NARRATIVA ORAL E ESCRITA: ENCONTROS E CONTRAPONTOS SOBRE O MITO “A ORIGEM DOS POVOS INDÍGENAS” NA PERSPECTIVA DE ÍNDIOS E BRANCOS. DOI: 10.5212/MuitasVozes.v.3i1.0009

Autores

  • Rita de Cássia Dias Verdi Fumagalli URI - Frederico Westphalen
  • Carlete Maria Thomé URI - Frederico Westphalen
  • Luana Teixeira Porto

Palavras-chave:

Ientidade Indígena, Narrativas orais, Narrativa escrita, Mito indígena, Literatura comparada.

Resumo

Neste artigo, a partir de narrativas referentes à origem dos povos indígenas, contadas pelos índios da comunidade da reserva indígena do Guarita do município de Tenente Portela – RS,  procuramos definir  encontros e contrapontos entre os fenômenos de transição de perspectivas que ocorrem nas narrações: ora da tradição oral para a tradição escrita, ora da tradição escrita para a oral, cotejando essa narrativa oral indígena com um texto escrito sob a perspectiva de uma escritora branca que faz referência ao mito do começo da humanidade o qual foi publicado no livro Tuparis e Tarupás. O estudo é iniciado com algumas definições propostas por Henry Remak (1994) e Tania Franco Carvalhal (1991) sobre Literatura Comparada a fim de compreendermos conceitos fundamentais do comparatismo literário. Em um segundo momento abordaremos algumas reflexões a respeito do papel das narrativas orais no fazer histórico e cotidiano do homem, na sua forma de estar no mundo. Discutiremos então as narrativas orais, permeadas de informações que auxiliam o homem em seus processos identitários e coletivos, apresentando algumas diferenças fundamentais entre a narrativa oral e a narrativa escrita. Proporemos algumas reflexões a respeito do mito, sua definição e função e a importância que o mito exerce para a formação da identidade indígena.  Por fim, buscaremos por meio do cotejo entre as duas fontes, detectar as aproximações e distanciamentos em relação à história contada pela informante indígena e a narrativa escrita e publicada por uma escritora não indígena a qual aborda a temática do mito sobre “O começo da humanidade”, de forma a perceber mais claramente quando e como cada mito, dentro da sua narrativa apresentam fatos e marcas características que ainda transitam entre as duas tendências. As reflexões sinalizam que existem aproximações entre as duas narrativas ao abordarem a ideia de que os povos indígenas surgiram da mãe terra, porém os distanciamentos são evidenciados a partir do momento em que as histórias da criação do mundo ganham características individuais do grupo e etnia em que são contadas, carregadas de marcas pessoais e alimentadas pelas crenças particulares de cada grupo indígena.

Biografia do Autor

Rita de Cássia Dias Verdi Fumagalli, URI - Frederico Westphalen

Aluna do 3º semestre do curso de Pós – Graduação em Letras: Mestrado em Letras – Área de concentração em Literatura Comparada - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)

Frederico Westphalen /RS. Email: ritacassiaverdi@yahoo.com.br

Carlete Maria Thomé, URI - Frederico Westphalen

Aluna do curso de Pós – Graduação em Letras: Mestrado em Letras – Área de concentração em Literatura Comparada - Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI)

Frederico Westphalen /RS. Email: ritacassiaverdi@yahoo.com.br

Luana Teixeira Porto

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Publicado

2014-12-01

Como Citar

DIAS VERDI FUMAGALLI, R. de C.; THOMÉ, C. M.; TEIXEIRA PORTO, L. NARRATIVA ORAL E ESCRITA: ENCONTROS E CONTRAPONTOS SOBRE O MITO “A ORIGEM DOS POVOS INDÍGENAS” NA PERSPECTIVA DE ÍNDIOS E BRANCOS. DOI: 10.5212/MuitasVozes.v.3i1.0009. Muitas Vozes, [S. l.], v. 3, n. 1, p. 153–169, 2014. Disponível em: https://revistas.uepg.br/index.php/muitasvozes/article/view/6495. Acesso em: 4 nov. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Identidade Indigena