A construção da territorialidade pela população quilombola do Muquém
DOI:
https://doi.org/10.5212/RIF.v.18.i40.0001Resumo
Nesta pesquisa, partimos do pressuposto de que a construção das identidades está ligada também à organização territorial e à maneira como o território é percebido por quem o experimenta. Ele foi desenvolvido na comunidade quilombola do Muquém, situada em Alagoas e formado por cerca de 120 famílias. Dessa maneira, esse estudo analisa as representações de como os indivíduos se organizam no espaço, se imprimem e nele se refletem, descrevendo um mundo onde as pessoas lutam por reconhecimento, esbarram em muitos preconceitos e discriminações, bem como, desejam expressar sua percepção de mundo e sobreviver da sua arte. O nosso objetivo geral é compreender como a população do Muquém constrói a sua territorialidade, bem como, de que maneira essa territorialização é permeada pelos efeitos da colonialidade. Para tal, utilizamos a metodologia qualitativa de história de vida e entrevistamos uma das lideranças da referida comunidade. Os dados evidenciam as tensões e permanências na história dessa comunidade, os conflitos a partir da presença mais intensa do Estado na organização do território e a fragilidade educacional no fortalecimento da identidade quilombola. Nesse cenário, o estudo evidencia que o território onde o sujeito está inserido não pode ser desconsiderado enquanto elemento cultural constituinte de sua identidade. Territorialidade; Colonialidade; Comunidade do Muquém.
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