"O SANGUE DA MINHA LITERATURA É O MEU SANGUE, MAS É O SANGUE DE MUITA, MUITA, MUITA GENTE" - ENTREVISTA COM SILVIANO SANTIAGO

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Resumo

A entrevista com o escritor Silviano Santiago, realizada para a minha tese de doutorado (Rodrigues, 2019), versa sobre o processo de criação da personagem Graciliano Ramos, na obra Em liberdade (1981). A partir da leitura de Mal de arquivo (2001), de Jacques Derrida, cunhamos o termo impressão graciliana a fim de buscar os rastros deixados por Graciliano Ramos na escrita de Silviano. Verificamos que as impressões gracilianas apresentam-se como: impressão enquanto marca grafada no corpo – o cárcere; impressão enquanto escritura – o mal de arquivo; impressão enquanto herança – o papel do intelectual. Silviano assume o lugar do Outro para falar de si e adota o viés da superabundância nietzschiana como afirmação de vida e de criação artística. O escritor faz uma reflexão sobre os mecanismos de poder que fundamentaram períodos históricos importantes de nosso país e responde a Graciliano, à sua herança, às impressões deixadas por ele, aliando-se às suas reflexões quanto ao compromisso social do artista.

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Publicado

2025-04-01

Edição

Seção

Entrevista