QFWFQ E A ORIGEM DA LINGUAGEM E DO TEMPO OU A IMPOSSIBILIDADE DE FALAR SOZINHO
DOI:
https://doi.org/10.5212/uniletras.v37i2.8131Palavras-chave:
Cosmicômicas, Signo, Mikhail BakhtinResumo
A proposta deste artigo é a análise de um dos contos de As Cosmicômicas, de Ítalo Calvino, intitulado Um Sinal no espaço, à luz da teoria do discurso dialógico de Mikhail Bakhtin (1998/2003). A análise levará em conta, principalmente, a noção dialógica proposta por Bakhtin de que a existência do sujeito só ganha sentido a partir do seu contato com o outro pelo processo constante de diálogo promovido pelo uso da linguagem. No conto de Calvino somos apresentados a uma personagem em pleno processo de aquisição do signo e do código lingüístico, o que o torna capaz de efetivar o contato com o outro responsivo e produtivo do diálogo no mundo da linguagem. Tal contato, como veremos, é carregado de uma potência modificadora de sentidos para ambos os participantes do jogo dialógico.
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