Jornalismo e Estudos Culturais
Problemas de redefinição lógica
DOI:
https://doi.org/10.5212/RevistaPautaGeral.v.11.23373Palavras-chave:
Jornalismo, Estudos Culturais, Teoria do Jornalismo, Cultura PopularResumo
O artigo tem a intenção de problematizar o uso e influência de teorias, conceitos e metodologias inspirados nos chamados Estudos Culturais, uma corrente teórica exógena de cunho sociológico-político, para explicar ou orientar o campo jornalístico no Brasil. O estudo de caráter epistemológico parte do reconhecimento de lógicas fundamentais do jornalismo para tecer uma crítica às abordagens dos fenômenos jornalísticos pelo viés culturológico que tendem a desconsiderar o sentido popular do jornalismo
Referências
ATTON, C.; HAMILTON, J. Alternative journalism. Londres: Sage, 2008.
BORELLI, S.; PEREIRA, S. Cultura de massa. CITELLI, A. et al. Dicionário de comunicação: escolas, teorias e autores. São Paulo: Contexto, 2014, p. 101-110.
CAMPBELL, J. Yellow journalism: puncturing the myths, defining the legacies. Westport: Praeger Publishers, 2003.
CARVALHO, G. Jornalismo alternativo na era digital: análise de reportagens da Agência Pública. Revista Alterjor, vol. 2, nº 10. jul-dez. São Paulo: USP, pp. 126-142, 2014.
CONBOY, M. The press and popular culture. Thousand Oaks, California: Sage Publications, 2012.
COULDRY, N.; CURRAN, J. (orgs.). Contesting media power: alternative media in a networked world. Lanham: Rowman & Littlefield Publishers, 2003.
EICHLER, V. A questão do ser no jornalismo: sentidos ontológicos em reconfiguração. Tese (Doutorado) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Biblioteconomia e Comunicação, Programa de Pós-Graduação em Comunicação, Porto Alegre, BR-RS, 2021.
ESCOSTEGUY, A. Cartografias dos estudos culturais: uma versão latino-americana. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.
FELIPPI, Â.; ESCOSTEGUY, A. C. Jornalismo e estudos culturais: a contribuição de Jesús Martín-Barbero. Rumores, v. 7, n. 14, pp.9-27, jul.-dez, 2013.
GENRO FILHO, A. O segredo da pirâmide. v. 6. Florianópolis: Insular, 2012.
GRAMSCI, A. Cadernos do cárcere. v. 2, ed. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
GRAMSCI, A. Os Intelectuais e a Organização da Cultura. 4. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1982.
GROTH, O. O poder cultural do desconhecido: fundamento da Ciência dos Jornais. Petrópolis: Vozes, 2011.
HABERMAS, J. Mudança estrutural da esfera pública: investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. São Paulo: Unesp, 2014.
HALL, S. Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.
HARTLEY, J. Popular reality: journalism and popular culture. London: Hodder Education, 1996.
HARVEY, D. Condição pós-moderna. Trad. Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Edições Loylola, 1989.
IJUIM, J. K.; ABREU, M. S. Jornalismo e contra-hegemonia: o trabalho de tradução da luta por moradia. Revista Comunicação Midiática, v. 12, n. 3, p.129-144,set./dez, 2017.
KUCINSKI, B. Jornalistas e revolucionários: nos tempos da imprensa alternativa. São Paulo: Página aberta, 1991.
KUHN, T. A estrutura das revoluções científicas. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003.
LOPES, M. I. Pesquisa em comunicação. 5 ed. São Paulo: Loyola, 2001.
MARTINO, L. M. S. Teoria da comunicação: ideias, conceitos e métodos. 5. Ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
MEDITSCH, E. Pedagogia e pesquisa para um jornalismo que está por vir. Florianópolis: Insular, 2012.
MELO, J. M. Teoria do jornalismo: identidades brasileiras. São Paulo: Paulus, 2006.
MERRIL, J. The imperative of freedom: a philosophy of journalistic autonomy. New York: Hasting House, 1974.
MORAES, D.; RAMONET, I.; SERRANO, P. Mídia, poder e contrapoder: da concentração monopólica à democratização da informação. São Paulo: Boitempo; Rio de Janeiro: Faperj, 2013.
MOTTA, L. G. Pesquisa em jornalismo no Brasil: o confronto entre os paradigmas midiacêntrico e sociocêntrico. Revista de Economía Política de las Tecnologías de la Información y Comunicación, v. 7, n. 1, Ene-abr., 2005.
OLIVEIRA, D. Jornalismo e emancipação: uma prática jornalística baseada em Paulo Freire. Curitiba: Appris, 2017.
PAIVA, R.; BARBALHO, A. (orgs). Comunicação e cultura das minorias. São Paulo: Paulus, 2005.
PERUZZO, C. Aproximações entre a comunicação popular e comunitária e a imprensa alternativa no Brasil na era do ciberespaço. Revista Galáxia, São Paulo, n. 17, p. 131-146, jun., 2009.
PERUZZO, C. Comunicação nos movimentos populares: a participação na construção da cidadania. Petrópolis: Vozes, 1998.
RÜDIGER, F. As teorias do jornalismo no Brasil. Florianópolis: Insular, 2012.
SCHUDSON, M. Descobrindo a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis: Vozes, 2010.
SPARKS, C. Popular journalism: theories and practice. In: TUMBER, H. Journalism. Critical concepts in media and culture studies. Abingdon (UK): Routledge, p.258-282, 2008.
STOREY, J. Cultural theory and popular culture: a reader. Harlow, England: Pearson, 2009.
TOURAINE, A. Crítica à modernidade. Petrópolis: Vozes, 1994.
TUMBER, H. Critical concepts in media and culture studies. In: Journalism. Abingdon (UK): Routledge, 2008, pp.1-16.
WILLIAMS, R. A imprensa e a cultura popular: uma perspectiva histórica. Projeto História, n. 35. São Paulo: PUCSP, 2007, p. 15-26.
WILLIAMS, R. The long revolution. Harmoodsworth (England), Ringwood (Australia): Penguin Books, 1965.
WINSCHUTTLE, K. Journalism versus Cultural Studies. Australian Studies in Journalism, Media Wars: Media Studies and Journalism Education (Seminar at Queensland University of Technology on 27th November 1998), 1998.
WORTMANN, M.; SANTOS, L.; RIPOLL, D. Apontamentos sobre os Estudos Culturais no Brasil. Seção Temática: Estudos Culturais, Educ. Real., n. 44, v.4, 2019.
ZELIZER, B. When facts, truth, and reality are God‐terms: on journalism's uneasy place in cultural studies. Communication and Critical/Cultural Studies, v. 1, n. 1, mar., pp. 100-119, 2004.