A “Terra da Luz” tem preto, sim!
Um relato da experiência antirracista do Ceará Criolo como ponto de inflexão jornalística
DOI:
https://doi.org/10.5212/RevistaPautaGeral.v.10.21809Keywords:
Antiracism, Journalism, Ceará CrioloAbstract
This report intends to reveal how Ceará Criolo aired and how it works as the first black journalism website in the brazilian territory that claims the title of pioneer in the abolition of slavery in the country. In a self-narrative, this article reveals the sociopolitical conditions of action of this black media in the improvement process of the website itself and the racial literacy of the journalists who were made part of it. This writing shows the website has always been linked to racial and communication theories even though it arose from the empirical nuisance of five young people with no racial readings. And how urgent it is to emerge from there a new way of doing journalism. The intersection of these currents of thought - race and communication - is here to open a necessary fissure in the debate about the information we have been producing.
References
ADICHIE, C. N. O perigo de uma história única. Tradução de Julia Romeu. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.
ALMEIDA, S. Racismo estrutural. São Paulo: Sueli Carneiro; Pólen, 2019.
ARAÚJO, V. T. O que é a imprensa negra: diálogos sobre comunicação e negritude no Brasil. Florianópolis: Editora Insular, 2021.
BENTO, M. A. S. O pacto da branquitude. São Paulo : Companhia das Letras, 2022.
BONILLA-SILVA, E. Racismo sem racistas: o racismo da cegueira de cor e a persistência da desigualdade na América. São Paulo: Perspectiva, 2020.
BORGES, R. Mídias, racismos e outras formas de destituição: elementos para o reposicionamento do campo da comunicação. In: CORRÊA, L. G. (org.). Vozes negras em Comunicação: mídias, racismos e resistências. Belo Horizonte: Autêntica, 2019.
BRITO, B. C. Tudo o que nóiz tem é nóiz: um estudo sobre narrativas negras do jornalismo brasileiro. Tese/Dissertação (Programa Associado de Pós-Graduação em Antropologia) - Universidade Federal do Ceará e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira, UFC e Unilab, Fortaleza, 2022.
CARDOSO, L.; MÜLLER, T. M. P. Branquitude: estudos sobre a identidade branca no Brasil. Curitiba: Appris, 2017.
CARNEIRO, S. Racismo, sexismo e desigualdade no Brasil. São Paulo: Selo Negro, 2011.
CÉSAIRE, A. Textos escolhidos: A tragédia do rei Christophe; Discurso sobre o colonialismo; Discurso sobre a negritude. Tradução de Sebastião Nascimento. Rio de Janeiro: Cobogó, 2022.
CRENSHAW, K. Mapeando as margens: interseccionalidade, políticas identitárias e violência contra mulheres de cor. Tradução de Paula Granato e Gregório Benevides. In: MARTINS, A. C. A.; VERAS, E. F. Corpos em Aliança: diálogos interdisciplinares sobre gênero, raça e sexualidade. Curitiba: Appris, 2020.
DAVIS, A. Mulheres, Raça e Classe. São Paulo: Boitempo, 2016.
DEVULSKY, A. Colorismo. São Paulo: Jandaíra, 2021.
DIANGELO, R. J. Não basta não ser racista: sejamos antirracistas. Tradução de Marcos Marcionilo. São Paulo: Faro Editorial, 2018.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. São Paulo: Ubu Editora, 2020.
FERREIRA, H. Negros e negras cearenses, afirmo sua existência! Ceará Criolo, 2020. Disponível em: https://bit.ly/3NSBqjY. Acesso em: 23 abr. 2023.
GILROY, P. O Atlântico negro: modernidade e dupla consciência. Tradução de Cid Knipel Moreira. 2. ed. São Paulo: Editora 34; Rio de Janeiro: Universidade Candido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.
GOMES, N. L. O Movimento Negro educador: saberes construídos nas lutas por emancipação. Petrópolis: Vozes, 2017.
GOMES, N. L. Sem perder a raiz: corpo e cabelo como símbolos da identidade negra. 3. ed. rev. amp.; 1. reimp. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
GONZALEZ, L. Lugar de negro. Rio de Janeiro: Zahar, 2022.
GONZALEZ, L. Por um feminismo Afro-Latino-Americano: ensaios, intervenções e diálogos. Rio de Janeiro: Zahar, 2020.
HOOKS, B. Ensinando a transgredir: a educação como prática libertadora. 2 ed. São Paulo: Editora WMF Martins Fontes, 2017.
HOOKS, B. Escrever além da raça: teoria e prática. São Paulo: Elefante, 2022.
KILOMBA, G. Memórias da plantação: episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.
MBEMBE, A. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. São Paulo: n-1 edições, 2018.
MORAES, F. A pauta é uma arma de combate: subjetividade, prática reflexiva e posicionamento para superar um jornalismo que desumaniza. Porto Alegre: Arquipélago, 2022.
MOREIRA, A. J. Pensando como um negro: ensaio de hermenêutica jurídica. São Paulo: Contracorrente, 2019.
MUNANGA, K. Rediscutindo a mestiçagem no Brasil: identidade nacional versus identidade negra. 5 ed. rev. amp.; 2. reim. Belo Horizonte: Autêntica, 2020.
NASCIMENTO, G. Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
OLIVEIRA, D. Jornalismo e emancipação: uma prática jornalística baseada em Paulo Freire. Curitiba: Appris, 2017.
PINTO, A. F. M. Imprensa negra no Brasil do século XIX. São Paulo: Selo Negro, 2010.
RIBEIRO, D. Lugar de Fala. São Paulo: Editora Jandaíra, 2020.
SANTOS, T. V. A. Desigualdade racial midiática: o direito à comunicação exercido e o direito à imagem violado. Belo Horizonte: Letramento, 2019.
SANTOS, Y. L. Racismo brasileiro: uma história da formação do país. São Paulo: Todavia, 2022.
SODRÉ, M. Pensar nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Belo Horizonte: UFMG, 2018.
TRINDADE, L. V. Discurso de ódio nas redes sociais. São Paulo: Jandaíra, 2022.
XAVIER, G. História social da beleza negra. 2. ed. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2021.
