Nacionalismo e ambivalência em O sertanejo, de José de Alencar - Doi: 10.5212/Uniletras.v.32i2.009

Autores

  • Déborah Scheidt UEPG

DOI:

https://doi.org/10.5212/uniletras.v32i2.3100

Palavras-chave:

Nacionalismo. Ambivalência. O sertanejo. José de Alencar.

Resumo

O sertanejo é emblemático para o nacionalismo romântico brasileiro na medida em que declaradamente pretende celebrar a terra e o homem brasileiros representados pelo sertão cearense e pelo herói sertanejo Arnaldo Louredo. Inicialmente procuramos demonstrar como a manipulação do foco narrativo e o emprego repetido do pronome possessivo na primeira pessoa do plural são utilizados para criar a percepção de nação, a que se refere Benedict Anderson. A seguir avaliamos a problemática da pertença em colônias de povoamento para detectarmos ambivalências na caracterização, tanto do protagonista como do proprietário rural e capitão-mor de ordenanças Pires Campelo, fazendo uso das teorias de Homi Bhabha sobre o assunto. A conclusão a que se chega é a de que, apesar da sua aparente simplicidade, a obra acaba por deixar transparecer, na própria tentativa de encobri-las, as complexidades das origens sociais brasileiras, irremediavelmente afetadas pela colonização europeia.

Biografia do Autor

Déborah Scheidt, UEPG

Doutoranda.Universidade Federal do Paraná, UFPR. Professora Assistente do Departamento de Línguas  Estrangeiras Modernas. Universidade Estadual  de Ponta Grossa, UEPG.

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Artigos Tema Livre