“O POETA SE TORNA MUDO SEM AS PALAVRAS REAIS”: A OBSESSÃO PELA REALIDADE “CONCRETA” NA POESIA E NA CRÍTICA DE FERREIRA GULLAR NOS ANOS 1960 E 1970
DOI:
https://doi.org/10.5212/uniletras.v36i1.6546Palavras-chave:
literatura, crítica literária.Resumo
A razão de ser deste trabalho diz respeito à análise conjunta da poesia e da crítica de Ferreira Gullar em um determinado período histórico, a saber, os anos 1960 e parte da década de 1970. Duas teses serão desenvolvidas neste ensaio. A primeira, interna à obra de Ferreira Gullar, está relacionada à consonância que defendemos existir entre sua crítica e sua poesia. Já a segunda, apesar de partir da sua obra, entretanto, a extrapola, visto que está relacionada à própria abrangência da arte, ou seja, ao que podemos chamar de campo referencial. Assim, ela possui conexão ao que denominamos de questionamento à “concretude” como critério de verdade ou, mesmo, de valor, pois o conceito de realidade é muito amplo e está vinculado a manifestações artísticas aparentemente destituídas de referencialidade.
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