A HUMANIZAÇÃO DO HERÓI EM OS LUSÍADAS, DE LUÍS DE CAMÕES, E EM A SOLIDÃO DO GOLEIRO, DE FLÁVIO MOREIRA DA COSTA

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Resumo

Este artigo visa estudar a epopeia Os lusíadas, de Luís de Camões, com foco no episódio do Velho do Restelo, e o conto A solidão do goleiro, de Flávio Moreira da Costa, para descobrir se e como seus protagonistas têm ressaltados seus aspectos humanos e diminuídos seus traços míticos. De um lado, a análise mostra que tais personagens são, de fato, humanizados, ou desmitificados, por meio de expedientes literários diversos que põem em xeque o heroísmo que eles procuram, e os aproximam, assim, do anti-herói. De outro, aponta que as referidas figuras, quando observadas na unidade de cada produção, tendo-se em conta outros elementos textuais relevantes, direta ou indiretamente ligados à sua específica caracterização, constituem tipos heroicos distintos – o épico, num caso, e o trágico, noutro –, o que relativiza ou enfatiza, segundo outras lógicas de construção, seu lugar entre os homens de todos os dias.

Biografia do Autor

Arthur Almeida Passos, PUC Minas

Doutorando e Mestre em Letras - Literaturas de Língua Portuguesa (PUC Minas). Especialista em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e Estrangeira (Uninter). Licenciado em Letras - Português/Inglês (PUC Minas). Membro dos grupos de pesquisa Filhos do Exílio (A Tradução como Interpretação da Crítica, da Teoria e da Obra Literária) e Texto Literário: Sombras da Escrita e Sua Projeção na Leitura (Fase 2). Autor de comentários sobre textos literários no blog https://www.palavraobjeto.wordpress.com. Bolsista da CAPES.

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Publicado

2021-10-07

Edição

Seção

Artigos Tema Livre