O DIÁRIO ÍNTIMO COMO CUIDADO E CONHECIMENTO DE SI E A AUTOFICÇÃO COMO PROJETO EXISTENCIÁRIO EM UM SOPRO DE VIDA, DE CLARICE LISPECTOR
Resumo
O objetivo do presente estudo é focalizar a escrita-de-si de três escritoras próximas esteticamente e pela relação complexa que tiveram com a proximidade da morte: Katherine Mansfield, Virginia Woolf e Clarice Lispector. As duas primeiras mantiveram diários íntimos, que serviram a objetivos diversos. Clarice Lispector, conforme fez da produção literária um espelho de si, escreveu Um sopro de vida como obra literária, mas ao mesmo tempo como diário acerca de sua relação com a arte literária. Adotam-se aqui as visões de Foucault acerca da escrita-de-si como cuidado e conhecimento de si, de Lejeune acerca do diário como servindo a objetivos diversos, que se imbricam, e a de Heidegger, que via o tempo-da-morte como delimitação da possibilidade de construção do sentido da existência. Se o diário possibilita o cuidado e o conhecimento, a obra literária serve como projeto existenciário que forma aquele sentido.
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