A INCLUSÃO DO ALUNO SURDO NA REDE REGULAR DE ENSINO - Doi: http://dx.doi.org/10.5212/Uniletras.v.31i1.011031
DOI:
https://doi.org/10.5212/uniletras.v31i1.677Abstract
A surdez tem uma longa história iniciada na antiguidade, na qual os surdos eram vistos com piedade e até sacrificados; na Idade Média, passaram a ver a surdez como anomalias sobrenaturais. Com o transcorrer dos séculos pouco ou nada mudou para os surdos em sua inserção na sociedade.No final da década de 70, surgiu um método que combinava língua de sinais, oralidade, leitura labial, treino auditivo e o alfabeto manual, chamado de Abordagem Total.No Brasil, a surdez teve como preocupação inicial no II Reinado no Rio de Janeiro. Passados 152 anos de descaso, leis recentes como a Lei 9394/96, artigo 59, o Plano Nacional de Educação no início do século XX, com a Lei 10.172/2001 e atinge o ápice com a Lei 10.436/2002, que foi reconhecida a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão do surdo. Tendo como acréscimo mais recente o Decreto n° 6.094/2007, que traz a permanência de todos no ensino regular e o atendimento adequado às necessidades especiais.É notória a lentidão e as barreiras enfrentadas pelos surdos quanto a participação social dominada por ouvintes. Não bastam legislação e propostas de inclusão para que o surdo seja realmente incluído enquanto cidadão do mundo. É necessário reformular conceitos, valores, atitudes, estruturas familiares e educacionais.A surdez é a mais complexa das necessidades especiais, porque é invisível aos olhos humanos, mas o fato de não ouvir não os torna incapazes.Para concretizar a pesquisa, partiu-se de um estudo de caso, de um aluno surdo que, cursou até 2007 Escola Especial e em 2008 foi incluído no ensino regular público, com apoio de intérprete somente a partir do segundo semestre.Buscou-se perceber os obstáculos por ele enfrentados nesta trajetória de inclusão. O salto monumental realizado pelo aluno foi desesperador, saiu de uma proposta pedagógica imagética para uma proposta pedagógica teórico-abstrata, provocando angústia profunda nos profissionais da educação e também no surdo.
Tenho um aluno surdo, e agora?
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