“Conta a mãe”, “explica a irmã”, “disse o pai”
a fala Down negada no jornalismo
DOI:
https://doi.org/10.5212/RevistaPautaGeral.v.9.21442Resumo
O texto intenciona compreender traços que o jornalismo se vale para retratar pessoas com síndrome de Down em seus produtos. Como aportes teórico-metodológicos, são mobilizados o modelo biopsicossocial da deficiência; o capacitismo; a cidadania comunicativa e os sujeitos em inter-relação com os meios; o direito humano à comunicação; o jornalismo deficiente; e o pensamento transmetodológico. Enquanto materiais de referência, recorre-se a reportagens digitais publicadas pelo El País Brasil, tendo esses(as) sujeitos(as) como protagonistas da narrativa. Com esse movimento, vislumbra-se, também, alargar e complexificar nuances envolvendo a construção e exercício da cidadania comunicativa Down a partir da representação e visibilidade midiática. Os achados tensionam para o silenciamento das pessoas com síndrome de Down em detrimento de porta-vozes e para reprodução do discurso capacitista.