade Estadual de Ponta Grossa. Pesquisadora do Programa Voluntário de Iniciação Científica – PROVIC pela UEPG. E-mail.rafaelakarolinebatista@gmail.com.

Referências

ABRAMOVAY, Miriam; CASTRO, Mary Garcia; PINHEIRO, Leonardo de Castro; et al. Juventude, violência e vulnerabilidade social na América Latina: desafios para políticas públicas. Brasília: UNESCO, 2002.

ALVES, Giovani. A derrelição de Ícaro: sonhos, expectativas e aspirações de jovens empregados do novo (e precário) mundo do trabalho no Brasil (2003-2013). In: 36º Encontro Anual da ANPOCS – Portal das Ciências Sociais Brasileiras, 2012. Anais (on-line). Disponível em: encurtador.com.br/lCTW7. Acesso em: 21 abr. 2019.

BONALUME, Bruna Carolina; JACINTO, Adriana Giaqueto. Encarceramento juvenil: o legado histórico de seletividade e criminalização da pobreza. In: Katálysis, Florianópolis, v. 22, n. 1, p.160-170, 2019. Trimestral.

BRASIL. Casa Civil. Lei nº 11648, de 05 de agosto de 2013. Institui o Estatuto da Juventude e dispõe sobre os direitos dos jovens, os princípios e diretrizes das políticas públicas de juventude e o Sistema Nacional de Juventude - SINAJUVE. Dísponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/lei/l12852.htm>. Acesso em 15 mai 2019.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria de Governo. Índice de vulnerabilidade juvenil à violência 2017: desigualdade racial, municípios com mais de 100 mil habitantes / Secretaria de Governo da Presidência da República, Secretaria Nacional de Juventude e Fórum Brasileiro de Segurança Pública. São Paulo: Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 2017. 87 p.

BUTTIGIEG, Joseph A. Subalterno/Subalternos. In: LIGUORI, Guido; VOZA, Pasquale (Orgs.). Dicionário gramsciano (1926-1937). - 1. ed. – São Paulo: Boitempo, 2017.

DAL BELLO, Marília Gonçalves. Jovens, vulnerabilidade e violência: outra história é possível?. 2004. 141f. Dissertação (Mestrado em Serviço Social e Política Social) – Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2004.

DAYHELL, Juarez. O jovem como sujeito social. Revista Brasileira de Educação. n. 24. p. 40-52. set-dez, 2003.

Gramsci, A. (2012). Cadernos do Cárcere: Maquiavel, notas sobre o Estado e a Política. v. 3. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2012.

LAMEIRAS, Maria Andreia Parente; CARVALHO, Sandro Sacchet de; CORSEUIL, Carlos Henrique L. Seção VIII: Mercado de trabalho. In: Carta de Conjuntura. IPEA: 2019, n 142, 24 p. Disponível em: <http://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/190320_cc_42_mercado_de_trabalho.pdf>. Acesso em: 07 mai. 2019.

MATTOS, Fernanda G.; PEREIRA, Juliana N. Neodesenvolvimentismo, informalidade e nova morfologia do trabalho: reflexões sobre a precarização do trabalho no Brasil. Áskesis. v. 12. n. 1. p. 59-72. Jan./Jun., 2016.

MINAYO, Maria Cecília de Souza (org.). Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18 ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

NETO, João. Mais de 25 milhões de jovens não estudavam em 2017. In: Agência IBGE - Notícias: PNAD Contínua. Estatísticas Sociais: 18 Mai 2018. Disponível em: <https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2012-agencia-de-noticias/noticias/21256-mais-de-25-milhoes-de-jovens-nao-estudavam-em-2017>. Acesso em: 06, mai. 2019.

PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos; FELDMAN, Ruth Duskin. Desenvolvimento Humano. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2010.

PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,4% e subutilização é de 24,6% no trimestre encerrado em fevereiro de 2019. In: Agência IBGE Notícias. Estatísticas Sociais: 29 Mar 2019. Disponível em: . Acesso em: 06, mai. 2019.

SIMIONATTO, Ivete. Classes Subalternas, luta de classes e hegemonia: uma abordagem gramsciana. Revista Katálysis. v. 12, N.1, p. 41-49. Jan./jun., 2009.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)