Brasil e Portugal: o antagonismo na construção da identidade nacional durante a Primeira República

Autores

  • Carolina Souza Universidade de Coimbra
  • Franci Moraes Universidade de Brasília

Resumo

O objetivo deste artigo é refletir sobre a separação identitária entre Brasil e Portugal, e suas implicações para a memória coletiva, no processo de construção da narrativa nacional durante a Primeira República (1889-1930). O viés deste trabalho situa o fenômeno no espaço de confluência entre o jornalismo e a história brasileira. O recorte analítico abarca doze edições da revista “Brazilea” no ano de 1917, estudadas com base na concepção narrativa de Ricoeur (1994) e nos construtos acerca da memória (Halbwachs, 1990; Pollak, 1992; Catroga, 2016). Como resultado, a pesquisa revelou: animosidade em relação aos imigrantes portugueses; desprezo pelo legado português, considerado “vicioso”, e uma tentativa de banir da narrativa nacional os históricos vínculos entre os países. O estudo percebeu marcas de antagonismo e intolerância, que sugerem vestígios xenófobos contra os portugueses, uma espécie de lusofobia.

Biografia do Autor

Franci Moraes , Universidade de Brasília

É doutora e mestre em Comunicação pela Universidade de Brasília (UnB). Graduada em Comunicação pelo Centro de Estudos Universitários de Brasília (CEUB) e em Letras pela Universidade de Brasília (UnB). Jornalista da Câmara Legislativa do Distrito Federal. 

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Publicado

2021-01-05

Como Citar

Souza, C., & Moraes , F. . (2021). Brasil e Portugal: o antagonismo na construção da identidade nacional durante a Primeira República. Pauta Geral - Estudos Em Jornalismo, 7(1), 1–18. Recuperado de https://revistas.uepg.br/index.php/pauta/article/view/16324

Edição

Seção

Dossiê (v. 10, n. 1) | Jornalismo e Decolonialidade