A diáspora de Maria: relações sincréticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em o outro pé da sereia, de Mia Couto. DOI: 10.5212/Uniletras.v.33i2.0004
DOI:
https://doi.org/10.5212/uniletras.v33i2.2384Palavras-chave:
sincretismo, religiosidade, Literatura africana, pós-colonialismoResumo
Nascida na Galiléia, Maria tornar-se-ia o maior ícone feminino do cristianismo. Contudo, séculos depois, sua imagem cruza os mares, dentro de caravelas portuguesas como patrona da colonização. Maria torna-se diaspórica e desemboca frente a outras divindades criando uma relação sincrética com estas - um mesmo registro de A diáspora de Maria: relações sincréticas e culturais entre Nossa Senhora, Kianda e Nzuzu em o outro pé da sereia, de Mia Couto. DOI: 10.5212/Uniletras.v.33i2.0004relação com o sagrado. A partir da colonização portuguesa na África, a religião também se tornou um forte elemento acultural. Os portugueses utilizando da autoridade religiosa impõem a fé cristã aos bantos, gerando assim uma crença híbrida e sincrética. Couto mostra como esse sincretismo uniu a ―África portuguesa desde a colonização até os dias de hoje, e como Nossa Senhora, a grande mãe cristã também passou por esse processo, tornando-se no romance as deusas das águas africanas. Nossa proposta é analisar este sincretismo entre a Virgem Maria, a sereia banto Kianda e a deusa dos rios moçambicanos Nzuzu, em O outro pé da sereia (2006), de Mia Couto. Nossa analise versará sobre de que forma o sincretismo subverte as relações entre colonizadores e colonizados e ao mesmo tempo resgata identidades e valores profundos do sujeito (pós)-colonial.
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