O MOVIMENTO DA CIDADE: AS MÚLTIPLAS VOZES EM HOMBRES DE MAR, DE ÓSCAR COLCHADO LUCIO
Resumo
Este artigo analisa Hombres de mar, de Óscar Colchado Lucio, escritor andino-peruano que, na obra em questão, concentra seu olhar na região do Chimbote, área pesqueira que teve seu auge nos anos de 1960. O foco do estudo é o processo migratório que envolve as personagens em circunstâncias que instauram o que a escritora Sylvia Molloy identifica como “vivir entre lenguas”, já que os sujeitos se constituem em um espaço em que o idioma espanhol instituído convive – e se mescla – com o quéchua subalternizado; em que o homem da serra se embate com o da costa; em que, no âmbito estético, a literatura peruana neo-indigenista dá lugar à narrativa andina; em que a voz que narra se mescla àquela que escreve. O objetivo deste estudo é refletir sobre o impacto desse movimento na construção de identidades, inclusive a autoral, pautadas pela heterogeneidade e hibridização (Cornejo Polar). Ao possibilitar que essas variadas nuances conjuguem a vida urbana costeira e a cosmovisão andina, Colchado Lucio arquiteta o Chimbote como um entre-lugar (Silviano Santiago), onde o cais tanto é personagem quanto local de diálogo e de interface de línguas e vozes.
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