DA RUPTURA À CONSOLIDAÇÃO: UM ESBOÇO DO PERCURSO LITERÁRIO ANGOLANO DE 1948 A 1975

Autores/as

  • Donizeth Aparecido dos Santos Faculdade de Telemaco Borba - FATEB

DOI:

https://doi.org/10.5212/publ.humanas.v15i1.574

Palabras clave:

literatura angolana, Movimento Vamos Descobrir Angola, Casa dos Estudantes do Império, União dos Escritores Angolanos, literatura pós-colonial

Resumen

Este artigo traz um esboço do percurso literário angolano entre 1948, ano em que surge o Movimento Vamos Descobrir Angola, e 1975, quando acontece a independência política angolana e é criada a União dos Escritores Angolanos (UEA). Esse período da literatura angolana se enquadra na 3ª fase de desenvolvimento da literatura produzida por povos colonizados, descrita por Frantz Fanon (1963) como “fase revolucionaria/nacionalista”, na qual há uma ruptura com os padrões estéticos e temáticos da literatura metropolitana. Após o início da ruptura em 1948, começa a surgir em Angola uma literatura alicerçada nos valores culturais africanos e angolanos. Num primeiro momento (década de 50), as inovações aparecem apenas na poesia, estendendo-se à prosa na década seguinte (60), até atingirem sua plenitude na década de 70, após a criação da UEA, quando a literatura angolana é consolidada. Outro fator importante nesse percurso de 27 anos é o papel desempenhado pelos movimentos culturais, agremiações e editoras que, mesmo sob o olhar vigilante do poder colonial, contribuem decisivamente para a formação da literatura angolana.

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