“Os que saem logo por um fim, nunca chegam ao riacho do vento”. Estudo da recepção de “Cara-de-Bronze”, de Guimarães Rosa

Autores

  • Camilla Damian Mizerkowski Crestani Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5212/uniletras.v36i2.6655

Palavras-chave:

leitura, recepção, compreensão, experimentalismo.

Resumo

“Cara-de-Bonze”, publicado primeiramente como poema em Corpo de Baile e posteriormente como conto na coletânea No Urubuquaquá, No Pinhém, foi na data da publicação e ainda hoje é motivo de discussões de cunho genérico, além de suscitar manifestações interpretativas das mais diversas por conta de sua estrutura narrativa formada por partes líricas, em prosa, notas de rodapé, citações e roteiro cinematográfico. Por meio da análise de seis diferentes leitores, este artigo discute as possibilidades de leitura às quais o texto se abre, e se estas podem ser feitas a guisa de puro entretenimento ou se são possíveis somente por meio da análise de seus elementos narrativos, dada sua estrutura polimórfica. Deste modo, o artigo verifica a dificuldade e até mesmo a impossibilidade da leitura gastronômica[1] do conto, e a amálgama de interpretações possíveis, conforme o experimentalismo no uso da multiformidade de discursos.


[1] Leitura gastronômica é uma expressão criada por ECO no ensaio entitulado “O Texto, O Prazer, O Consumo”, citado nas referências bibliográficas.

Biografia do Autor

Camilla Damian Mizerkowski Crestani, Universidade Federal do Paraná

Doutoranda em Letras - Estudos Literários.

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Publicado

2015-10-26

Edição

Seção

Dossiê temático