AS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA RELEVÂNCIA AOS ESTUDOS DA RACIONALIDADE HUMANA
Resumo
Este artigo destaca a contribuição da Teoria da Relevância (TR) (1986/1995) para os atuais estudos da racionalidade. Segundo ela, a racionalidade decorre do processo evolutivo e adaptativo humano e as inferências advêm de heurísticas que ocorrem rapidamente e sem o tipo de racionalidade explícita descrita por Grice (1975). Começamos por elucidar a perspectiva da pragmática sobre a comunicação e seguimos apresentando os aspectos da TR que lançaram as bases para teorias da racionalidade. Cada tópico traz um panorama sobre questões-chave, desde os modelos de código e ostensivo-inferencial, passando pelo papel da atenção na maximização da relevância, nos processos inferenciais e na transmissão de conhecimento. Finalmente, tratamos da racionalidade na perspectiva relevantista e apresentamos teorias influentes que abordam a questão atualmente. Assinalamos como as teorias do processo dual descrevem os processos mentais da racionalidade dividindo-os em dois sistemas: intuitivo e deliberativo. Esses sistemas são avaliados por Mercier e Sperber na Teoria Argumentativa da Racionalidade (MERCIER; SPERBER, 2011, 2021; SPERBER; MERCIER, 2017), que emprega pressupostos relevantistas. Corroborando com esta perspectiva, argumentamos que a racionalidade seria uma espécie de inferência intuitiva que emergiu em virtude da sociabilidade humana com propósitos argumentativos os quais sustentam funções sociais e comunicativas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional.
Transferência de direitos autorais: Caso o artigo submetido seja aprovado para publicação, JÁ FICA ACORDADO QUE o autor AUTORIZA a UEPG a reproduzi-lo e publicá-lo na REVISTA MUITAS VOZES, entendendo-se os termos "reprodução" e "publicação" conforme definição respectivamente dos incisos VI e I do artigo 5° da Lei 9610/98. O ARTIGO poderá ser acessado tanto pela rede mundial de computadores (WWW - Internet), como pela versão impressa, sendo permitidas, A TÍTULO GRATUITO, a consulta e a reprodução de exemplar do ARTIGO para uso próprio de quem a consulta. ESSA autorização de publicação não tem limitação de tempo, FICANDO A UEPG responsável pela manutenção da identificação DO AUTOR do ARTIGO.