GEOMETRIA DO PODER: REGULAÇÃO DE PRÁTICAS DE LEITURA DO SÉCULO XIX

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Resumo

Os discursos sobre práticas de leitura no século XIX dividiram-se entre detratores e defensores do romance, em uma época de grande popularização do gênero, por meio da publicação em jornais. Entre as figuras envolvidas, a Igreja Católica e a Maçonaria estiveram em destaque, publicando artigos opinativos sobre o tema, rechaçando, por um lado, a leitura de determinados autores, e, por outro, recomendando as leituras moralizantes. Em um período de transformações políticas e sociais, a pauta sobre práticas de leitura em destaque nestes jornais chama a atenção. Nesse contexto, o presente trabalho pretende analisar, por meio dos preceitos teóricos de Stuart Hall, acerca da centralidade da cultura, as motivações do posicionamento crítico sobre o romance em dois jornais doutrinários, A Cruz (1861), jornal católico, e A Família (1872), periódico maçônico, ambos publicados no Rio de Janeiro.

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Publicado

2022-11-18

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Seção

Artigos Tema Livre